Pelo Douro Vinhateiro num dos últimos dias de Inverno deste ano




Tradicional paisagem que pode ser observada a partir do centro do Peso da Régua
Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
@ 30mm, f/7.1, 1/250seg., ISO 100 


Um destes fins de semana arranquei com direcção a uma das mais belas regiões do nosso País: O Douro Vinhateiro.
Praticamente durante todo o ano esta região é próspera em abundância de locais que apelam à fotografia de paisagem.
Tendo como ponto alto (turisticamente e fotograficamente) o verão, designadamente a altura das vindimas, com toda a agitação e cores que as caracterizam, a região não deixa, porém, de ser atrativa durante outras alturas do ano.




Margens entre o Peso da Régua e o Pinhão
Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
@ 15mm, f/8, 1/200seg., ISO 100




Considerada Património Universal, a região do Douro incentiva a um calmo passeio e a frequentes paragens para aqueles que gostam de fotografar. Ao logo da subida do rio em direção ao Douro Internacional a paisagem vai-se modificando. Quase que a cada curva surge um novo ponto de interesse! 
Apenas por curiosidade, cá ficam umas fotos ilustrativas. Infelizmente, as fotografias não fazem "jus" à paisagem pois foram captadas num daqueles dias em que a luz natural não era de todo a ideal... Este tipo de luz, típica dos dias encoberto e "cinzentões" é a que menos gosto para fotografar paisagens. Não ficámos com aqueles céus azuis, as cores são amorfas e pouco vibrantes... mas, como ainda não podemos controlar a meteorologia, lá temos de aproveitar o dia da melhor maneira. Pelo menos dá sempre para uns registos!




Do peso da Régua subindo os montes pelo interior em direcção a Armamar
Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
@ 15mm, f/9, 1/125seg., ISO 100

Abaixo dos 0º ! Fotografar a neve na Serra da Estrela



Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
(@ 24mm, 1/160 seg., f/10 (+0.3EV); ISO 100)


Como todos sabem, este Blog, além do lado formativo ou pedagógico, que eventualmente possa ter, contempla e relata também experiências e vivências pessoais relacionadas com a fotografia. Exemplo disso, cá ficam as (poucas) imagens que consegui captar na minha última ida à nossa magnífica Serra da Estrela... em dia de Nevão!
As imagens foram captadas durante um período de "tréguas" entre nevões...
Pouco tempo depois, já na Torre (ponto mais alto de Portugal Continental a 2000m de altitude - com acesso, naquele dia, exclusivamente aberto a veículos 4x4), infelizmente a visita teve de ser muito breve. Nevava com tal abundância e o nevoeiro era tão denso que  não valia sequer o trabalho de tirar o equipamento do Jeep! Aliás, após aviso do Grupo de Montanha da GNR houve que "bater em retirada" com uma rápida fuga do forte nevão que se abateu sobre o maciço central e que em pouco minutos cobriu completamente a estrada! 
(atrevo-me a deixar um conselho que me veio, bem a propósito, à memória: por mais apaixonante que seja o motivo ou cenário que estejamos a fotografar nunca devemos arriscar e desrespeitar ou descurar as questões de segurança!)

As paisagens com neve são um excelente motivo fotográfico. Todavia, existe um problema ao fotografar este tipo de paisagem... Dado o forte brilho que emana da cor branca da neve, as fotos tendem a ficar sub-expostas e a neve retratada com uma tonalidade acinzentada... Isso acontece porque os fotómetros das nossas câmaras fotográficas efetuam uma leitura da luz reflectida e são "enganadas" pelo forte brilho e reflexão da cor branca da neve.
Assim, cá fica um dica para fotografar cenários predominantemente cobertos com neve e contrariar esse problema: Sobre-expor ligeiramente a exposição (compensando-a em +0,3... a +0,7 EV's). Desse modo a neve será retratada com uma cor mais correta.
(as fotografias captadas em RAW facilmente se corrigem em posterior edição. Esse é um dos motivos pelo que é aconselhável, nestas circunstâncias, utilizar aquele tipo de ficheiro para guardar as capturas)



EQUIPAMENTO (algumas dicas):

Baterias

As baterias são o elemento que mais facilmente nos pode deixar ficar mal quando fotografámos em temperaturas baixas. Na verdade, a duração/capacidade das baterias das câmaras é substancialmente reduzida pelas temperaturas negativas. Um truque - levar uma bateria de reserva num bolso que fique em contacto com o nosso corpo ajudará a manter a bateria a uma temperatura mais elevada que a ambiente e, consequentemente, prolongará a duração/número de exposições com a mesma carga.

Transporte

Durante o transporte a pé, proteger a parte frontal das objectivas virando-as com a frente para o chão. Por exemplo, as ultra grande angulares, como é o caso da Tamron 15-30mm (com que foram captadas as fotos), têm um elemento óptico frontal de grande diâmetro e qualquer sujidade, gotículas ou neve facilmente afetaram as imagens produzidas.

Durante a Sessão

Qualquer câmara atual facilmente suporta fotografar em condições de temperaturas abaixo dos 0º. Contudo, há que ter alguns cuidados entre a transição de ambientes... Após utilizar a câmara devemos guardá-la no saco embrulhada num pano e deixar que a transição entre frio e quente seja o mais natural possível. Uma mudança rápida produzirá condenação!

Armazenamento

Depois, em casa, devemos deixar todo o equipamento utilizado a arejar numa divisão seca: Sacos, objectivas, câmaras... Para que o processo seja mais eficaz, devem ser retiradas as tampas das objectivas, retirados os cartões de memória das câmaras e deixadas abertas as respectivas ranhuras e os sacos devem, também, secar abertos ao ar. 




Sendo certo que não devemos ser obsessivos quanto à proteção do equipamento, atendendo ao preço que custa há, pelo menos, que tentar mantê-lo 100% operacional! Portanto, algum cuidado com a sua manutenção, além da vantagem de continuar a proporcionar um funcionamento correto fará, certamente, poupar algum dinheiro nas intervenções necessárias para que o equipamento consiga continuar a captar fotografias em boas condições!    



Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
(@ 30mm, 1/30 seg., f/10 (+0.3EV); ISO 100)




Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
(@ 20mm, 1/160 seg., f/10 (+0.3EV); ISO 100)




Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
(@ 20mm, 1/200 seg., f/10 (+0.3EV); ISO 100)

Genuíno ou Contrafeito? Como distinguir as baterias "falsas" das "verdadeiras"?





Hoje vou voltar a falar na questão das baterias para câmaras. Desta vez, tentando, com este artigo, ajudar a aprender e a distinguir as baterias genuínas das contrafeitas! Algo que nem sempre é muito fácil...

Em tempos publiquei a minha opinião acerca das baterias de terceiros fabricantes cujo artigo integral pode ser visto aqui >> (abre em novo Link)
No fundo, esse tipo de baterias (denominadas de "marca branca" ou "de outros fabricantes") são baterias compatíveis com as originais mas que são, como tal, identificadas. Ou seja, não são "imitações" comercializadas, fraudulentamente, sob o nome da marca original, tentando parecer que se trata de baterias originais! Quer a marca, quer os logótipos que lhes são apostos facilmente as distinguem das comercializadas pelas marcas próprias. Portanto, ao adquirir uma destas baterias de terceiros fabricantes estamos conscientes do que estamos a comprar e não estamos a ser enganados ou iludidos pois a marca nelas inscrita é a de quem a fabrica. São geralmente mais baratas que as comercializadas pelos fabricantes de câmaras com as suas próprias marcas mas, como podem ver no artigo que acima mencionei, grande parte delas sofrem dalguma incompatibilidade.

Bom, agora é chegada a vez de vos falar de algo bem mais grave e que, para a maior parte dos consumidores, torna-se difícil de descobrir: As baterias contrafeitas!
Face ao elevado (...diria eu, exagerado) custo das baterias genuínas comercializadas pelos fabricantes de câmaras como a Nikon, a Canon, etc..., torna-se apetecível a sua falsificação.
O maior problema é que, cada vez mais, se torna difícil distinguir e descobrir quais as verdadeiras e as falsas uma vez que as diferenças podem ser muito subtis! 

Aqui ficam algumas dicas a que devem estar atentos para não comprar "gato por lebre":

  • Comecem por analisar a diferença de preço entre a bateria anunciada e o preço de venda ao público sugerido pelo fabricante. Se a diferença for muita, suspeitem desde logo;
  • Os mercados onde mais proliferam este tipo de falsificações são os orientais, designadamente, a China. (Todavia, isso, por si só, não é determinante pois a maioria das baterias originais são lá produzidas...)
  • Observem com atenção outros elementos que acompanham a bateria e não ela em si mesma. Desde a embalagem (o tipo de cartão de que é feita), as letras da caixa, a qualidade da impressão das instruções que a acompanham... enfim uma série de elementos que, podem ajudar a descobrir o "rabo do gato escondido".
  • Passando para a bateria em si mesma, analisem a qualidade do plástico de que é feita (cor, textura, soldas, imperfeições), bem assim como a qualidade da letras gravadas em baixo ou alto relevo (geralmente as contrafeitas apresentam letras gravadas de forma mais grosseira) e ainda dos autocolantes nela apostos
  • Observem com atenção o número de série. A cor deve ser diferente das restantes informações que são em letra de cor cinza. Geralmente, o número de série é apresentado a cor preta nas baterias originais 
  • Se tudo isso vos parecer correto, por último, a dica mais importante: Verifiquem o holograma! É para isso mesmo que ele lá está e, por incrível que pareça, é um dos elementos mais difícil de falsificar! (Apesar disso, "não ponho a mão no fogo" pois acredito piamente que até esse elemento já se consiga "imitar"...) - EX: NAS BATERIAS NIKON GENUÍNAS NUNCA SE CONSEGUEM LER AS TRÊS CARREIRAS DE LETRAS EM SIMULTÂNEO- Conseguem ler-se as dos extremos mas não, repito, em simultâneo, a carreira central! Por sua vez, se conseguirmos ler a faixa central, não conseguiremos ler as dos extremos. Também a cor muda simultaneamente mas somente nas carreiras visíveis e não por todo o holograma! Verificar os pequenos cortes existentes nos Hologramas (o seu tamanho e qualidade/precisão) também pode ser uma ajuda...  

Depois de dito isto tudo, cá ficam alguns exemplos com imagens comparativas.
Será que já conseguem distinguir as verdadeiras das falsas?!  
 


Para quem ainda, mesmo assim não conseguiu descobrir as diferenças, esclareço que as imagens acima da coluna do lado esquerdo representam uma bateria contrafeita e as da coluna da direita uma bateria original.
Depois de ler o texto e ver as imagens em pormenor já se notam as diferenças, não!?