Sony 50mm f/1.4
Estando mais acostumado a manusear outras marcas, designadamente a Nikon e até certo ponto a Canon, testar esta objectiva comercializada sob a marca Sony foi uma novidade.
Na realidade já em tempos fotografei com uma objectiva idêntica que é a que está na base deste modelo. A Minolta 50mm 1.4 RS que data dos anos 90 e que sofreu um “restiling” para se adaptar à Sony. Aliás, esta Sony 50mm f/1.4 ainda mantém algumas parecenças com o modelo original. É espartana e o seu aspecto é de plástico frágil! Este foi um dos pontos que me desagradou. Para uma objectiva de abertura f/1.4 cujo preço ronda os € 400,00 sinceramente era de esperar melhor.
Mas, se por um lado fiquei desiludido com o seu aspecto, por outro, quando a testei com uma DSLR Sony Alpha 900 rapidamente me surpreendeu e agradou pela qualidade e recorte de imagem que proporciona a quase todas as aberturas! A referência que tenho e que me serviu de base de comparação foi a Nikkor 50mm f/1.4. Após confrontar os resultados verifiquei que, no caso da Sony, é possível fazer uso da sua plena abertura (f/1.4) mantendo um razoável contraste enquanto que no caso da Nikkor não é tanto assim.
Bom, mas resumindo a opinião tal como é resumido o nome desta objectiva diria:
Construção e estética:
Este foi o aspecto que menos gostei nesta objectiva. É vulgar e, como anteriormente já referi, tem aparência frágil . Apesar disso, o encaixe é metálico.
Manuseamento:
Rápida e precisa a focar… desde que usada em AF. Para focagem manual, esqueçam! O original modelo da Minolta pelo menos ainda tinha o pequeno anel de fogagem ranhurado. Este, nem isso! Primeiro a superfície de contacto para a focagem manual é de apenas 8mm (pois é, dei-me ao trabalho de medir!) e como se isso não tornasse já difícil a tarefa de focar, o tal anel, apesar de revestido a borracha, é praticamente do mesmo diâmetro do resto do corpo da objectiva pelo que, por tacto, mal se consegue diferenciá-lo.
Qualidade óptica:
Finalmente algo de bom! As imagens captadas têm um bom recorte e definição. O “bokeh” ou “fora-de-foco” como lhe queiram chamar também me agradou (ver teste). Quanto a distorções de imagem, como de resto seria de esperar duma 50mm usada em “Full Frame”, nenhuma! Pareceu-me que a definição de imagem atinge o seu máximo entre f/ 11 e f/16, ou seja, um pouco com o diafragma mais fechado que a Nikon (cuja abertura mínima é f/16) e que obtém os melhores resultados entre f/5.6 e f/8.
Teste ("bokeh" e recorte - cantos e centro da imagem):
A área de foco seleccionada foi a aresta da ardósia na parte central da imagem
Clique p/fazer download (1599x976) 1,20MB
Alguns exemplos:
(Clique nas imagens para visualizar a 1000px - todas as fotografias captadas a punho
com sistema de estabilização de imagem da câmara activo)
com sistema de estabilização de imagem da câmara activo)
Tal como disse, esta é uma objectiva luminosa, rápida, com uma boa qualidade óptica (afinal é isso o factor mais importante numa objectiva) mas é pena ficar prejudicada pelo seu preço, pelo seu aspecto e pelo manuseamento pouco prático em MF.
Quase me esquecia…gostei também do facto da mesma ser comercializada já com o parasol original SH0011.
Qualidade Óptica
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★★★★☆
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Qualidade de Construção
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★★★☆☆
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Versatilidade
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★★★★☆
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Manuseamento
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★★★★☆
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Valor
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★★★★☆
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By the way… deixo os devidos agradecimentos ao Hélder Almeida (Resp. Dept. Fotografia/Vídeo do Média Market – Parque Nascente) pelo apoio para a realização do teste.
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