"Matando saudades" da Nikkor 300mm f/2.8!

Nikon D300 + Nikkor 300mm f/2.8
(f/2.8, 1/160 seg., ISO 100)


Nikon D300 + Nikkor 300mm f/2.8
(f/2.8, 1/125 seg., ISO 100)


Já há uns bons tempos que não fazia qualquer uso da Nikkor 300mm 2.8. Esta é uma daquelas objectivas que somente utilizo para fins específicos. Regra geral para fotografar aves em conjunto com um Teleconversor (TC 200 ou TC 300) e sempre com tripé.
Mas, há dias lembrei-me de a levar comigo à "tradicional" deslocação que faço semanalmente aos cavalos! Levei somente a objectiva e uma D300. As fotografias captadas com a 300mm f/2.8 são muito peculiares aliando o pormenor ao isolamento do restante cenário.
As fotografias acima foram captadas sem recurso a qualquer tripé ou monopé. Fotografar, nessas condições, com este tipo de objectivas constitui sempre um desafio. A principal dificuldade em fotografar com este tipo de objectivas deve-se ao seu peso e tamanho. O conjunto (câmara + objectiva) pesa cerca de 3,5 Kg! Além disso, no caso de estarmos a fotografar verticalmente a dificuldade de segurar a objectiva enquanto se foca (manualmente, claro está) é acrescida! (Em contrapartida testamos a nossa condição a nível muscular e substituímos uma idas ao ginásio... a fazer halteres!)
Quando utilizo este tipo de equipamento há sempre alguns pequenos "truques" que, com o tempo, fui aprendendo... o primeiro é, desde logo, uma mera questão se sensatez: Só "pegar" na câmara/objectiva quando vamos realmente fazer capturas. Depois, quando pretendemos fotografar devemos faze-lo o mais rapidamente possível, sustendo a respiração e segurando no conjunto durante somente breves segundos (até porque senão cairíamos para o lado...eheheh). Quanto mais tempo mantivermos o conjunto na posição de captar fotos mais se vai fazer sentir o peso e maior será a probabilidade de obtermos fotos "tremidas". Apoiar, sempre que possível, a objectiva sobre o joelho ou encostando o nosso corpo de maneira confortável a uma parede ou outro qualquer suporte são, também, uma ajuda preciosa para ganhar alguma estabilidade...
Claro que, depois disso tudo, há que ter em conta que nunca devemos regular a exposição de maneira a obtermos valores de obturação inferiores ao princípio de reciprocidade Valor de obturação = distância focal usada (no caso das fotos de hoje, não segui esse princípio pois com uma 300mm deveriam ser usadas velocidades de 1/300 seg. ou mais rápidas... mas tudo é uma questão também de mão...)
Mas, apesar de todos estes "senão", com alguma técnica, nada substitui a abertura de f/2.8. E com algum treino e paciência conseguem-se produzir excelentes resultados em termos de recorte de imagem!
As fotografias não tem qualquer "crop" nem alteração de enquadramento ou remoção de elementos. Somente foram redimensionadas para a Web após efectuada uma ligeira correcção de níveis (a primeira, além disso, foi convertida para sépia o que permitiu realçar a expressão cândida do animal).

1 comentários:

Diego disse...

Só tive o prazer de utilizar essa objectiva uma vez e durante cerca de 10 minutos...mas chegou para perceber o potencial da mesma. É qualquer coisa de fantástico, sem sombra de dúvida.
Está na minha lista de eventuais compras futuras a 300/2.8 da Canon.

Boas fotografias, gosto particularmente da primeira. E muito boa técnica, porque 1/125 a 300mm não é fácil :)