Alentejo

Recentemente estive uns dias em férias pelas simpáticas terras Alentejanas de que tanto gosto! Sem qualquer ordem cronológica, partilho neste espaço alguns meros registos fotográficos dos locais por onde passei com um breve comentário ou estória associada à respectiva fotografia (para quem tiver curiosidade e se interessar por pormenores...)

Terena 08/09/2010 (8:52h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 52mm, ISO 100, f/8, 1/250 Seg., Medição matricial)

As planicies alentejanas são imensas... esta paisagem, tipicamente Alentejana, despertou-me algum interesse e, embora a luz existente não fosse já a ideal (mais cedo obteria cores mais intensas sem ter de as recuperar em posterior edição) fez, mesmo assim, com que parasse o caminho que seguia, no sentido Terena-Monsaraz, encostasse á berma e... clique! Fiz mais de uma foto a várias distâncias focais, desde os 24 até aos 70mm mas, para conseguir transmitir a ideia da vastidão do local e, ao mesmo tempo, não reduzir em demasia a arborização existente fiquei-me pelos 52mm. De resto, tive o cuidado de captar esta fotografia de acordo com a "regra dos terços" optando por uma maior dimensão de céu.



Monsaraz 08/09/2010 (9:28h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 48mm, ISO 100, f/8, 1/250 Seg., Medição média central balanceada)

Vista a partir do interior para o exterior das muralhas de Monsaraz. A ideia principal desta fotografia era conseguir uma "moldura natural" usando para isso a própria entrada das muralhas. Esta é uma das situações em que o uso da medição de luz "central balanceada" é a mais fiável. Assim medi a luz de maneira a que a parte correctamente exposta fosse o conjunto de casas e montanhas deixando propositadamente subexposta a parte em pedra das muralhas ganhando, dessa forma, interesse e volumetria a parte que me interessava: a paisagem exterior!



Marvão 06/09/2010 (17:23h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 24mm, ISO 200, f/5.6, 1/640, Seg., Medição matricial)

... e eis que chegou a altura o dia em que mais gosto de fotografar este tipo de cena. O final da tarde com uma luz rastejante responsável por um intenso colorido!



Marvão 06/09/2010 (18:00h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 36mm, ISO 200, f/9, 1/200, Seg., Medição matricial)

Mais uma fotografia captada com a iluminação proporcionada pelos últimos raios de sol! Reparem no tamanho das sombras... Nesta foto foi compensada em posterior edição (CS4) a enorme diferença de luz existente entre as altas luzes/sombras. Algo que com uma só exposição seria impossível (como foi o caso) devido às grandes diferenças de valores de exposição correctos nas diferentes zonas da imagem.


Marvão 06/09/2010 (17:30h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 24mm, ISO 200, f/10, 1/100, Seg., Medição matricial)

...uma vulgar vista do topo do Marvão.



Marvão 06/09/2010 (18:14h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 52mm, ISO 200, f/4.5, 1/50, Seg., Medição matricial)

Já sem qualquer raio de sol mas ainda com alguma luminosidade conseguimos um efeito quase monocromático...



Marvão 07/09/2010 (07:05h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 24mm, ISO 200, f/4.5, 1/125, Seg., Medição matricial)

Um manto de nevoeiro encobria ainda as serras à volta e já estava eu levantado! Pois é... outra das alturas em que se conseguem fotos interessantes com uma iluminação homogénea isenta de sombras duras.



Moura 08/09/2010 (11:08h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 50mm, ISO 100, f/6.3, 1/400, Seg., Medição matricial)

Mais uma caso de "moldura natural" mas, desta vez numa altura do dia em que a iluminação era extrema...  Neste caso todo a cena se encontrava perfeitamente iluminada e praticamente isenta de sombras. O filtro polarizador ajudou a retirar alguns reflexos e a acentuar a profundidade do azul do céu aumentando o contraste com as nuvens.



Marvão 06/09/2010 (17:42h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 24mm, ISO 200, f/9 [-0,3 EV], 1/125, Seg., Medição matricial)

Os tons quentes do fim do dia a fazerem realçar as cores das muralhas. Para um melhor equilíbrio entre a zona mais iluminada (pedra das muralhas) e as montanhas ao fundo foi necessário compensar negativamente a exposição em -0,3 EV.



Marvão 06/09/2010 (18:04h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 26mm, ISO 200, f/4.5 [-0,7Ev], 1/160, Seg., Medição matricial)

Por fim mais duas fotografias, captadas já muito ao entardecer!
No exemplo acima  foi compensada a exposição em - 0,7 Ev a fim de obter uma iluminação o mais equilibrada possível entre as casas e o caminho. A medição mais correcta, neste tipo de situação, seria a central ponderada  (ou até pontual) e não a matricial que incluiu na medição de luz zonas com valores de exposição tão diversos como o céu (um pouco ainda em contra luz) e o caminho em pedras escurecidas pela sombra das casas que o fotómetro da câmara tende a compensar... Mas, quando conhecemos o equipamento (ou entendemos os histogramas) podemos usar outra leitura de luz que não a ideal, compensando-a... vai dar ao mesmo!



Marvão 06/09/2010 (18:03h)
Nikon D300 + Nikkor 24-70mm f/2.8
(@ 26mm, ISO 200, f/4.5, 1/200, Seg., Medição matricial)

A mesma rua! Desta vez, a partir do mesmo ponto onde me encontrava, para o lado contrário... Já não foi precisa qualquer compensação!

Nikon D7000 - uma "nova" câmara Nikon!




Finalmente, pouco menos de um mês passado sobre o anúncio da nova câmara de entrada de gama - a D3100, e sem grande alarido, foi hoje (15/09/2010) lançada uma nova câmara Nikon. A Nikon D7000!
E efectivamente pode dizer-se "Nova" pois as diferenças, quer na construção, quer nas especificações técnicas face à D90, câmara que, presumivelmente, viria a substituir, são muitas... É normal um produto que substitui outro ser tecnologicamente mais avançado e melhor.  A D7000 não foge à regra (a ver pelas especificações) indo um pouco mais longe... parece querer inserir-se num segmento um nível acima!
Senão vejamos (segundo os dados fornecidos pela marca) o que a Nikon D7000 acrescenta de novo face à D90:



* Uma novidade que certamente agradará e será uma boa notícia para aqueles que tenham objectivas mais antigas tipo AI/AI-s (sem CPU): A ver pelas especificações esta Nikon D7000 vai permitir a medição de Luz (Color Matrix) nos modos de exposição M (Manual) e A (prioridade à abertura)! Algo, até aqui, só possível em câmaras superiores à D200/D2!

Dicas de Photoshop - Como criar uma imagem plástica?

Nikon D200 + Nikkor 60mm f/2.8 Micro
(ISO 100, f/3.2, 1/60 seg.)

Certas imagens distanciam-se um pouco da realidade, quer seja em termos de cor, de textura, etc. Por isso mesmo, em determinados contextos acabam por ter maior impacto que uma imagem realista. Embora este tipo de fotografia seja especifico, é muito usado, designadamente em publicidade onde, alterando e afastando o realismo daquilo que fotografamos acabamos por conseguir imagens isoladas desprovidas de contexto mas de maior força apelativa. Não sei se a imagem que hoje aqui deixo será, em rigor, um desses exemplos mas em todo o caso servirá, no entanto, para demonstrar uma das maneiras de o conseguir em termos de edição em Photoshop.

Claro que, previamente, temos que pensar no que pretendemos fazer e de seguida através de pós-produção acertar umas "coisitas"...
Como se captou, neste caso concreto, a foto que originou a imagem do topo?
Bom, para não estar a repetir assuntos anteriormente abordados, podem ver aqui como conseguir! (abre em novo link)
O processo é idêntico e permite isolar e dar volume ao objecto.

Depois, em Photoshop, além dos "tradicionais" acertos de níveis, etc, existe ainda um outro "segredo"...
Abaixo ficam, sem grandes explicações pois penso que serão dispensáveis, dois screenshots que ensinam quais os passos a seguir para obter o resultado final:




Pessoalmente devo dizer que não sou grande fã deste tipo de imagens mas, quer se goste ou não, a imagem deste Kiwi acaba por ter um aspecto plástico bem diferente duma fotografia realista... pelo menos aqui fica mais uma ideia…