Fotografia Impressionista | "Motion blur" com as cores do Outono!





Existe uma natural tendência para, na Fotografia, procurar obter resultados finais que apresentem uma boa definição/recorte de imagem. No entanto, existem inúmeras possibilidades de fotografar e retratar a realidade que nos rodeia sem nos termos de preocupar com esse fator. 
Sendo certo que para muitas áreas da fotografia a definição é essencial, para outras, nem por isso. Por regra, ninguém vai querer publicar uma fotografia desfocada dum prato num livro de receitas culinárias ou, por exemplo, ilustrar um artigo de fotografia comercial ou biográfica com uma fotografia pouco definida.
No entanto, a Fotografia enquanto "conceito artístico" envolve muito mais que a simples qualidade da imagem! Hoje deixo-vos uns exemplos que admitem alguma liberdade estética e como, com alguma técnica muito simples, conseguir este tipo de fotografias interessantes que estão ao alcance de qualquer pessoa e equipamento!

De facto, quando olhámos para uma fotografia devemos analisar o seu conteúdo como um todo. Contribuem para resultado final da imagem conceitos tão diversos como o aspeto estético, cromático, composição,...

Não devemos ter como verdade absoluta o princípio que só com boas objectivas se conseguirão boas fotografias. Pese embora o equipamento tenha um papel importante e uma relação direta com os resultados finais, a Fotografia enquanto "arte" é bem mais que uma fotografia com uma boa resolução/definição. Ou seja, dito pela negativa, poderemos estar perante uma captura efectuada com um excelente equipamento mas desprovida de qualquer interesse quanto a conceitos estéticos ou cromáticos.

As fotografias que hoje publico foram captadas durante um Workshop realizado em Bragança com uma Nikon D800 e a nova Tamron 45mm f/1.8. 
Apesar de se tratar dum excelente conjunto câmara/objectiva, certamente que se conseguiriam idênticos resultados, para este tipo de fotografia, com qualquer outro equipamento mais acessível. 
Claro está que, pessoalmente, também gosto de poder utilizar o melhor equipamento possível. Quem não gosta? Mas o que pretendo esclarecer é que os resultados finais não dependem só disso!

Em tempos "ensinei" como conseguir este efeito denominado "Motion blur" em Pós-produção através da ferramenta existente no Photoshop com esse nome. Podem ver aqui como: "Dicas de Photoshop - Motion blur" > (abre em novo Link)


Bom, recuperando uma antiga tradição, partilho hoje com os leitores os "segredos" subjacentes à realização deste tipo de fotografias mas, desta vez, como fazê-lo diretamente na altura da sua captura. Aliás, o processo é muito simples! Trata-se apenas de, intencionalmente, mover a câmara durante a captura da imagem!  

Embora não existam "regulações" específicas ou precisas para conseguir estes efeitos de movimento/arrastamento existem, contudo, princípios gerais a seguir. É, nessa perspectiva, que se indicam os valores mencionados na tabela abaixo.
As configurações devem ser vistas como um conjunto de factores tendentes a conseguir um valor de obturação adequadamente baixo de modo a obter o efeito pretendido. Como valor indicativo, uma vez que a velocidade com que efetuamos o movimento (deslocação da câmara) também afeta diretamente o resultado, diria que valores entre os 1/10 e 1/20 seg. estarão dentro do aconselhável. 
As configurações dependem, assim, de variadíssimos aspetos: Quantidade de luz existente; valor de sensibilidade escolhido; abertura de diafragma... em conjunto, tudo deve estar "ajustado" de modo a conseguir os valores de obturação e exposição corretos.


Configurações (genéricas)
Sensibilidade

ISO 50 ~ 200
(utilizar valores baixos)

Abertura de diafragma


f/16 ~ f/22
(ajustar para uma abertura pequena)
Modo de Exposição

Auto (P) – Flexível
S - prioridade ao obturador
A - prioridade à abertura
M - Manual
(no fundo, qualquer um desde que permita o ajuste ao tempo de exposição pretendido)
Velocidade de obturação

1/10 ~ 1/20 seg.
(sem dúvida, este aspeto é o mais determinante de todos! Utilizar sempre valores baixos) 
Equilíbrio de Brancos (WB)

Auto
Sombra/Nublado
(se fotografar em JPG, em locais sombrios, prestar atenção e escolher Nublado/Sombra para realçar as cores)
O efeito pode ser mais ou menos pronunciado dependendo do movimento intencional que efetuamos com a câmara e do tempo de exposição.
Existe, portanto, um meio termo para que seja possível fazer uma leitura apelativa do cenário fotografado. 
Pouco tempo de exposição e/ou pouco movimento provocarão imagens com aparência de estarem apenas ligeiramente "desfocadas". Pelo contrário, demasiado tempo de exposição e/ou movimento, "esborratarão" as fotografias transformando-as somente numa desinteressante mancha cromática sem contornos minimamente definidos.
Ao lado poderão ver as configurações necessárias à obtenção de resultados idênticos aos dos exemplos. Desde já alerto que, como descrito, se tratam apenas de configurações genéricas que deverão servir apenas como ponto de partida. Depois, cada caso é um caso e, como tal, deverão ser efetuadas várias capturas até obter o resultado desejado!

Claro está que depois disto tudo resta dizer que, nestes casos de fotografias a arvoredo existente em florestas, a técnica descrita deve fazer-se acompanhar dum movimento vertical da câmara. Pessoalmente, faço-o de "cima para baixo" mas nada impede de tentar outras abordagens. Importante, sim, é começar o movimento de deslocação da câmara ligeiramente antes de clicar no botão obturador mantendo, esse movimento, durante e mesmo após retirar o dedo do botão. Pode parecer um pormenor sem importância mas, de facto, ajuda a conseguir um arrastamento unidirecional da imagem.   


Tamron Lens - 150-600mm | Sample series # 5


Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax Carbo)
Nikon D300 + Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
@ 600mm, 1/1000 seg., f/8, ISO 400


Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax Carbo)
Nikon D300 + Tamron 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
@ 460mm, 1/640 seg. (-0,3 Ev), f/9, ISO 400


Em dia de S.Martinho fui aos Corvos... marinhos! Estava planeada outra saída, mais condizente com a época Outonal, mas lá calhou de ser para ambientes marítimos.
Estas enigmáticas aves são facilmente fotografáveis, principalmente, se conhecermos os seus hábitos e pousos.
Uma das poses comuns destas aves é precisamente a ilustrada na foto acima. Depois duma "banhoca" nada melhor que uma exposição ao sol de asas abertas para secar e impermeabilizar a plumagem!
Fotos captadas "a punho" com o sistema de estabilização (VC) ligado. 

Tamron SP 70-200mm f/2.8 | "Primeiro contato" - Castelo de Bragança


Nikon D800 + Tamron SP 70-200mm f/2.8 Di VC USD
(@ 200mm, 1/320 seg., f/4.5, ISO 100)



Nikon D800 + Tamron SP 70-200mm f/2.8 Di VC USD
(@ 70mm, 1/400 seg., f/4, ISO 100)
Várias vezes me tem perguntado a opinião acerca da Tamron 70-200mm f/2.8. Pois bem, não se enquadrando muito nas distâncias focais que mais utilizo, confesso que não era das objectivas que me suscitavam mais interesse em testar.
Todavia, casualmente, durante o último fim de semana, após o Workshop em Vinhais, aproveitei para experimentar a "dita cuja". As condições de luz do dia não eram as melhores mas, mesmo assim, dá para ficar com uma ideia das potencialidades da objetiva.    
Por isso, não sendo um "teste" nem tendo pretensões a tal (aliás nem houve muito cuidado nas capturas...) , partilho hoje aqui sem qualquer edição duas fotografias de exemplo captadas "a punho", a 70mm e a 200mm, com sistema VC ligado. (NB: Imagens originais gravadas em ficheiros RAW convertidas para JPG). A resolução óptica, designadamente a capacidade de registo de detalhes é realmente boa e embora nestas fotos não se possam tirar tais ilações, adorei o "bokeh" das imagens produzidas. 
Sem dúvida uma opção a ponderar para os fotógrafos de eventos sociais e certos tipo de desporto! Pessoalmente, depois de a utilizar fiquei tão agradado que estou com vontade de juntar uma destas 70-200mm f/2.8 à "minha mala"!
Por limitações do servidor de imagens, a primeira fotografia foi ligeiramente redimensionada de modo a permitir o seu alojamento e download. Portanto, em vez dos originais 7360x4912 px, foi redimensionada a 7000 × 4672 px. Tão só!




Para fazerem o download e poderem ver as imagens a 100% (tendo sido a primeira, como acima ficou dito, redimencionada) cliquem com o botão direito do rato e guardem as imagens.
(Primeira imagem: 25,4MB - Segunda imagem: 18 MB)

Se preferirem antes visualizar as imagems a 100% do seu tamanho "on-line" sem necessidade de as guardar, cliquem em "Abrir Hiperligação numa Nova Janela ou Separador".

Workshop de Fotografia de Natureza em Bragança



Lepiota procera
Nikon D800 + Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD
(1/100 seg., f/2.5 (-0.3EV); ISO 100)



No passado sábado, bem no extremo Norte de Portugal, mais precisamente em Vinhais, Trás-os-montes, decorreu um Workshop de Fotografia de Natureza organizado pelo fotógrafo Pedro Rego (Go Wild) com o apoio da Tamron/Robisa.

Como de costume, ambiente descontraído e com a possibilidade de todos o participantes experimentarem objetivas disponibilizadas pela marca Tamron.





De manhã, após a receção de boas-vindas pela Diretora de Marketing da Tamron, coube-me fazer uma breve apresentação da gama de objectivas da marca e suas aplicações práticas, seguindo-se a intervenção do Pedro Rego versando o tema "Fotografia de Natureza e Vida Selvagem" com úteis dicas e ensinamentos aos participantes após o que, com algum atraso (devido a uns problemas técnicos com os retroprojetores...), lá saímos para fotografar! 






Como foram disponibilizadas objetivas de várias distâncias focais, específicas para diversos temas, uns aproveitaram para testar as objectivas zoom genéricas e Macro enquanto outros se aventuraram na fotografia de "caça grossa"!

Além da vertente formativa, estes Workshops incentivam sempre o convívio com (e entre) os participantes. Boa disposição, interesses comuns, perguntas e troca de opiniões ao ar livre são sempre um dos aspetos salutares nestes eventos.







Algumas fotografias captadas durante o Workshop:


Nikon D750 + Tamron SP 70-200mm F/2.8 Di VC USD
(@ 82mm, 1/400 seg., f/4 (+0,3 EV), ISO 800)


Em cima:
Outra possibilidade de fotografar motivos aos quais, habitualmente, nos podemos aproximar, como por exemplo estes simpáticos cogumelos: Em detrimento da tradicional utilização de objectivas de distâncias focais mais pequenas porque não, para variar (e obter outras perspectivas), tentar uma diferente abordagem recorrendo a teleobjectivas. Neste caso com a Tamron SP 70-200mm f/2.8.


Em baixo, fotografado com uma Ultra-Teleobjectiva, um "Close-up" às cores Outonais. 



Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
(@ 150mm, 1/500 seg., f/5, ISO 2000)



Lepiota procera
Nikon D800 + Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD
(1/400 seg., f/3.2 (-1EV); ISO 100)


Durante o Workshop houve ainda tempo para experimentar a novíssima e recém lançada Tamron SP 45mm f/1.8 Di VC USD. 
Face à reduzida distância mínima de focagem (apenas 0,29m) esta 45mm permite captar fotos bem próximas do objecto. Não substituindo uma objectiva "verdadeiramente Macro" consegue, contudo, registar pormenores com bastante detalhe de pequenos objectos. 
Primeira opinião: Uma objectiva irrepreensível a nível de construção e manuseamento com uma soberba qualidade óptica! A "cereja no topo do bolo": Um bonito e apelativo Design que será futuramente comum a todos os novos lançamentos de objectivas da marca. 
Um dia destes falaremos mais em concreto sobre esta Tamron SP 45mm e, eventualmente, da sua alma gémea - a Tamron SP 35mm f/1.8...



Cervus dama
Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD 
(@ 250mm, 1/800 seg., f/5.6, ISO 2000)


Sus scrofa
Nikon D300 Tamron SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD 
(@ 550mm, 1/125 seg., f/6.3, ISO 2000)


Além da fotografia à Flora surgiu, também, oportunidade de fotografar mamíferos de grande porte como os fugidios Gamos e este possante Javali. 





Por fim, bem já no final da tarde, como de costume (com a falta dalguns participantes que entretanto se tiveram de ausentar), a foto de grupo!


Fotos: 
Anabela Carvalho/José Loureiro 
(Tamron/Robisa)

Gimbal Head "MD" | Primeiros testes




Continuando com os testes ao protótipo de Cabeça de Tripé Gimbal "MD"!
Pela primeira vez atrevo-me a colocar um artigo em forma de vídeo no Blog. Espero que agrade aos leitores... Devo dizer que a área videográfica não é definitivamente a "minha praia" e foi a primeira vez que decidi realizar um artigo em vídeo... Basicamente o que se pretende é demonstrar o funcionamento, suavidade, precisão e capacidade de fricção da Gimbal com diferentes conjuntos, quer em termos de peso, quer em termos de balanço e equilíbrio.
Penso que desta forma, será mais fácil aquilatar e demonstrar, em termos práticos, o resultado dos primeiros ensaios ao funcionamento desta cabeça de tripé destinada a grandes teleobjectivas.

Apesar da opinião muito positiva que tenho desta Gimbal "MD", tal como se encontra nesta fase de desenvolvimento, note-se que este acessório está ainda em fase de estudo e análise e que não se encontra acabado pelo que pode haver ainda espaço para uma ou outra melhoria.
Entretanto, em complemento posso divulgar que pelo artífice (Manuel Domingues) que está encarregue do projeto foi já realizado um teste de carga com... 24 Kg!!! E tudo funcionou da mesma forma... com suavidade!

Cabeça de Tripé Gimbal "MD"





Hoje recebi, pelo correio, uma encomenda muito especial: Uma cabeça de tripé do tipo "Gimbal"! Um acessório imprescindível aos utilizadores de grandes teleobjetivas!
Até aqui nada de extraordinário... Porém, não se trata duma "qualquer" cabeça Gimbal. Trata-se, sim, dum acessório que terei o maior gosto em testar e partilhar a opinião com os leitores.
Porquê? Porque o seu fabrico é inteiramente Português e foi desenvolvida por um talentoso artífice da zona centro do país (Manuel Domingues) cujos contactos,
 brevemente, terei todo o gosto em anunciar e fornecer. Pessoalmente, passo a apelidar, por ora, este protótipo de cabeça de tripé com o nome de "Gimbal MD"...


Para já, desvendando um pouco do projecto, a foto ilustra a versão ainda inacabada (futuramente será anodizada) tal como a recebi para efetuar testes e "dar" a minha humilde opinião antes de "seguir" para a versão final de produção.
Contando um pouco mais da estória desta cabeça de tripé... Tudo começou, meses atrás, quando me apercebi da capacidade do artificie em causa para realizar peças de metalomecânica de alta precisão.
Em conversa “encomendei” a elaboração duma “Gimbal” para utilização pessoal. O artífice “MD” foi elaborando, fase a fase, a peça e hoje lá recebi o “projeto” em fase adiantada!
Devo dizer que o primeiro contacto deixou-me deveras rendido e orgulhoso pelo resultado perfeccionista empregue na construção!
O modelo apresenta-se bem mais robusto e elaborado do que muitas das actuais "Gimbal" comercializadas que conheço!
Para já não adianto mais mas, assim que for testando “ no terreno” vou dando noticias pois este será, certamente, um acessório que interessará a muitos fotógrafos, nomeadamente de Natureza e Vida Selvagem!

Tamron 18-200mm vs Nikon 18-200mm | Teste "Comparativo"






Uma das objectivas, cedidas pela Robisa, que disponho presentemente para testes é a recém lançada Tamron 18-200mm f/3.5-6.3 Di II VC. Uma zoom polivalente de baixo custo cujo "Review" anda aos poucos a ser feito e será, oportunamente, publicado.
Entretanto, de forma simplificada, surgiu a oportunidade de a poder "comparar" diretamente com testes "no terreno" com uma daquelas que é uma objectiva de referência naquele segmento de zoom's: A Nikkor 18-200mm f/3.5-5.6 G IF-ED AF-S VR (primeira versão).
Devo, desde já, dizer que este "comparativo" só tem como intenção ver até que ponto a qualidade óptica (nas piores condições possíveis) poderá variar entre uma e outra.
De antemão, era de prever que deveriam existir diferenças. Mas, claro está, estas duas objectivas em "comparação" inserem-se em diferentes gamas.


Especificações
Tamron
Nikon
Construção (elementos/grupos):
16/14
16/12
Aberturas máximas:
f/3.5 ~ f/6.3
f/3.5 ~ f/5.6
Aberturas mínimas:
f/22~f/40
f/22~f/36
Tamanho do filtro:
62 Ø
72 Ø
Diafragma:
Automático
7 lâminas
Automático
7 lâminas
Dimensões max. (Diam./Comp.):
75/96.6m
77x96.5mm
Peso:
400g
560g


Como características comuns (e daí a razão de ser deste comparativo) temos a amplitude focal do zoom, o sistema de motorização e a estabilização.
Todavia, apesar de terem esses aspetos em comum, existem algumas diferenças. Começando pelo preço, sem referir valores concretos, a disparidade é enorme! A Tamron custa pouco mais de € 200,00 e a Nikon cerca de €800,00. Depois, também quanto às aberturas máximas de diafragma existem diferenças. A Nikon, tal como a Tamron possui uma abertura máxima de diafragma de f/3.5 quando utilizada na sua distância focal mínima mas, quando utilizada nos 200mm, os f/5.6 da Nikon podem favorecer a captura de imagens em condições de pouca luz face aos mais "lentos" f/6.3 da Tamron. Claro está, que esta questão não pode ser analisada isoladamente... ambas as objectivas possuem sistemas de estabilização e isso pode, de certa forma, "compensar" uma abertura "lenta". A medição comparativa entre a eficácia dos sistemas de estabilização duma e doutra serão subjectivas mas, quer num caso, quer noutro, com algum cuidado, podem captar-se fotos a valores de obturação muito abaixo dos aconselhados.

Em termos de robustez existem também diferenças... as mais 160g que a Nikon pesa em relação à Tamron (sendo ambas praticamente do mesmo tamanho) refletem uma construção mais apurada e cuidada da primeira.
Por sua vez, a Tamron tem um funcionamento muito mais suave e silencioso no que concerne ao sistema de Auto-focagem e de Estabilização.


Um dos aspetos que, obviamente, teria de ser considerado e analisado neste comparativo eram as diferenças existentes nos resultados finais a nível óptico.


Para testar isso, tentei fazê-lo simulando condições de utilização real: 

Captura a punho, velocidade de obturação adequada, sistemas de Auto-focagem e de Estabilização ligados em ambos os exemplares.

O resultado?




Sinceramente hesito em tirar alguma conclusão inequívoca acerca deste item... Acontece que, em tomadas de fotos em que o motivo se encontra distante (infinito), a Nikkor obteve resultados mais apurados em termos de recorte. No entanto, em situações em que o motivo fotografado se encontra a menor distância (6...10... ou 15 metros), dificilmente se visualizam diferenças entre ambas... mesmo por comparação directa.... Aliás, para meu espanto a Tamron obteve, inclusive, alguns resultados com melhor resolução.

Agora, tendo a consciência das diferenças de preço entre uma e outra, a pergunta que poderá fazer-se é: A qualidade óptica da Nikon é (tal como o preço) quatro vezes melhor?
- Definitivamente, não.


A imagem acima foi captada de modo a conseguir demonstrar as (hipotéticas) maiores diferenças possíveis entre a qualidade das objectivas em causa. Ou seja, utilizando o extremo da distância focal (200mm) e a abertura máxima de diafragma no caso da Tamron. (Neste teste, a f/6.3, a Nikkor acaba por ser beneficiada pois utiliza o diafragma mais fechado em relação à sua abertura máxima possível - os f/5.6).


Reduzindo a distância focal e/ou fechando o diafragma um pouco mais a diferenças (nas fotos com focagem ao infinito) vão-se diluindo e acabam por não ser notórias as diferenças no recorte. 


Em relação à cor e contraste ambas as objectivas proporcionam idênticos e bons resultados. Já no que toca à medição de luz, a Tamron pareceu-me estar mais correta e obteve melhores resultados uma vez que a Nikkor (nas mesmas condições de utilização) manifestou um certa tendência para "expor para a direita". 

Em termos de distorção de imagem a diferenças encontradas entre estes dois modelos em comparação não variam muito conforme se pode confirmar mais abaixo. Ambas distorcem, de forma convexa a partir do centro da imagem para os cantos as linhas verticais e horizontais com maior incidência, claro, nos extremos. Este é um facto "normal" e comum a este tipo de objetivas zoom.


Colocando e retirando o cursor sobre a imagem abaixo podem comutar e observar as diferenças de distorção encontradas entre as imagens captadas com a Tamron e com a Nikon


Errata: 
Na imagem referente à Nikon, onde se lê "1/640 seg", deve ler-se "1/500 seg".

De resto, pelos testes que até aqui tenho feito à Tamron 18-200mm, não posso dizer que seja uma objectiva de referência mas, na gama em que se insere, sem dúvida que possui uma muito boa relação preço/qualidade. 
Destinada à fotografia generalista (viagens, família, paisagem natural, paisagem urbana,...), a Tamron 18-200mm VC será a compra indicada para quem não pretenda obter resultados a nível "profissional", queira uma objectiva "pau para toda a colher" e ache que não precisa ou não se justifica adquirir uma objectiva mais onerosa. Portanto, não se podendo/devendo comparar os resultados às objectivas Tamron mais caras da gama destinada a esse fim, a Série SP (Super Performance), esta zoom vale bem o seu custo!