Samyang 8mm CS II Fisheye | "Compatibilidade" com formato FX (Full Frame)




Construídas especificamente para fotografar com câmaras de sensor de formato DX, rapidamente os fabricantes deste tipo de objetivas Fisheye se aperceberam que a sua utilização era também apreciada pelos possuidores de câmaras FX (Full frame). Sendo uma objectiva muito particular no que toca a conceitos estéticos, este tipo de objectivas "Fisheye" acabam por ser a companhia ideal para explorar ideias e conseguir fotografias criativas.
A sua utilização em FX vem ainda reforçar mais esa característica! Apesar da sua compatibilidade com este formato ficar prejudicada pela impossibilidade de registo do cenário por todo o fotograma consegue-se, por outro lado, englobar ainda uma maior porção do mesmo!



Todavia, para que isso aconteça torna-se necessário remover o parasol. Por essa razão, esta nova Samyang 8mm CS II, contrariamente à sua anterior versão, possuí um parasol removível em vez de integrado. Portanto, para formar "aquela" imagem quase circular já não precisamos de recorrer a meios mais drásticos (como serrar) para o retirar!

Ao lado:
As duas versões - A Samyang CSII cujo parasol é removível e a versão anterior cujo parasol é fixo.







A título de exemplo e como demonstração, em cima poderão observar as três possibilidades de utilização (com as inerentes limitações), da Samyang 8mm Fisheye, com câmaras DX (APS-C) e FX (Full frame).

Da esquerda para a direita:
Primeira imagem - Registo tal como é reproduzida a imagem com a utilização em formato DX ou em câmaras FX com a opção "corte automático" para formato DX activada.
Segunda imagem - Registo em formato FX estando a objectiva com parasol montado
Terceira imagem - Registo em formato FX sem parasol

A Samyang 8mm CS II é uma objectiva Fisheye diagonal. Quer isto dizer que os 180º de ângulo são conseguidos diagonalmente. Por essa razão, quando utilizada sem parasol, em formato FX, não consegue reproduzir uma imagem totalmente circular tal como se trata-se duma Fisheye Circular. Com essas, sim, seria obtido um circulo completo. 
Claro está que as imagens produzidas desta forma contém sempre uma forte vinhetagem que acompanha toda a circunferência da imagem. Pode retirar-se em posterior edição mas, pessoalmente, acho que transmite coerência " às capturas.

Em baixo:

Exemplo duma captura em FX com a objectiva colocada verticalmente, praticamente direccionada para o chão:
(Exif: Nikon D800 + Samyang 8mm CS II Fisheye s/parasol @ f/10, 1/160 seg., ISO 100)




Limpeza de Sensor de câmaras DSLR




Finalmente tive tempo de levar estas "duas meninas" ao Porto para uma grande limpeza de sensores!
Geralmente costumo ter algum cuidado com as câmaras de modo a não facilitar a entrada de sujidade e poeira para os sensores mas isso é algo que é inevitável com o decurso do tempo. Frequentemente limpo (ou melhor, afasto) a poeira dos sensores através do método explicado neste artigo (abre em novo Link)
Sinceramente acho que não nos devemos tornar obsessivos quanto ao estado de limpeza dos sensores até porque quanto menos vezes o fizermos melhor.
Bastam algumas trocas de objectivas e alguns cliques e, mesmo numa câmara nova, se procurarmos, lá estarão as malditas marcas de poeira no sensor!
Portanto, enquanto não afectar o nosso trabalho nas condições usuais de utilização mais vale deixar estar. Além disso, um ou outro ponto de sujidade facilmente se elimina em posterior edição como também poderão ver aqui (abre em novo link)
Todavia, de quando em vez, torna-se necessária uma limpeza mais aprimorada. 
Apesar do isolamento e "selagem" que as câmaras possuem para fazer frente às condições atmosféricas naturais, a sua utilização em dias de extremo nevoeiro ou em dias da chamada "chuva morrinha" e o elevado grau de húmidade, acabam por, aquando da troca de objectivas, ir fazendo com que as poeiras soltas se vão fixando e colando ao sensor. Também a condensação do ar motivada pela transição de ambientes, por exemplo, quando fotografámos nas condições acima referidas (ex. cenários à beira mar no Inverno) e recolhe-mos o equipamento para um veículo seco e quente (ou vice versa) contribui para o mesmo efeito. Outra situação em que vulgarmente os ecrãs de focagem e os sensores "sofrem" com problemas de condensação: Quando utilizámos tubos ou foles de extensão em condições de elevada temperatura ou sob incidência directa de luz solar. O aquecimento do ar existente no interior do fole ou tubo de extensão conciliado com a diferença de temperatura do corpo da câmara facilmente resulta em ecrãs de focagem ressoados.
Solução: Ter algum cuidado mas... continuar a fotografar! Nada que uma boa limpeza com líquidos e espátula não resolva depois!    
Embora possamos efectuar o processo em casa, pessoalmente, acho mais conveniente recorrer a serviços profissionais. Neste caso, levei as câmaras à "Fototecnica" sita bem no centro da cidade do Porto. O atendimento é simpático, profissional e em pouco mais de 1 hora as duas câmaras estavam prontas!

As câmaras foram-me entregues tal qual se vê na imagem do topo - limpas e embrulhadas em celofane. Gostei!
Solicitei ainda que fosse verificada a possibilidade de limpeza dos ecrãs de focagem de ambas as câmaras os quais apresentavam também bastante poeira. Embora esta "sujidade" seja aquela que nos deve preocupar menos, uma vez que não afecta a qualidade das imagens, facto é que acaba por se tornar desagradável... Bom, apenas dois pequenos pontos, de menor importância,  ficaram numa delas... a Nikon D2x. Nada mal para uma câmara "de Guerra" com mais de meia dúzia de anos de utilização....



Tenho pena de não ter captado umas fotos de teste antes da limpeza para mostrar qual era o estado dos sensores e dos ecrãs de focagem mas... acreditem que estavam bastante sujos.

Nas imagens abaixo (apenas redimensionadas) poderão ver o resultado após a limpeza.




A abertura de diafragma utilizada (f/36) para testar o serviço efectuado foi uma abertura de limite pois é com as aberturas mais pequenas que se torna visível a poeira. Ou seja, trata-se duma abertura limite que em utilização "normal" não iremos utilizar.
Claro que, com a utilização duma abertura tão pequena para fotografar um céu ou outro cenário homogéneo é "normal" que, quando visualizámos as imagens a 100%, sejam ainda visíveis um ou outro pequeníssimo ponto de sujidade... mas, tal como disse, foi um teste limite. A f/22 as imagens produzidas pelas câmaras demonstram que os sensores foram convenientemente limpos.

  

Tamron Lens - 10-24mm | Sample series #6



E voltámos às fotografias!
Um dos elementos essenciais da fotografia é a luz. Por vezes temos "má luz" e por vezes temos a sorte de ter boa luz! Por vezes esperámos horas pela luz certa e por vezes, sem contar, lá está a luz ideal! 
Quando isso acontece, locais que usualmente não nos suscitam grande interesse, acabam por ganhar outra envolvência e se transformar em "fotogénicos" cenários.
Esta foi uma das fotografias em que isso aconteceu e por sorte tinha comigo uma ultra-grande-angular que permitiu captar todo o cenário numa única exposição! 

EXIF:
Nikon D300 c/TAMRON SP 10-24mm f/3.5-4.5 Di II

@ 24mm, f/5, 1/160 seg., ISO 200