Cotovia-montesina (Galerida theklae) |
Em finais de Julho lá estive, de novo, pelas bonitas terras do Nordeste transmontano. Como não poderia deixar de ser (…e para não variar), sempre que visito a região, lá levo comigo a Nikkor 80-400mm. Uma teleobjectiva relativamente pequena que, quando montada num monopé e graças ao sistema VR, permite captar fotos na sua máxima distância focal com bastante recorte.
Um dos motivos porque o faço justifica-se com o facto de tentar sempre aproveitar a ocasião para obter algumas fotografias de aves comuns naquela região mas pouco vistas noutros locais, designadamente onde resido.
Bom, desta vez, fiz duas pequenas saídas matinais (…diga-se que ia já a manhã um pouco avançada) tendo, mesmo assim conseguido observar várias espécies como os enormes Grifos, Tentilhões-comuns, Toutinegras, …
No entanto, nem tudo o que se observa se fotografa… Mesmo assim, por um registo que seja duma nova espécie, vale sempre a pena levantar cedo e começar o dia com uma calma caminhada por bucólicos carreiros ladeados por campos ou árvores!
A poucas centenas de metros da povoação de Lagoaça (Freixo-de-Espada-à-Cinta) a paisagem rural começa a evidênciar-se. A tranquilidade e o silêncio tomam lugar e as aves podem ser observadas no seu verdadeiro Habitat natural.
Variadas espécies - nas árvores, fragas ou terrenos - lá estão elas!
Variadas espécies - nas árvores, fragas ou terrenos - lá estão elas!
Isto sim! Para quem vive na cidade (como eu) tudo isto tem um sabor ainda mais especial!
A Cotovia-montesina, espécie típica na região (retratada na imagem do topo), foi um bónus duma dessas saídas. Muito lentamente lá me fui pouco a pouco aproximando da ave, captando registos cada vez mais próximos… consegui estar a uns escassos metros da mesma!
No entanto, as condições de luz para este tipo de fotografia não eram as ideais… Obtêm-se melhores resultados em dias nublados ou até mesmo em dias de chuva que com um sol resplandecente. Nesses dias a luz está difusa diminuindo os riscos de “brancos” estourados”. De igual modo, toda a ave – em dias com estas características - fica uniformemente iluminada, sem grandes contrastes.
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que esta “qualidade da luz” dos dias nublados vale bem mais que a "quantidade de luz" dos dias de sol radiante pois, a primeira, propicia a inexistência de reflexos e brilhos nas penas das aves obtendo-se uma mais correcta exposição.
Em suma: Lá consegui acrescentar três novas espécies ao site "Aves de Portugal". A Cotovia-montesina (fotografada nos terrenos das imagens), a parecida Cotovia-de-poupa, e o Estorninho-preto (infelizmente, esse último, só consegui fotografar numa inestética antena já no centro da povoação... mas fica, pelo menos, para registo da espécie, o que também é importante).
2 comentários:
É a sua exigência que o leva a criticar a excelente foto que nos trouxe!
Parabéns e um abraço.
Obrigado :)
Um abraço.
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