Workshop de Fotografia de Natureza em Bragança



Lepiota procera
Nikon D800 + Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD
(1/100 seg., f/2.5 (-0.3EV); ISO 100)



No passado sábado, bem no extremo Norte de Portugal, mais precisamente em Vinhais, Trás-os-montes, decorreu um Workshop de Fotografia de Natureza organizado pelo fotógrafo Pedro Rego (Go Wild) com o apoio da Tamron/Robisa.

Como de costume, ambiente descontraído e com a possibilidade de todos o participantes experimentarem objetivas disponibilizadas pela marca Tamron.





De manhã, após a receção de boas-vindas pela Diretora de Marketing da Tamron, coube-me fazer uma breve apresentação da gama de objectivas da marca e suas aplicações práticas, seguindo-se a intervenção do Pedro Rego versando o tema "Fotografia de Natureza e Vida Selvagem" com úteis dicas e ensinamentos aos participantes após o que, com algum atraso (devido a uns problemas técnicos com os retroprojetores...), lá saímos para fotografar! 






Como foram disponibilizadas objetivas de várias distâncias focais, específicas para diversos temas, uns aproveitaram para testar as objectivas zoom genéricas e Macro enquanto outros se aventuraram na fotografia de "caça grossa"!

Além da vertente formativa, estes Workshops incentivam sempre o convívio com (e entre) os participantes. Boa disposição, interesses comuns, perguntas e troca de opiniões ao ar livre são sempre um dos aspetos salutares nestes eventos.







Algumas fotografias captadas durante o Workshop:


Nikon D750 + Tamron SP 70-200mm F/2.8 Di VC USD
(@ 82mm, 1/400 seg., f/4 (+0,3 EV), ISO 800)


Em cima:
Outra possibilidade de fotografar motivos aos quais, habitualmente, nos podemos aproximar, como por exemplo estes simpáticos cogumelos: Em detrimento da tradicional utilização de objectivas de distâncias focais mais pequenas porque não, para variar (e obter outras perspectivas), tentar uma diferente abordagem recorrendo a teleobjectivas. Neste caso com a Tamron SP 70-200mm f/2.8.


Em baixo, fotografado com uma Ultra-Teleobjectiva, um "Close-up" às cores Outonais. 



Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
(@ 150mm, 1/500 seg., f/5, ISO 2000)



Lepiota procera
Nikon D800 + Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD
(1/400 seg., f/3.2 (-1EV); ISO 100)


Durante o Workshop houve ainda tempo para experimentar a novíssima e recém lançada Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD. 
Face à reduzida distância mínima de focagem (apenas 0,29m) esta 45mm permite captar fotos bem próximas do objecto. Não substituindo uma objectiva "verdadeiramente Macro" consegue, contudo, registar pormenores com bastante detalhe de pequenos objectos. 
Primeira opinião: Uma objectiva irrepreensível a nível de construção e manuseamento com uma soberba qualidade óptica! A "cereja no topo do bolo": Um bonito e apelativo Design que será futuramente comum a todos os novos lançamentos de objectivas da marca. 
Um dia destes falaremos mais em concreto sobre esta Tamron SP 45mm e, eventualmente, da sua alma gémea - a Tamron SP 35mm f/1.8...



Cervus dama
Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD 
(@ 250mm, 1/800 seg., f/5.6, ISO 2000)


Sus scrofa
Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD 
(@ 550mm, 1/125 seg., f/6.3, ISO 2000)


Além da fotografia à Flora surgiu, também, oportunidade de fotografar mamíferos de grande porte como os fugidios Gamos e este possante Javali. 





Por fim, bem já no final da tarde, como de costume (com a falta dalguns participantes que entretanto se tiveram de ausentar), a foto de grupo!


Fotos: 
Anabela Carvalho/José Loureiro 
(Tamron/Robisa)

Gimbal Head "MD" | Primeiros testes




Continuando com os testes ao protótipo de Cabeça de Tripé Gimbal "MD"!
Pela primeira vez atrevo-me a colocar um artigo em forma de vídeo no Blog. Espero que agrade aos leitores... Devo dizer que a área videográfica não é definitivamente a "minha praia" e foi a primeira vez que decidi realizar um artigo em vídeo... Basicamente o que se pretende é demonstrar o funcionamento, suavidade, precisão e capacidade de fricção da Gimbal com diferentes conjuntos, quer em termos de peso, quer em termos de balanço e equilíbrio.
Penso que desta forma, será mais fácil aquilatar e demonstrar, em termos práticos, o resultado dos primeiros ensaios ao funcionamento desta cabeça de tripé destinada a grandes teleobjectivas.

Apesar da opinião muito positiva que tenho desta Gimbal "MD", tal como se encontra nesta fase de desenvolvimento, note-se que este acessório está ainda em fase de estudo e análise e que não se encontra acabado pelo que pode haver ainda espaço para uma ou outra melhoria.
Entretanto, em complemento posso divulgar que pelo artífice (Manuel Domingues) que está encarregue do projeto foi já realizado um teste de carga com... 24 Kg!!! E tudo funcionou da mesma forma... com suavidade!

Cabeça de Tripé Gimbal "MD"





Hoje recebi, pelo correio, uma encomenda muito especial: Uma cabeça de tripé do tipo "Gimbal"! Um acessório imprescindível aos utilizadores de grandes teleobjetivas!
Até aqui nada de extraordinário... Porém, não se trata duma "qualquer" cabeça Gimbal. Trata-se, sim, dum acessório que terei o maior gosto em testar e partilhar a opinião com os leitores.
Porquê? Porque o seu fabrico é inteiramente Português e foi desenvolvida por um talentoso artífice da zona centro do país (Manuel Domingues) cujos contactos,
 brevemente, terei todo o gosto em anunciar e fornecer. Pessoalmente, passo a apelidar, por ora, este protótipo de cabeça de tripé com o nome de "Gimbal MD"...


Para já, desvendando um pouco do projecto, a foto ilustra a versão ainda inacabada (futuramente será anodizada) tal como a recebi para efetuar testes e "dar" a minha humilde opinião antes de "seguir" para a versão final de produção.
Contando um pouco mais da estória desta cabeça de tripé... Tudo começou, meses atrás, quando me apercebi da capacidade do artificie em causa para realizar peças de metalomecânica de alta precisão.
Em conversa “encomendei” a elaboração duma “Gimbal” para utilização pessoal. O artífice “MD” foi elaborando, fase a fase, a peça e hoje lá recebi o “projeto” em fase adiantada!
Devo dizer que o primeiro contacto deixou-me deveras rendido e orgulhoso pelo resultado perfeccionista empregue na construção!
O modelo apresenta-se bem mais robusto e elaborado do que muitas das actuais "Gimbal" comercializadas que conheço!
Para já não adianto mais mas, assim que for testando “ no terreno” vou dando noticias pois este será, certamente, um acessório que interessará a muitos fotógrafos, nomeadamente de Natureza e Vida Selvagem!

Tamron 18-200mm vs Nikon 18-200mm | Teste "Comparativo"






Uma das objectivas, cedidas pela Robisa, que disponho presentemente para testes é a recém lançada Tamron 18-200mm f/3.5-6.3 Di II VC. Uma zoom polivalente de baixo custo cujo "Review" anda aos poucos a ser feito e será, oportunamente, publicado.
Entretanto, de forma simplificada, surgiu a oportunidade de a poder "comparar" diretamente com testes "no terreno" com uma daquelas que é uma objectiva de referência naquele segmento de zoom's: A Nikkor 18-200mm f/3.5-5.6 G IF-ED AF-S VR (primeira versão).
Devo, desde já, dizer que este "comparativo" só tem como intenção ver até que ponto a qualidade óptica (nas piores condições possíveis) poderá variar entre uma e outra.
De antemão, era de prever que deveriam existir diferenças. Mas, claro está, estas duas objectivas em "comparação" inserem-se em diferentes gamas.


Especificações
Tamron
Nikon
Construção (elementos/grupos):
16/14
16/12
Aberturas máximas:
f/3.5 ~ f/6.3
f/3.5 ~ f/5.6
Aberturas mínimas:
f/22~f/40
f/22~f/36
Tamanho do filtro:
62 Ø
72 Ø
Diafragma:
Automático
7 lâminas
Automático
7 lâminas
Dimensões max. (Diam./Comp.):
75/96.6m
77x96.5mm
Peso:
400g
560g


Como características comuns (e daí a razão de ser deste comparativo) temos a amplitude focal do zoom, o sistema de motorização e a estabilização.
Todavia, apesar de terem esses aspetos em comum, existem algumas diferenças. Começando pelo preço, sem referir valores concretos, a disparidade é enorme! A Tamron custa pouco mais de € 200,00 e a Nikon cerca de €800,00. Depois, também quanto às aberturas máximas de diafragma existem diferenças. A Nikon, tal como a Tamron possui uma abertura máxima de diafragma de f/3.5 quando utilizada na sua distância focal mínima mas, quando utilizada nos 200mm, os f/5.6 da Nikon podem favorecer a captura de imagens em condições de pouca luz face aos mais "lentos" f/6.3 da Tamron. Claro está, que esta questão não pode ser analisada isoladamente... ambas as objectivas possuem sistemas de estabilização e isso pode, de certa forma, "compensar" uma abertura "lenta". A medição comparativa entre a eficácia dos sistemas de estabilização duma e doutra serão subjectivas mas, quer num caso, quer noutro, com algum cuidado, podem captar-se fotos a valores de obturação muito abaixo dos aconselhados.

Em termos de robustez existem também diferenças... as mais 160g que a Nikon pesa em relação à Tamron (sendo ambas praticamente do mesmo tamanho) refletem uma construção mais apurada e cuidada da primeira.
Por sua vez, a Tamron tem um funcionamento muito mais suave e silencioso no que concerne ao sistema de Auto-focagem e de Estabilização.


Um dos aspetos que, obviamente, teria de ser considerado e analisado neste comparativo eram as diferenças existentes nos resultados finais a nível óptico.


Para testar isso, tentei fazê-lo simulando condições de utilização real: 

Captura a punho, velocidade de obturação adequada, sistemas de Auto-focagem e de Estabilização ligados em ambos os exemplares.

O resultado?




Sinceramente hesito em tirar alguma conclusão inequívoca acerca deste item... Acontece que, em tomadas de fotos em que o motivo se encontra distante (infinito), a Nikkor obteve resultados mais apurados em termos de recorte. No entanto, em situações em que o motivo fotografado se encontra a menor distância (6...10... ou 15 metros), dificilmente se visualizam diferenças entre ambas... mesmo por comparação directa.... Aliás, para meu espanto a Tamron obteve, inclusive, alguns resultados com melhor resolução.

Agora, tendo a consciência das diferenças de preço entre uma e outra, a pergunta que poderá fazer-se é: A qualidade óptica da Nikon é (tal como o preço) quatro vezes melhor?
- Definitivamente, não.


A imagem acima foi captada de modo a conseguir demonstrar as (hipotéticas) maiores diferenças possíveis entre a qualidade das objectivas em causa. Ou seja, utilizando o extremo da distância focal (200mm) e a abertura máxima de diafragma no caso da Tamron. (Neste teste, a f/6.3, a Nikkor acaba por ser beneficiada pois utiliza o diafragma mais fechado em relação à sua abertura máxima possível - os f/5.6).


Reduzindo a distância focal e/ou fechando o diafragma um pouco mais a diferenças (nas fotos com focagem ao infinito) vão-se diluindo e acabam por não ser notórias as diferenças no recorte. 


Em relação à cor e contraste ambas as objectivas proporcionam idênticos e bons resultados. Já no que toca à medição de luz, a Tamron pareceu-me estar mais correta e obteve melhores resultados uma vez que a Nikkor (nas mesmas condições de utilização) manifestou um certa tendência para "expor para a direita". 

Em termos de distorção de imagem a diferenças encontradas entre estes dois modelos em comparação não variam muito conforme se pode confirmar mais abaixo. Ambas distorcem, de forma convexa a partir do centro da imagem para os cantos as linhas verticais e horizontais com maior incidência, claro, nos extremos. Este é um facto "normal" e comum a este tipo de objetivas zoom.


Colocando e retirando o cursor sobre a imagem abaixo podem comutar e observar as diferenças de distorção encontradas entre as imagens captadas com a Tamron e com a Nikon


Errata: 
Na imagem referente à Nikon, onde se lê "1/640 seg", deve ler-se "1/500 seg".

De resto, pelos testes que até aqui tenho feito à Tamron 18-200mm, não posso dizer que seja uma objectiva de referência mas, na gama em que se insere, sem dúvida que possui uma muito boa relação preço/qualidade. 
Destinada à fotografia generalista (viagens, família, paisagem natural, paisagem urbana,...), a Tamron 18-200mm VC será a compra indicada para quem não pretenda obter resultados a nível "profissional", queira uma objectiva "pau para toda a colher" e ache que não precisa ou não se justifica adquirir uma objectiva mais onerosa. Portanto, não se podendo/devendo comparar os resultados às objectivas Tamron mais caras da gama destinada a esse fim, a Série SP (Super Performance), esta zoom vale bem o seu custo!

Eclipse Total da "Super Lua"


3h:05m:02s - 28/09/2015
Nikon D300 + Tamron 150-600mm 
@ 600mm (Uncropped), f/7.1, 1 seg., ISO 3200, Exposição Manual 
(Tripé; Cabo disparador; espelho levantado)

E lá se levantou (parcialmente) a densa neblina que pairava sobre a terra na noite em se assistiam simultaneamente a dois fenómenos astronómicos!
Para aqueles não tiveram oportunidade de apreciar a ocasião ou não se dispuseram a estar acordados até cerca das 04 horas da madrugada (altura em que acabou o espetáculo), passo a descrever sumariamente do que se trata para que, desse modo, se compreendam melhor as imagens seguintes.
Com início programado para a 1:10h da madrugada de 28/09/2015, numa noite em que a Lua se apresentava maior e mais brilhante que o normal, por se encontrar cerca de 50.000 Km mais próxima da terra (daí o nome do primeiro fenómeno - "Super Lua"), este dia era especial ainda por um outro motivo: A "Lua de Sangue".
Por volta das 02:00 horas, após escurecer progressivamente, a Lua fica à "sombra" da Terra em relação ao Sol o que motiva uma fantástica mudança na sua cor. Enquanto escurece, surgem tons avermelhados bem visíveis!
Uma hora depois (por volta das 03:00 horas da madrugada), a Lua atingia o Perigeu (orbita mais próxima da Terra) e, poucos minutos depois, ocorria o início do eclipse lunar.  Esta é a melhor altura para se captarem fotos uma vez que no enquadramento acabem por preencher uma maior área e os pormenores da Lua são, assim, mais visíveis. Pelo menos se estivermos a fotografar com teleobjectivas de mais de 300/400mm... abaixo dessas distâncias focais dificilmente se conseguem registar detalhes da superfície lunar.
Contudo, se fotografar a Lua já implica alguma técnica e cuidados, fotografar estes dois fenômenos conjugados ainda mais difícil se torna... Desde logo, por consequência do eclipse, o natural escurecimento da Lua torna difícil o seu avistamento e focagem (manual) através dos pequenos oculares das câmaras fotográficas... Embora seja possível recorrer à focagem automática isso implica, nestas circunstâncias de ausência de luz, um truque: Escolher a borda exterior da circunferência da Lua contra o céu negro para focar. Como as câmaras recorrem ao contraste para adquirirem focagem, neste cenário, o maior contraste surge precisamente entre o negro do céu e a (pouca) luz que emana da Lua. Se tentarem focar o centro da Lua o mais provável é que a câmara não consiga adquirir focagem pois a luz o contraste e a luz são insuficientes para tal. Daí que a focagem manual seja uma boa opção. Contudo, um alerta: Não o façam de qualquer modo julgando que se rodarem o anel de focagem ao infinito está feito! Nada disso! Quase todas as teleobjectivas focam "para além" do infinito pelo que, se assim o fizerem, ficarão com fotos desfocadas.  
Depois, para conseguir registar a pouco vulgar e fantástica coloração da Lua necessitámos de incrementar o valor de sensibilidade com que fotografámos. Assim, uns 1600 ou 3200 ISO acabam por ser bem necessários!
Apesar das imagens terem ficado prejudicadas por uma neblina que insistiu em não desaparecer completamente, penso que servem bem para ilustrar como se passou a noite!
Agora, só em 2033 haverá novamente a possibilidade de assistir e fotografar evento idêntico.
Até lá, sem mais conversa, cá ficam mais umas fotos da Lua captadas na madrugada de 28/09/2015 que ilustram a sequência do que se passou!
(Clicar nas imagens para visualizar em tamanho maior)


2h:15m:49s - 28/09/2015
Nikon D300 + Tamron 150-600mm 
@ 600mm, f/10. 1/320 seg., ISO 200, Exposição Manual 
(Tripé; Cabo disparador; espelho levantado)

2h:48m:13s - 28/09/2015
Nikon D300 + Tamron 150-600mm 
@ 600mm, f/10. 1/160 seg., ISO 200, Exposição Manual 
(Tripé; Cabo disparador; espelho levantado)

3h:16m:20s - 28/09/2015
Nikon D300 + Tamron 150-600mm 
@ 600mm, f/8. 1 seg., ISO 1600, Exposição Manual 
(Tripé; Cabo disparador; espelho levantado)