A Nikon Nikkor 28-70mm f/2.8 ED-IF AF-S é uma das referências da marca Nikon no que concerne à gama de objectivas zoom. Tal estatuto e reputação devem-se, não só, pela sua capacidade de produzir fotografias extremamente definidas, mas também pela sua qualidade de construção e vocação para uso intensivo e profissional.
Se tudo o que acima dito é verdade, verdade também é que a mesma não deixa, porém de ter um ou outro ponto fraco.
Tanto quanto já testei e com o uso que tenho feito da mesma considero-a uma objectiva capaz de extremos. Isto é, tanto podemos obter resultados irrepreensíveis, em termos de recorte, saturação de cor… como podemos ficar desiludidos com resultados menos bons (dos que seriam de esperar para esta gama de objectivas).
Sei que esta deve ser uma opinião um pouco contrária aquela que é generalizada acerca desta objectiva mas, de facto, após alguns testes efectuados com a que possuo ainda não posso deixar de tirar outra conclusão.
Certamente que quem pretende adquirir ou adquiriu uma objectiva desta gama não é o que esperará ouvir mas, até ao presente momento, esta é a opinião que formei! Tudo depende de como a usarmos! Ou seja, bem usada é capaz de excelentes resultados, quer em termos de recorte, desfoques, saturação…, mas se optarmos por colocar a máquina em automático e confiarmos no seu ultra-rápido e silencioso sistema de focagem AF-S (diga-se que a focagem da mínima distancia possível até ao infinito e regresso de novo ao primeiro ponto não demoram muito mais de um escasso segundo!) e “dispararmos” rapidamente vamos ficar descontentes com os resultados, pois certamente que esperaríamos muito melhor! Isto é baseado na minha experiência pessoal e não estou a depreciar a objectiva em causa mas simplesmente a dizer que para obtermos bons resultados com a mesma temos que fazer, também, por isso!
Curiosamente com o tempo descobri que o rendimento desta objectiva pode ser melhorado em dias de forte luminosidade ou em situações de maiores contrastes de luz usando uma medição de luz central ponderada ao invés da matricial. Só ainda não descobri concretamente o porquê… mas se alguém por aí tiver ideias… Agora que a saturação e a definição, por arrastamento, é muito mais correcta, lá isso é!
Curiosamente foi uma das objectivas que usei para testar “A influência da área de AF activa na Medição Matricial de Luz” juntamente com uma Nikon Nikkor 50mm f/1.4 AI e nessa altura também cheguei à conclusão que, comparativamente à mencionada 50mm, as diferenças entre o uso da medição Matricial ou Central são muito mais relevantes na Nikkor 28-70mm. Pode dizer-se que tal comparação não terá sentido uma vez que a 50mm sendo uma “velhinha” AI não faz a medição em “3D color Matrix” ao contrário da 28-70mm mas não me parece que seja esse o motivo, pois também já fiz comparações com outras objectivas que a fazem, por exemplo a Nikkor 60mm f/2.8 micro AF-D e tal diferença manteve-se….
Talvez esse fenómeno se deva ao tipo de construção e ao numero de elementos ópticos usados… ainda não sei, mas o que sei é que para obtermos resultados definitivamente bons esta objectiva necessita que prestemos atenção redobrada á medição de luz.
Quando usamos uma objectiva de gama baixa podemos sempre atribuir a culpa dos resultados obtidos à objectiva usada. Quando usamos uma Nikkor 28-70mm f/2.8 certamente que esperamos resultados muito superiores aos obtidos por exemplo com objectivas da gama da 28-80mm f/3.5-5.6 e se no caso da segunda podemos atribuir uma ou outra fotografia menos boa à objectiva usada, no caso da primeira não há desculpa. O erro é mesmo nosso.
Daí que, neste aspecto, tenha dito desde logo que ela seja capaz de produzir excelentes resultados desde que devidamente usada. Um dos problemas, ou ponto menos favorável, que noto nesta objectiva é a facilidade com que sofre influência de luz frontal ou mesmo lateral (vulgo “flare”) criando fotografias de baixo contraste com pouca saturação e um pouco sobre-expostas (mesmo fazendo uso do parasol de grandes dimensões HB-19 que a acompanha). Este problema penso que tem explicação no diâmetro frontal da objectiva (77mm) que sendo de grandes dimensões mais facilmente “sofre” deste mal.
Outro dos aspectos menos bons é o seu tamanho e peso mas, como se costuma dizer, não há bela sem senão! Definitivamente, esta objectiva com parasol montado dificilmente passam despercebidas e o pior é que o seu peso acompanha a dimensão que tem. Não que pessoalmente me cause geralmente grande diferença, dado o tipo de uso predominante que faço da mesma, mas se quisermos levar uma máquina com a dita objectiva montada a fim de captar fotografias, numa qualquer cidade ou outro local movimentado, dificilmente vamos conseguir passar discretamente e sem ficar incomodados com a quantidade de pessoas que nos começam a olhar de soslaio dada a dimensão e aspecto que tem.
A qualidade de construção é do melhor que a Nikon é capaz fazendo lembrar ainda um pouco a qualidade das “velhas” objectivas AI-S todas em metal. O revestimento, ou melhor, o acabamento que tem, faz lembrar um tipo de “tecido aveludado”, ao invés doutras objectivas desta gama como por exemplo a 80-400mm VR em que o acabamento sobre o metal é uma pintura “tipo sarapintado” (este é um dos aspectos em que as fotografias que vulgarmente se vêem da mesma na internet e mesmo a da foto que tirei à que possuo fazem enganar quanto ao seu aspecto). Bom mas isto são pormenores….
Pormenor importante, esse sim, é ainda o pequeno botão selector com a posição M – M/A que permite a mudança, a fim duma mais rigorosa focagem ou simples reenquadramento de forma instantânea, da focagem no modo automático para manual, estando na posição M/A, e regresso à primeira com um simples soltar do botão obturador (a meia posição) e novo toque.
Com alguns milhares de unidades vendidas esta objectiva tornou-se popular não somente pela quantidade que vendeu mas sim pela sua qualidade e polivalência dentro duma gama de distâncias focais “normais” (é uma objectiva concebida para o formato FX). Actualmente, e apesar de ainda ser possível encontrar algumas unidades em venda, foi substituída pela nova 24-70mm f/2.8 G ED-IF AF-S (em Agosto de 2007 – outro cavalo de batalha da Nikon que ainda não tive o prazer de experimentar!).
Portanto, fica o tradicional resumo: uma objectiva que usada devidamente e tendo cuidado para controlar os problemas de luz acima expostos é de muito, muito boa qualidade…. mau era se não o fosse ($$$)… agora que não é perfeita…. Já agora fica o tópico para uma opinião futura daquela que até ao momento continua a ser a minha objectiva favorita em termos de definição/recorte e saturação de cor… uma “velhinha” Nikkor 50mm f/1.4 AI, que já acima mencionei, mas essa opinião fica para um qualquer destes dias!
Tanto quanto já testei e com o uso que tenho feito da mesma considero-a uma objectiva capaz de extremos. Isto é, tanto podemos obter resultados irrepreensíveis, em termos de recorte, saturação de cor… como podemos ficar desiludidos com resultados menos bons (dos que seriam de esperar para esta gama de objectivas).
Sei que esta deve ser uma opinião um pouco contrária aquela que é generalizada acerca desta objectiva mas, de facto, após alguns testes efectuados com a que possuo ainda não posso deixar de tirar outra conclusão.
Certamente que quem pretende adquirir ou adquiriu uma objectiva desta gama não é o que esperará ouvir mas, até ao presente momento, esta é a opinião que formei! Tudo depende de como a usarmos! Ou seja, bem usada é capaz de excelentes resultados, quer em termos de recorte, desfoques, saturação…, mas se optarmos por colocar a máquina em automático e confiarmos no seu ultra-rápido e silencioso sistema de focagem AF-S (diga-se que a focagem da mínima distancia possível até ao infinito e regresso de novo ao primeiro ponto não demoram muito mais de um escasso segundo!) e “dispararmos” rapidamente vamos ficar descontentes com os resultados, pois certamente que esperaríamos muito melhor! Isto é baseado na minha experiência pessoal e não estou a depreciar a objectiva em causa mas simplesmente a dizer que para obtermos bons resultados com a mesma temos que fazer, também, por isso!
Curiosamente com o tempo descobri que o rendimento desta objectiva pode ser melhorado em dias de forte luminosidade ou em situações de maiores contrastes de luz usando uma medição de luz central ponderada ao invés da matricial. Só ainda não descobri concretamente o porquê… mas se alguém por aí tiver ideias… Agora que a saturação e a definição, por arrastamento, é muito mais correcta, lá isso é!
Curiosamente foi uma das objectivas que usei para testar “A influência da área de AF activa na Medição Matricial de Luz” juntamente com uma Nikon Nikkor 50mm f/1.4 AI e nessa altura também cheguei à conclusão que, comparativamente à mencionada 50mm, as diferenças entre o uso da medição Matricial ou Central são muito mais relevantes na Nikkor 28-70mm. Pode dizer-se que tal comparação não terá sentido uma vez que a 50mm sendo uma “velhinha” AI não faz a medição em “3D color Matrix” ao contrário da 28-70mm mas não me parece que seja esse o motivo, pois também já fiz comparações com outras objectivas que a fazem, por exemplo a Nikkor 60mm f/2.8 micro AF-D e tal diferença manteve-se….
Talvez esse fenómeno se deva ao tipo de construção e ao numero de elementos ópticos usados… ainda não sei, mas o que sei é que para obtermos resultados definitivamente bons esta objectiva necessita que prestemos atenção redobrada á medição de luz.
Quando usamos uma objectiva de gama baixa podemos sempre atribuir a culpa dos resultados obtidos à objectiva usada. Quando usamos uma Nikkor 28-70mm f/2.8 certamente que esperamos resultados muito superiores aos obtidos por exemplo com objectivas da gama da 28-80mm f/3.5-5.6 e se no caso da segunda podemos atribuir uma ou outra fotografia menos boa à objectiva usada, no caso da primeira não há desculpa. O erro é mesmo nosso.
Daí que, neste aspecto, tenha dito desde logo que ela seja capaz de produzir excelentes resultados desde que devidamente usada. Um dos problemas, ou ponto menos favorável, que noto nesta objectiva é a facilidade com que sofre influência de luz frontal ou mesmo lateral (vulgo “flare”) criando fotografias de baixo contraste com pouca saturação e um pouco sobre-expostas (mesmo fazendo uso do parasol de grandes dimensões HB-19 que a acompanha). Este problema penso que tem explicação no diâmetro frontal da objectiva (77mm) que sendo de grandes dimensões mais facilmente “sofre” deste mal.
Outro dos aspectos menos bons é o seu tamanho e peso mas, como se costuma dizer, não há bela sem senão! Definitivamente, esta objectiva com parasol montado dificilmente passam despercebidas e o pior é que o seu peso acompanha a dimensão que tem. Não que pessoalmente me cause geralmente grande diferença, dado o tipo de uso predominante que faço da mesma, mas se quisermos levar uma máquina com a dita objectiva montada a fim de captar fotografias, numa qualquer cidade ou outro local movimentado, dificilmente vamos conseguir passar discretamente e sem ficar incomodados com a quantidade de pessoas que nos começam a olhar de soslaio dada a dimensão e aspecto que tem.
A qualidade de construção é do melhor que a Nikon é capaz fazendo lembrar ainda um pouco a qualidade das “velhas” objectivas AI-S todas em metal. O revestimento, ou melhor, o acabamento que tem, faz lembrar um tipo de “tecido aveludado”, ao invés doutras objectivas desta gama como por exemplo a 80-400mm VR em que o acabamento sobre o metal é uma pintura “tipo sarapintado” (este é um dos aspectos em que as fotografias que vulgarmente se vêem da mesma na internet e mesmo a da foto que tirei à que possuo fazem enganar quanto ao seu aspecto). Bom mas isto são pormenores….
Pormenor importante, esse sim, é ainda o pequeno botão selector com a posição M – M/A que permite a mudança, a fim duma mais rigorosa focagem ou simples reenquadramento de forma instantânea, da focagem no modo automático para manual, estando na posição M/A, e regresso à primeira com um simples soltar do botão obturador (a meia posição) e novo toque.
Com alguns milhares de unidades vendidas esta objectiva tornou-se popular não somente pela quantidade que vendeu mas sim pela sua qualidade e polivalência dentro duma gama de distâncias focais “normais” (é uma objectiva concebida para o formato FX). Actualmente, e apesar de ainda ser possível encontrar algumas unidades em venda, foi substituída pela nova 24-70mm f/2.8 G ED-IF AF-S (em Agosto de 2007 – outro cavalo de batalha da Nikon que ainda não tive o prazer de experimentar!).
Portanto, fica o tradicional resumo: uma objectiva que usada devidamente e tendo cuidado para controlar os problemas de luz acima expostos é de muito, muito boa qualidade…. mau era se não o fosse ($$$)… agora que não é perfeita…. Já agora fica o tópico para uma opinião futura daquela que até ao momento continua a ser a minha objectiva favorita em termos de definição/recorte e saturação de cor… uma “velhinha” Nikkor 50mm f/1.4 AI, que já acima mencionei, mas essa opinião fica para um qualquer destes dias!
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Claro que sendo uma análise completamente subjectiva, a seguir deixo um pequeno exemplo que serve de demonstração da capacidade óptica e recorte de que esta objectiva é capaz.
Não pretendendo ser nenhum tipo de teste, ao lado, e em cima, temos uma imagem
captada pela Nikkor 28-70mm (@ 48mm; ISO 125; f/11; 1/125seg.- à mão, num dia de muita neblina…) montada numa Nikon D200 sem qualquer tratamento de pós-produção além do redimensionamento do seu tamanho a 600 x 402 pixels.
A zona delineada a vermelho pelo pequeno rectângulo corresponde à área sujeita a um crop a 100% e a que se reporta a imagem de baixo.
(clique nas imagens para ampliar)
Mais uns exemplos:
Qualidade Óptica
|
★★★★★
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Qualidade de Construção
|
★★★★★
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Versatilidade
|
★★★★☆
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Manuseamento
|
★★★★★
|
Valor
|
★★★★★
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