E cá chegamos nós ao “mês do cogumelo”.
Durante esta época do ano, as baixas temperaturas e a humidade
acumulada nos terrenos oferecem um motivo e oportunidade única para os amantes
da fotografia de natureza: Os cogumelos!
Alguns deles poderão até não ser muito fotogénicos mas
existem muitas espécies que, pelas suas cores, texturas ou formas, são bons
motivos fotográficos.
Então, o que precisamos para os fotografar?
Obviamente uma câmara fotográfica. Todavia, se o pretendermos fazer de modo mais perfeito, obtendo melhores resultados, devemos ter, também, em atenção alguns cuidados… Certos acessórios extra, mesmo que simples e baratos, poderão igualmente fazer a diferença…
Obviamente uma câmara fotográfica. Todavia, se o pretendermos fazer de modo mais perfeito, obtendo melhores resultados, devemos ter, também, em atenção alguns cuidados… Certos acessórios extra, mesmo que simples e baratos, poderão igualmente fazer a diferença…
Já que estamos a falar do assunto, eis algumas dicas simples que permitirão melhorar a qualidade das fotografias:
- Se possuem um tripé, esta é uma boa altura para lhe dar uso (nesta altura do ano a iluminação natural, principalmente em zonas de floresta, escasseia e as velocidades de obturação tem, necessariamente, de ser mais lentas correndo-se o risco de fotos “tremidas”… O tripé e, eventualmente, um cabo disparador, ajudarão a captar fotos bem mais definidas)
- Usar flash (quer seja o integrado na câmara, quer seja um flash externo) ajudará, principalmente em dias escuros e sombrios, a compensar a falta de iluminação e a homogeneizar a parte superior dos cogumelos (anel) e a base ou pé dos mesmos. No entanto, o clarão emitido pelo flash deve limitar-se a “preencher” apenas as sombras (se usarem um pequeno difusor na frente do flash, tanto melhor). Para evitar que as superfícies reflectivas dos cogumelos fiquem espelhadas devido a um forte clarão pode ser necessário reduzir a potência do mesmo através duma compensação negativa (compensação da emissão de luz/potência do flash e não do valor da exposição) que poderá variar de caso para caso (-1/3; -1/7; etc.)
- Uma simples folha branca de papel cavalinho de tamanho A4, que facilmente se transporta no nosso saco juntamente com o restante equipamento, poderá ser um “acessório” barato mas muito eficaz para melhorar as fotografias (Pode ser usada em duas situações distintas e de duas formas: Primeira - em locais onde o sol não incida directamente no cogumelo, a folha de papel branco, colocada próximo do motivo, pode ser usada de modo a reflectir alguma luz, direccionando-a, para o lado onde se formem sombras ou ainda de modo a compensar a zona do pé dos cogumelos onde, geralmente, existe menor incidência de luz. A segunda maneira de a usar é precisamente com condições de luz opostas à anteriormente descrita. Assim, em locais onde o sol esteja a incidir directamente no motivo, usaremos a folha - colocada a alguma distância - por cima do mesmo de modo a criar uma sombra. Deste modo, sob uma luz difusa, eliminaremos os fortes contrastes.
- Fotografar
à distância mais próxima possível (o ideal para este tipo de fotografia
serão as objectivas especiais, vulgarmente designadas por objectivas Macro. Mais abaixo podem ver duas espécies de cogumelos só possíveis de fotografar, precisamente, com este tipo de objectivas. Todavia, para a grande maioria dos casos, uma
simples objectiva zoom "normal" ou mesmo uma teleobjectiva tornam possível a captura de fotos de
grande parte das espécies de cogumelos - Exemplos: fotografias do topo do artigo).
Um caso diferente: No caso de fotografias com recurso a objectivas do tipo “Grande-ângular” ou “Fisheye”, com as quais se conseguem também bons resultados, contraria-se a técnica (selecção duma abertura grande de diafragma) aplicada às objectivas anteriormente descritas. Este último tipo de objectivas, quando utilizadas próximo do objecto, destacam-no pela diferença de tamanho com que fica retratado em relação a todo o restante cenário. Acabam por conseguir, face a essa nuance, colocar em relevo o motivo principal reduzindo exageradamente a realidade do restante cenário em segundo plano.
- Tentar descentrar o objecto principal (por outras palavras, evitar fotografar os cogumelos no centro do fotograma pode, em certos casos, tornar a composição mais apelativa)
- Fotografar os cogumelos ao nível onde os mesmos se encontram (colocar a câmara - montada ou não no tripé - o mais próximo possível do solo ajudará a criar imagens com mais impacto do que fotografias captadas a um nível superior)
- Utilizar uma abertura de diafragma grande (a utilização de aberturas de diafragma grandes – valor f/stop mais pequeno inscrito na objectiva que utilizarmos – criará um maior desfoque do plano de fundo. Desse modo ficará destacado e realçado o motivo principal da nossa fotografia em relação ao restante contexto)
- Por último, com algum cuidado podemos retirar alguns elementos que, embora naturais, acabam por distrair e confundir a nossa leitura da imagem (pequenas palhas, ramos, pedras, etc. acabam por confundir e desviar a atenção – como podem ver, as fotografias que usei para ilustrar este “post” contrariam aquilo que acabo de dizer... No entanto, eram as que estavam mais “à mão” quando decidi escrever este texto….
- …não
me estou a recordar assim de mais nada em especial…
E “toca a sair” para os bosques, montes, florestas, campos… Enfim,
uma infinidade de locais onde nesta altura do ano (em Portugal) existem
cogumelos à espera de serem fotografados!
Ah! Cuidado com os exemplares mais vistosos pois são, geralmente, os mais venenosos! Bons para fotografar, maus para comer...!
Ah! Cuidado com os exemplares mais vistosos pois são, geralmente, os mais venenosos! Bons para fotografar, maus para comer...!
2 comentários:
Mais um educativo post.
O truque da folha de papel é muito bom...
A experimentar.
Fantásticas imagens (como sempre). Obrigado pelas úteis e preciosas dicas.
Cumprimentos
Jaime Henriques
Enviar um comentário