Este artigo é especialmente dirigido aqueles que possuem câmaras Nikon designadamente os modelos mais avançados denominados de gama “pro” e nunca fizeram uso das mesmas com objectivas Nikkor mais antigas nomeadamente AI, AI-S ou Series E.
Na era digital tudo tende a ser mais prático e as recentes objectivas Nikkor também se souberam adaptar aos tempos modernos não fugindo, por isso, a essa tendência. Mesmo as objectivas actuais de gama mais baixa já estão dotadas do sistema de motorização AF-S.
Tudo evoluiu…tudo tende a ser mais rápido….mas será que aquelas “velhas” objectivas, sem sistemas de auto-focagem, estão completamente obsoletas?
Pela parte que me toca e baseado no uso que tenho feito de algumas tenho precisamente uma ideia bem contrária. De facto quem nunca experimentou acoplar uma “velha” objectiva AI, AI-S ou Series E, sem CPU, a um dos mais recentes corpos da Nikon, “sair para a rua” e captar umas fotografias…não sabe o que perde!
Na realidade, há um elemento subjacente à captação das imagens que, apesar de toda a evolução técnica, se mantêm inalterado… a parte óptica! Quero com isto referir-me às lentes com que são construídas as objectivas e que são o elemento mais importante no recorte/definição da imagem. Apesar de, no que concerne ao revestimentos das lentes (coatings), ter havido melhorias ao longo dos tempos esse facto por si só não é garante de melhor imagem. Actualmente todas as lentes tem revestimentos “multi-coatings” e bem recentemente já existem algumas com “nano-coatings” ao contrário de algumas objectivas mais antigas em que o revestimento era “single-coating”.Estes revestimentos destinam-se predominantemente a eliminar “reflexos e fantasmas” da imagem em condições de luz não ideais.
Pessoalmente, demorei um pouco a “render-me” ao digital. Mas porque não, uma vez que a Nikon teve a feliz ideia de permitir que assim fosse, não aliar o melhor e a mais recente tecnologia presente nas câmaras Nikon à qualidade das “velhas” objectivas Nikkor? Essa compatibilidade é quase de 100% nalgumas câmaras. Mesmo no que diz respeito à medição de luz!
Pena é que essa possibilidade não seja estendida a toda a gama de corpos Nikon. No caso das Nikon D40, D50, D60, D70, D80, D90, D100 e a recente D5000 temos que “adivinhar” a medição de luz e "trabalhar" unicamente com o modo de exposição Manual. Nas Nikon de gama mais cara D200, D300, D700, D2 e D3 além de ser possível a utilização dos três sistemas de medição disponibilizados pelas câmaras podemos ainda trabalhar quer nos modos de exposição Manual, quer em "A" (prioridade à Abertura)!
Compatibilidade entre câmaras/objectivas e modos de exposição e sistemas de medição de luz possíveis:
Na era digital tudo tende a ser mais prático e as recentes objectivas Nikkor também se souberam adaptar aos tempos modernos não fugindo, por isso, a essa tendência. Mesmo as objectivas actuais de gama mais baixa já estão dotadas do sistema de motorização AF-S.
Tudo evoluiu…tudo tende a ser mais rápido….mas será que aquelas “velhas” objectivas, sem sistemas de auto-focagem, estão completamente obsoletas?
Pela parte que me toca e baseado no uso que tenho feito de algumas tenho precisamente uma ideia bem contrária. De facto quem nunca experimentou acoplar uma “velha” objectiva AI, AI-S ou Series E, sem CPU, a um dos mais recentes corpos da Nikon, “sair para a rua” e captar umas fotografias…não sabe o que perde!
Na realidade, há um elemento subjacente à captação das imagens que, apesar de toda a evolução técnica, se mantêm inalterado… a parte óptica! Quero com isto referir-me às lentes com que são construídas as objectivas e que são o elemento mais importante no recorte/definição da imagem. Apesar de, no que concerne ao revestimentos das lentes (coatings), ter havido melhorias ao longo dos tempos esse facto por si só não é garante de melhor imagem. Actualmente todas as lentes tem revestimentos “multi-coatings” e bem recentemente já existem algumas com “nano-coatings” ao contrário de algumas objectivas mais antigas em que o revestimento era “single-coating”.Estes revestimentos destinam-se predominantemente a eliminar “reflexos e fantasmas” da imagem em condições de luz não ideais.
Pessoalmente, demorei um pouco a “render-me” ao digital. Mas porque não, uma vez que a Nikon teve a feliz ideia de permitir que assim fosse, não aliar o melhor e a mais recente tecnologia presente nas câmaras Nikon à qualidade das “velhas” objectivas Nikkor? Essa compatibilidade é quase de 100% nalgumas câmaras. Mesmo no que diz respeito à medição de luz!
Pena é que essa possibilidade não seja estendida a toda a gama de corpos Nikon. No caso das Nikon D40, D50, D60, D70, D80, D90, D100 e a recente D5000 temos que “adivinhar” a medição de luz e "trabalhar" unicamente com o modo de exposição Manual. Nas Nikon de gama mais cara D200, D300, D700, D2 e D3 além de ser possível a utilização dos três sistemas de medição disponibilizados pelas câmaras podemos ainda trabalhar quer nos modos de exposição Manual, quer em "A" (prioridade à Abertura)!
Compatibilidade entre câmaras/objectivas e modos de exposição e sistemas de medição de luz possíveis:

Esta possibilidade de continuar a usar “velhas” objectivas, designadamente AI, AI-S e series E, é a prova que a Nikon sabe que os utilizadores de boas objectivas Nikkor iriam ficar pouco satisfeitos caso assim não fosse. Esta compatibilidade permite usar objectivas com mais de 20 anos de idade nos mais recentes corpos da Nikon! O facto de serem de foco manual pouco importa a alguns desde que a qualidade final seja boa.
Atenção: Quanto às objectivas “pré-AI”, também conhecidas como “não-AI” não podem ser usadas em alguns dos recentes corpos de SLRD sob pena de fazerem estragos! O problema da sua montagem, nalgumas câmaras, reside naquela pequena aba existente no encaixe das mesmas que roda simultâneamente com o anel de aberturas quando acoplamos uma objectiva e que não é compativel com as "pré-AI" ou "não-AI". Curiosamente, parece-me que podem ser usadas, embora só em modo M (Manual) e sem posibilidade de qualquer medição de luz, nas D40, D60, e D5000, algo que, contudo, ainda não testei! Mas o melhor é, quanto a estas objectivas, consultar caso a caso, o respectivo manual das câmaras!
Aproveito para esclarecer, aqueles que nunca experimentaram usar objectivas de foco manual, que focar com estas objectivas (de foco exclusivamente manual), é bem mais fácil do que focar manualmente com a maior parte das actuais objectivas auto-focus. Foram concebidas para isso. No caso das objectivas AF, principalmente nas de gama média e de “kit”, essa utilização é duma maneira geral, pouco usual. Provavelmente, grande parte dos utilizadores dessas objectivas nunca fotografou recorrendo à focagem manual! E mesmo que o tenham feito facilmente desistem pois a focagem é imprecisa e pouco agradável com grande parte delas. Claro que também, entre as “antigas”, existem diferenças na facilidade e precisão de focagem. Posso dar um exemplo: Entre as duas objectivas Nikkor 50mm f/1.4 AI e a 50mm f/1.8 E existe uma substancial diferença na facilidade de aquisição e precisão de foco. A Nikkor 50mm f/1.4 AI (imagem do topo) é facílima de utilizar e mesmo com pouca experiência qualquer um consegue fotos nítidas inclusive de objectos em movimento! Já com a Nikkor 50mm f/1.8 as coisas não são bem assim e focar devidamente demora um pouco mais.
Claro que estas objectivas foram feitas para focar com outras câmaras. O actual s

Todas as câmara Nikon, umas de maneira mais fácil que outras, suportam a substituição do ecrã original por um do tipo “Katz Eye”. Existem mesmo empresas que se dedicam exclusivamente a fabricar este tipo de ecrã para os mais variados modelos e marcas actuais de SLRD!
No caso de “mantermos” o ecrã de focagem original a confirmação de foco continua a ser o pequeno ponto verde que aparece na parte inferior do visor.
Também esta “confirmação” (aparecimento do ponto verde de maneira fixa – prova de que o objecto está focado) varia consoante a objectiva manual que usarmos, mas também nas AF e AF-S isso acontece. Nem todas adquirem o foco correcto da mesma maneira e facilidade!
Não quero dizer com tudo isto que devemos preferir as “velhas” objectivas AI às mais recentes por estas serem melhores. Nada disso! Actualmente existem excelentes objectivas que proporcionam excelente qualidade de imagem e toda a recente tecnologia deve ser aproveitada, mas caso tenhamos alguma daquelas MF (foco manual) guardadas no “armário” é bom saber que podemos usa-las nas recentes câmaras e que os resultados serão bons!
Outro aspecto importante e onde reside a diferença (importante) dos corpos das câmaras designadas “pro” para as da restante gama abaixo é a possibilidade de medição matricial de luz. É que estas câmaras, das séries D200 e D2 e superiores, possibilitam, usando estas antigas objectivas de foco manual sem CPU, além das medições de luz central ponderada e pontual, uma medição matricial de luz (em 2DMatrix uma vez que continua a faltar a informação relativa à distância “D” para que possam fazer essa medição em 3D).
Mais, como modo de exposição podemos usar, além do programa Manual (M) o programa de prioridade à abertura (A). A abertura passa a ser controlada pelo anel de aberturas da própria objectiva contrariamente ao que se passa com as actuais (excluindo as da série “G” que nem sequer o possuem) em que esse anel de aberturas da objectiva tem de ficar “bloqueado” na abertura mínima para que seja possível fazer uma leitura correcta da luz e regular as aberturas através dos botões de comando da câmara. Caso contrário, não estando na abertura mínima (o maior nº f/stop, indicado a cor laranja, geralmente f/22) teremos uma indicação de erro no painel superior da câmara.
O uso destas objectivas antigas, de foco manual, nas câmaras que permitam a leitura matricial de luz é simples e são precisos apenas alguns ajustes no menu para que, de um momento para o outro e sempre que quisermos, possamos trocar de objectivas AF para as “antigas” de foco manual (MF) sem CPU sem ter de cada uma dessas vezes configurar a câmara. Mesmo que usemos diferentes objectivas MF.
A seguir mostra-se como, em 3 simples passos, se efectuam as regulações necessárias no menu de ajustes das câmaras (o exemplo é da Nikon D200 mas penso que é válido para todas as outras que o permitam):

O processo é simples e permite, depois de seguidos os passos acima descritos, a mudança entre objectivas Nikkor sem CPU mantendo a possibilidade de correcta medição de luz matricial (2DMatrix) para todas elas.
Após efectuado o processo, acima descrito, de atribuição da função de “leitura de dados” de objectivas sem CPU, ao “botão de função” (situado na frente da câmara do lado do punho – botão inferior – ver fig.) só temos que introduzir dois parâmetros cada vez que trocamos de objectivas (sem CPU, pois quanto às outras a câmara automaticamente reconhece nada mais havendo necessidade de alterar):

- Introduzir a informação referente à abertura máxima (nº de f/stop mais pequeno) da objectiva que acoplamos – operação que se faz rodando o selector de disco da frente da câmara;
- Introduzir a informação referente à distância focal da objectiva (50mm; 85mm, etc.) - operação que se faz rodando o selector de disco existente na parte de traseira da câmara.
Esta operação é efectuada pressionando simultaneamente o botão de função (depois de termos seguido os 3 passos acima explicados e estando por isso já configurado para o efeito) e rodando os discos selectores conforme acima descrito. Esta alteração é possível de controlar no visor superior da câmara.
Resta dizer que se estivermos a acoplar uma objectiva zoom (em que a distância focal e as aberturas variam) os dados a introduzir são a abertura máxima e a mínima distancia focal indicada. Por exemplo, no caso de uma objectiva zoom 70-210mm f/4.5-5.6, os dados a introduzir seriam 70mm e f/4.5. A partir daí a câmara automaticamente “ajusta” a abertura à distância focal utilizada.
Na realidade se tivermos a câmara regulada para, por exemplo, 50mm e f/1.4, se acoplarmos uma 300mm f/2.8 ou uma 600mm f/5.6 a medição de luz matricial vai continuar a ser correcta, pois mantemos a regulação proporcional entre abertura e distância focal. Claro que no EXIF da fotografia aparecerão os números introduzidos na câmara e não os que efectivamente usamos mas, apesar disso, vamos ter uma correcta medição de luz!
Resta dizer que se estivermos a acoplar uma objectiva zoom (em que a distância focal e as aberturas variam) os dados a introduzir são a abertura máxima e a mínima distancia focal indicada. Por exemplo, no caso de uma objectiva zoom 70-210mm f/4.5-5.6, os dados a introduzir seriam 70mm e f/4.5. A partir daí a câmara automaticamente “ajusta” a abertura à distância focal utilizada.
Na realidade se tivermos a câmara regulada para, por exemplo, 50mm e f/1.4, se acoplarmos uma 300mm f/2.8 ou uma 600mm f/5.6 a medição de luz matricial vai continuar a ser correcta, pois mantemos a regulação proporcional entre abertura e distância focal. Claro que no EXIF da fotografia aparecerão os números introduzidos na câmara e não os que efectivamente usamos mas, apesar disso, vamos ter uma correcta medição de luz!
Só resta, caso possua alguma destas “velhas” objectivas, regular a câmara e experimentar!
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