Planadouro - Edição nº 03


Acabei de receber um e-mail da Direcção Editorial da Revista Planadouro, com a qual tenho tido o enorme prazer de colaborar, informando que acabou de ser editada e publicada a edição nº 03 deste magazine vocacionado à aeronáutica.
Dei já uma "olhada" a este nº 3, que conta também com algumas fotografias minhas e, desde logo, esta edição sobressai das anteriores por um ainda melhor e excelente grafismo!
A revista está, na realidade, cada vez melhor e nesta edição aumentaram quer o número de páginas (que são agora 68), quer as secções e os temas abordados ao longo dos vários artigos.

O magazine Planadouro nº 03 está, desde já, gratuitamente disponível para leitura na Internet através dos Link's, indicados pela Direcção Editorial, que passo a transcrever:

"Para acederem ao ficheiro PDF do PLANADOURO nº 03 poderão, como habitualmente, entrar no site http://vooavela.mogadouro.pt/planadouro.html
, selecionar PLANADOURO e fazer o download do ficheiro para o vosso computador.
Criamos uma alternativa interessante que consiste na utilização do link http://issuu.com/planadouro/docs/planadouro-03-issuu#download onde, para além de se poder fazer o download, se pode ter uma leitura interativa no ecrã do computador ou do tablet, beneficiando de uma antevisão "realista" da versão impressa em papel. As edições anteriores, nº01 e nº 02 também já estão disponíveis nesta plataforma."

Sinceramente gostei e aconselho a leitura desta Edição do magazine que está deveras muito interessante.
Espero que depois de lerem também gostem e divulguem!

O suporte fotográfico (película) ao longo dos tempos


Hoje, deixo-vos com uma mera curiosidade...

Estava eu, esta semana, a fotografar em estúdio uma antiga câmara fotográfica de Grande-formato (sobre a qual, também, brevemente escreverei qualquer coisa e mostrarei as respectivas fotos...) quando, ao manusear as placas fotográficas que este tipo de câmaras utilizavam para captar imagens,  me lembrei de colocar meia-dúzia delas em cima da bancada, fotografá-las e comparar o  seu tamanho de película (9x12cm) com aquele que continua a ser, desde 1934, o actual padrão de tamanho deste tipo de suporte fotográfico - O formato denominado de 35mm ou "Filme 135" - invenção da Kodak!

Na imagem são notórias as diferenças entre as singulares películas  de 9x12cm (e respectivas placas metálicas onde se inseriam) e os cerca de 2,4x3,6cm do tamanho de filme 35mm!
Depois, outra grande diferença: O "rolo" de 35mm pode "armazenar" até 36 fotogramas. Por sua vez, as placas permitiam apenas a captura duma única imagem (à excepção das chamadas "Dry plate film pack's" - do qual é visível um exemplo na imagem abaixo - que tinham um adaptador próprio e que suportavam 12 películas)!
Em compensação, graças ao seu generoso tamanho de 9x12cm, também conhecido como 1/4 de placa (quase  postal), conseguiam-se fotos por simples passagem directa para papel sem necessidade de ampliação.
No entanto, o suporte fotográfico em película celulosa, coberta com emulsão de sais, tal como as que vemos na imagem acima, apelidadas de "Dry Plates" representaram uma enorme evolução em relação ao anterior suporte em placas de vidro em uso desde cerca de 1850. Já com este último suporte fotográfico o método de revestimento era idêntico mas, as placas "molhadas" tinham bastantes inconvenientes. Havia que preparar e misturar os vários "químicos" necessários em casa e depois transportá-los até ao sítio onde se iria fotografar. Depois, após "molhado" o suporte de vidro nessa emulsão haveria que captar a fotografia nos 10 minutos seguintes. De seguida proceder à sua imediata revelação... Algo não obrigatório e necessário com as placas "secas". Na realidade, estas representam um enorme passo evolutivo do processo de "armazenamento" latente de imagens.

Apesar de anteriores tentativas, a maturidade deste novo suporte fotográfico flexível (gelatinoso) só viria a ser atingida em meados de 1878, por obra da Kodak ao conseguir um revestimento suficientemente estável e duradouro. Tal, permitiu a sua produção e comercialização em massa apenas dois anos depois, em 1880.

Entre os dois sistemas - as "Dry plates" e o formato de "rolo" 135 - existiram variados tamanhos de ""rolos" fotográficos: 116; 120; 620, etc.. que foram sendo abandonados.
Existe, inclusivamente, uma engraçada história em que são protagonistas a marca ANSCO e a KODAK. Na verdade, a primeira marca a registar a patente alternativa às "Dry plates" foi a ANSCO. Ou seja, o primeiro suporte fotográfico em formato de "rolo". Uma invenção dum clérigo aficionado pela fotografia (Hannibal Goodwin), datada de 1887, que a ANSCO conseguiu adquirir e registar os respectivos direitos até ao ano de 1898.
No entanto, um ano antes dessa data, a Kodak viria a não respeitar essa patente e a produzir os mesmos rolos de fotografia. Tal facto valeu-lhe um histórico processo judicial que terminou em 1914 e  em que a firma Norte Americana ANSCO viria a conseguir uma enorme indemnização por parte da Kodak. Ao que se sabe, na altura o montante a indemnização ascendeu aos 5 milhões de dólares!

Enfim... histórias da fotografia!

Mas para quê falar disto tudo?!
Hoje em dia certamente que nem nos preocupamos em saber como se captavam de forma latente as imagens. Hoje, felizmente, para o bem e para o mal, temos os "milagrosos" sensores, não é?

Nikon D4 - A nova câmara digital Nikon ”Topo de gama”!




A nova SLR-D da Nikon: A D4.
Provavelmente será uma câmara que, designadamente por motivos económicos, não interessará a muitos mas, tal como na Fórmula 1, aquilo que é de início inacessível ao comum cidadão vem, mais tarde a ser vulgarizado e a ser implementado em produtos de preço mais baixo.
Basta ter em conta que, actualmente a câmara de entrada de gama da marca Nikon – a D3100 – é “anos luz” mais evoluída e permite melhor qualidade de imagem do que câmaras de “topo de gama” de alguns anos atrás. Por isso, talvez não seja, também, de admirar que daqui a algum tempo aconteça o mesmo: câmaras mais acessíveis “oferecerem” algumas das (para já) inovações da D4!
Após ver o vídeo promocional de lançamento certamente não haverá muito mais a dizer acerca das suas características...não prima pela quantidade de Megapixéis, ...apesar da sua forma mais "arredondada" não tem um design inovador, mas.... uma coisa é certa: talvez seja a primeira câmara do mercado vocacionada para interagir de forma simples e rápida com uma série doutros equipamentos de tecnologia recente. Basta reparar em todas a entradas do lado esquerdo da câmara!
A salientar: Obturador testado para 400.000 disparos; a utilização de um novo formato de cartão para gravação de imagens e vídeo - o XQD (além do Compact Flash) e algumas inovações em termos de gravação de ficheiros de vídeo...
O novo processador EXPEED 3 é anunciado como extremamente rápido e capaz de reproduzir uma ampla gama dinâmica de cores.
Quanto aos formatos de imagem passam a ser 4: FX (36.0 x 23.9 mm), 5:4 crop (29.9 x 23.9 mm), 1.2x crop (29.9 x 19.9 mm) e o formato DX (23.4 x 15.5 mm).
Uma SLRD vocacionada, a meu ver, para fotógrafos de desporto e eventos sociais.
Vamos a ver se, tal como aconteceu com a sua antecessora - a D3 - serão, ou não, lançadas versões destinadas a outros tipos de fotografia. Talvez, uma D4x, enriquecida com mais Megapixéis, destinada a fotógrafos de paisagem e estúdio...

Farol da Foz do Douro

Nikon D2x + Nikkor 50mm f/1.4
@ f/4.5, 1/800 seg., ISO 100

Já há várias semanas que não faço qualquer fotografia em exteriores. Para quebrar a rotina cá fica a primeira foto do ano!
Um dos ícones da cidade do Porto: O velho Farol da Foz do Douro, em dia de mar revolto!
Tal como a actual situação económica do país... a preto e branco!

Ps: Fotografia captada a cores e posteriormente convertida para P&B em CS5. Acerca deste assunto podem ver aqui.