Canon EOS 5D Mark II - Full Frame 21Mp DSLR - Teste


Introdução:
Merecedora do prémio TIPA (Technical Image Press Association) na categoria de melhor câmara D-SLR “Avançada” em 2009, e comercializada em Portugal há cerca de 1 ano, esta Canon EOS 5D Mark II continua a fazer parte dos desejos de muitos fotógrafos.
Mas se só por si as especificações técnicas agradam, depois de testar esta câmara facilmente se compreende o porquê! Os motivos são muitos e bons.
Uma vez mais, por cortesia da Média Markt (Parque Nascente) designadamente, pela simpatia do Hélder Almeida – Resp. Dept. Fotografia/Vídeo daquela loja – que não posso deixar de aconselhar a contactarem caso pretendam adquirir uma destas câmaras, ou outra…, foi-me cedida uma destas Canon EOS 5D Mark II para utilização e testes.
A opinião que aqui fica é fruto da impressão com que fiquei e vou tentar transmiti-la de forma clara e sucinta.
Passando a uma breve descrição, esta foi a primeira câmara D-SLR capaz de possibilitar a realização de filmes em Alta definição (1080p a 30 frames por segundo).
Bom, isto por si só não é motivo para impressionar a maior parte dos potenciais compradores deste tipo de câmaras mas, de facto, esta Canon EOS 5D Mark II, nada tem a ver com a sua antecessora e tem muitas mais inovações dignas de relevo. Impressionante sim é a qualidade de imagem que os 21,1 megapixéis de resolução e o sensor DIGIC 4 são capazes; o excelente controle do nível de ruído a ISO’s elevados; etc., etc.
Mas, como não há bela sem “senão”, um ou outro aspecto poderiam ser melhores... Aquele que achei mais óbvio e que poderá desiludir, de certa maneira, aqueles que pretendam uma câmara predominantemente para fotografar desporto ou cenas de acção, é o reduzido número de fotografias que esta câmara é capaz de captar (em RAW) quando em exposição contínua: somente 3,9. Claro que quem está acostumado a fotografar desporto ou acção provavelmente usará o formato de arquivo JPG. E quanto a este não têm de se preocupar… até 72 fotos/seg. em JPEG, ou ainda, até 310 fotos/seg. usando um cartão UDMA de capacidade superior a 2GB são certamente mais que suficientes! Mas, não pensem os “Canonistas” que vou aqui aproveitar para dizer mal… Simplesmente não posso! Vejam o porquê…

Especificações:

 
Manuseamento:
A câmara cedida para testes foi uma das que são comercializadas na versão “Kit” com a objectiva Canon EF 24-105mm f/4. Diga-se que este conjunto, além de conseguir bons resultados em termos de qualidade de imagem é equilibrado no que diz respeito ao seu manuseamento. (estando eu habituado a “carregar” a Nikon D200 com a Nikkor 24-70mm, senti que este conjunto era uma pluma!).
Um dos aspectos que também me agradou e que achei ser profícuo é a função “Live View” que esta câmara dispõe. Na realidade, esta função é um verdadeiro “must”!!! A sua utilização pode ter várias aplicações, designadamente em fotografia de estúdio (produtos), macrofotografia ou noutras em que, quer a exposição, quer a profundidade de campo, quer a focagem tenham de ser efectuadas com rigor. Nesse ambiente, a comodidade da sua utilização e os resultados que proporciona são, francamente, excepcionais!
Se as câmaras D-SLR se traduzem numa grande vantagem sobre as câmaras analógicas (em termos de instantaneidade com que permitem analisar e rectificar exposições, etc.), esta nova função que algumas das actuais D-SLR têm são mais um passo para que tudo se torne mais simples e eficaz.
Agora vamos a um aspecto que achei que poderia ser melhor… a gama de compensações de exposição. Somente 2 Ev’s. Pois é! Se bem que em utilização “normal” esta gama de compensações é satisfatória não o será, contudo, em exposições HDR em que os valores chegam a ser de 4, 5, ou mais Ev’s! Ok! Já me vão “malhar” e dizer: Então e não existe exposição manual? Claro que sim, mas pessoalmente prefiro o controle por compensação simples de exposição do que por tempo ou abertura…
Outro aspecto menos bom: A localização do botão de visualização de profundidade de campo. E, quanto a isto, poderá ser defeito meu… mas por que raio é que algumas marcas de câmaras teimam em colocar este botão de maneira a ser utilizado com a mão esquerda e ainda por cima, para o utilizar, termos que segurar na câmara de maneira pouco cómoda e equilibrada? Mas é como digo, se calhar é mesmo mau jeito meu…
Bem, agora que já consegui referir um ou outro pormenor que menos me agradou, avancemos!

Qualidade de imagem:
Quanto a este aspecto, se quisermos dizer mal, é que estamos mesmo mal…. Não tenho “ponta por onde lhe pegar”! Isto é, a qualidade de imagem que esta câmara é capaz é…. como é que vos digo isto… surpreendentemente, terrivelmente, absolutamente… boa! Ou, até um pouco melhor que isso! Ok! Vamos ser honestos, … é excelente!!!
A definição e a “limpeza” dos ficheiros que saem desta câmara são realmente óptimos. Mas não pensem que podem usar os “tais” 25.600 ISO e ter fotografias dignas de uma qualidade extrema. Que as podemos captar a tão elevado ISO é verdade mas, quanto a mim, os resultados não são satisfatórios. Contudo, “puxando” já bastante pela sensibilidade de filme da câmara, diria até uns 3200 ISO, dependendo da cena e das condições de luz podemos obter ficheiros com qualidade não igualada por outras câmaras a valores muito menos elevados.
Um dos aspectos que facilmente detectei e que refiro como “defeito” desta câmara foi o aparecimento de ruído de imagem tipo “Banding”. Este tipo de ruído (bandas ou riscas delineadas e visíveis nas zonas mais escuras da fotografia) é, dentro dos vários tipos de ruído de imagem que existem, o mais desagradável. Cabe aqui, todavia, mencionar que disse “um dos defeitos desta câmara”. Ou seja, a que testei sofria deste erro mas nem todas o têm. Acontece que a câmara testada encontra-se desactualizada e tinha instalada a versão de Firmware 1.1.0 sendo que, à data deste teste, a última versão de Firmware disponível para estas Canon EOS 5D Mk II é a 1.2.4. Com essa simples actualização de firmware, penso, conseguir corrigir-se este problema! Simples! Portanto este “defeito” não conta… até porque é normal acontecer análogas situações com outras câmaras doutras marcas. E não vou dizer quais…!

Teste ao ruído de imagem:


Imagens adicionais:
(clique para aumentar)




Vídeo com a Canon EOS D5 Mark II:
Opss... Devia cá estar...!
Pois é! Infelizmente, até ver, este espaço fica "em branco" porque não há vídeo!
Motivo: Não é por falta de filme mas sim devido a problemas em editá-lo.
De facto, os mais conhecidos programas de edição de vídeo profissional não conseguiram abrir os fiheiros da Canon em HD 1080p!!! Por isso vou continuar a tentar e mal haja possíbilidade ele será publicado....
Obs:
Actualmente parece haver uma tendência geral para incluir a possibilidade de gravar vídeo em câmaras fotográficas SLR-D. Algo que, de certa forma, não entendo…
Se voltarmos atrás no tempo (uns bons anos) e nos debruçarmos um pouco sobre o início da era digital nas câmaras fotográficas, designadamente nas acessíveis, na altura, à maioria dos mortais – as compactas – facilmente nos recordamos que estas pequenas câmaras, já na altura, faziam vídeos. Não os “xpto” de 16:9 em Alta Definição a 1080p mas sim pequenos ficheiros. Ou seja, afinal não é nada completamente novo! Então porquê o regresso?
A opinião que tenho sobre os vídeos efectuados por câmaras fotográficas não é a melhor… Sou prático e isso anula o “romântico” que possa existir na sua utilização. Passo a explicar: Para que possibilitem gravar vídeo, as câmaras, tem de dispor de mais uma série de funções que as tornam mais caras e complicadas. Mas isto, por si só, não é que me leva a considerar supérflua tal inclusão. O que me faz pensar dessa maneira é o facto das gravações (independentemente dos bonitos filmes que possam para aí ver) não serem melhores que duma qualquer câmara de vídeo HD actual. Ora, hoje em dia, estas câmaras de vídeo são cada vez melhores e mais acessíveis… não sei, … faz-me lembrar aqueles frigoríficos americanos com televisor na porta… Até pode dar jeito, mas há melhor, mais barato e mais prático…. Tal como com as câmaras….
Além disso, qualquer filme necessita de posterior edição e no caso concreto dos ficheiros de extensão “.mov” que saem destas Canon EOS 5D Mark II posso dizer-vos que a coisa não é simples. Após os transferirmos para o computador facilmente os abrimos com o Quick Time 7, mas já editá-los é outra coisa… Um dos programas mais utilizado para o efeito (em meu entender o Studio 8 da Pinnacle) considerado já um programa de edição profissional de vídeo, bem assim como outros programas com que se efectuaram tentativas, não conseguiram (à data deste artigo) abrir os ficheiros HD de 1080p da Canon EOS 5D MK II!
Por isso, apesar de no quando seguinte a possibilidade de gravação vídeo destas câmaras constar do lado “O que mais gostei” é porque é mesmo um “extra”.

Opinião:


Fotografias de exemplo:



Conclusões:
Pelo que tenho experimentado, diria que esta poderá considerar-se uma câmara de referência dentro dos actuais padrões de qualidade de imagem para câmaras D-SLR (FX). Não estou, com certeza, a referir-me às imagens que esta câmara produz a 25.000 ISO, pois essas não me convenceram. Mas também, pergunte-se em abono da boa verdade: Qual o interesse de captar fotos a tamanha sensibilidade? Esquecemos a iluminação… deixamos de ter exposições prolongadas…? Enfim, há uns tempos atrás parecia haver uma corrida pelo maior número de pixéis que cada câmara tinha, agora parece que a corrida é em relação à sensibilidade de filme…! Mas, caso aconteça como com a “guerra” dos pixéis, no final vamos chegar à conclusão que não eram precisos tantos! Actualmente está, inclusive, a notar-se uma certa tendência para a estabilização ou até regressão quanto a isso!
Por isso, precisam duma câmara FX, com boa qualidade de imagem? Já dispõem de algum material desta marca (objectivas de encaixe EF, flash, …)? Dispensam uma câmara capaz de muitas obturações por segundo? Então, a aquisição duma destas Canon é uma das hipóteses a ponderar. Caso estejam na “concorrência” esperem até ver (penso que em breve) o que é que vem por aí... Talvez uma Nikon D800 ou D900? Algo certamente surgirá para “combater” esta poderosa Canon EOS 5D Mark II. Nessa altura, espero poder testar a futura "rival" desta Canon EOS 5D MK II e partilhar também aqui a opinião acerca da mesma!

18 comentários:

sobralfilho disse...

Descobri este Blogue, durante as minhas pesquisas para encontrar informação sobre o material Nikon, e escusado será dizê-lo foi prontamente colocado nos meus favoritos. Considero-me um nikonista desde que adquiri nos anos (19)70 uma Nikkormat FTNn. Aconteceu que nos princípios dos anos 80 abandonei a fotografia e agora quero regressar mas sinto que “perdi o comboio…”. Para a Nikkormat já não encontro pilhas de 1,3V. E depois temos as digitais e não há volta a dar...
Caro confrade, José Loureiro, está de parabéns, longa vida para o seu blogue e espero que brevemente teste a Nikon D90, pois é uma das que pretendo “namorar”.
Com os meus cumprimentos,
António Pinto

pbl disse...

Sou suspeito para falar sobre a Mk2, porque tenho uma e adoro a maquineta
Todavia, se me permitir, gostaria de manifestar a minha discordância quanto às considerações que faz relativamente ao modo video, deixando-lhe as seguintes notas soltas:
1. A mk2 produz video de qualidade equivalente a máquinas profissionais de video com um custo muito, muito superior, que custam €10.000,00, €20.000,00 e mais, por uma fracção desse preço e não é por isso comparável às câmaras de video HD de consumo que por aí andam.
2. Não pode pura e simplesmente comparar as bitrates obtidas, a profundidade de campo, a capacidade de lidar com pouca luz e, sobretudo, a possibilidade de usar as extraordinárias lentes de fotografia.
2. Esse facto é evidenciado até por ter já sido utilizada em produções de cinema, como por exemplo o Homem de Ferro, no qual muitos planos foram capturados com ela.
3. O codec utilizado nos ficheiros de video é o H.264, com uma bitrate de cerca de 40Mb/s, que é um codec de visualização, não de edição, pelo que para a fazer, tem de ser primeiro convertido para um codec apropriado a esta. No meu caso, como utilizador Mac, uso o AppleProResLT e faço as minhas edições com o FCP num vulgaríssimo Macbookpro a 2,8, com apenas 4GB de ram e funciona perfeitamente em tempo real, sem renders.
4. Asseguro-lhe que é perfeitamente possível efectuar edição dos ficheiros com o Final Cut Express ou mesmo o banalíssimo Imovie, aqui com o codec AIC.
5. Não tenho qualquer experiência em ambiente windows, mas sei que há muita gente a editar .mov da mk2 com o Sony Vegas Platinium, que julgo que custa à volta de €100,00.
Se pretender experimentar a função de video da Mk2 com mais detalhe, os se quiser que lhe envie alguns ficheiros nativos para testar, faça o favor de dizer, que estou à sua inteira disposição.

José Loureiro disse...

Boa noite.
Primeiro que tudo, os meus agradecimentos ao António Pinto pelo simpático comentário e ao “pbl” pelas informações prestadas. Quanto à Nikon D90 nunca se sabe…. Brevemente existem outras câmaras ainda a experimentar/testar e dar a minha opinião (que como digo sempre, “vale o que vale”…). Se quiser ver quais, constam da página “Info – Equipamento”. Realmente, a adaptação ao digital “obriga” também ao uso (mais ou menos intensivo) do computador, quer para edição, quer para simples manuseamento dos ficheiros. Pessoalmente, admito que demorei a “render-me” ao digital mas, na fase em que as coisas se encontram, uma vez lá dificilmente voltamos atrás… Há muita coisa diferente, mas caso fotografemos com uma DSLR também muita coisa igual… princípios, regulações, etc.… No fundo substituímos a película por um sensor com a vantagem da visualização imediata e eventual correcção de resultados… Além disso, na era analógica parecia não haver mais espaço para evoluir. Na “era digital” nunca sei se ainda estamos no início!
***
Quanto às observações do “pbl” (peço desculpa mas não sei o seu nome concreto) claro que são permitidas todas e quaisquer observações, ainda mais quando perfeitamente pertinentes e esclarecedoras. Fiquei sinceramente satisfeito que tenha transmitido a sua opinião e, desde já, agradeço as excelentes e fundadas considerações que teceu, bem assim, como a ajuda para a resolução do problema.
A opinião que emiti quanto ao modo vídeo (assim como em relação a todas as outras coisas na Canon ESO 5D Mk II) é isso mesmo… ou seja, é o “meu” parecer. Por isso, admito que outros tenham visões e perspectivas diferentes… principalmente quando a sabem fundamentar. Fica assim, por isso, mais enriquecido este artigo sobre a Canon 5D MKII!
No caso concreto, (e como já verificou e eu próprio o disse – vídeo não é o meu forte…) tentei inclusivamente junto doutras pessoas mais “habituadas” a lidar com vídeo e não consegui dar a volta à questão! Que não era impossível eu sabia-o! Pois também já vi filmes editados com a câmara. Tentou-se, entre outros, o Studio 8, o Nero, … fizeram-se actualizações para um e para outro, enfim…. Por isso, uma vez mais, os meus agradecimentos pelas dicas!
Em termos práticos, uma das dificuldades que senti, comparativamente às tradicionais câmaras de filmar, foi em relação à mudança, ou melhor, quanto à aproximação ou afastamento de planos. Definitivamente não achei prático fazer, por exemplo, zoom. Mesmo com recurso a tripé, e com cuidados para que essa aproximação/afastamento pudesse fazer-se de modo contínuo e sem ressaltos nunca obtive resultados que me satisfizessem… mas, repito, as “filmagens” não são, como agora parece ser usual dizer-se “a minha praia”!
De qualquer forma, não sei… mas penso que a maior parte das pessoas vai sentir os mesmos problemas que eu… e a opinião que quis deixar é generalista. Contudo, para os mais exigentes nessa área, e para melhor esclarecimento, fica aditada a informação, agora anexa ao artigo, pelo seu comentário!
Quanto ao resto, parecemos estar de acordo…. Apesar de ser maioritariamente utilizador de material Nikon achei, sem dúvida, a Canon EOS 5D Mark II uma excelente câmara! Depois, quanto ao vídeo, quem quer usa, quem não quer tira só fotografias… e fica bem servido!
Por último, obrigado pela disponibilidade!

pbl disse...

Sem querer ser impertinente, deixava só mais dois apontamentos.
1. A Mk2, como câmara de video, é em tudo semelhante às profissionais. Não há autofocus, pelo que o pan, o tilt e o zoom têm de ser acompanhados de foco manual, o que, se não é para o comum dos mortais, acaba por ter alguma graça, necessitando, porém, de muito treino e prática. Por isso mesmo, quem pensar em adquirir o brinquedo para fazer videos das crianças e do cão, esqueça, porque o bicharoco exige tempo e paciência. Mas vale a pena.
2. Francamente, continuo sem perceber essa dificuldade em manusear os ficheiros. Como lhe referi, não tenho qualquer experiência com video em ambiente Windows, mas gostava de saber quais foram as versões que utilizou. Desculpe o atrevimento da sugestão, mas desde que mandei chamar o reboque porque o carro estava avariado e, afinal, tinha era acabado o gasóleo, ponho sempre as hipóteses todas, por mais idiotas que possam parecer: será que as versões que utilizou permitem manusear 1080p?

(pbl são as iniciais do meu nome, Pedro Brochado Lemos, que uso como nick na net. Se preferir usar o nome, sou o Pedro :-)).

José Loureiro disse...

Olá Pedro.
Uma vez mais, bem-vindo!
Então é assim:
1. Efectivamente quanto á questão da focagem e seguimento da imagem estamos de acordo. Por outro lado, tal como refere… “quem pensar em adquirir o brinquedo para fazer videos das crianças e do cão, esqueça…” é uma opinião que também partilho. Penso, inclusivamente, que essas “dificuldades” serão sentidas, de igual modo, pela maior parte das pessoas (utilizadores comuns de material fotográfico). Isso, é o que me leva a dizer que não acho prática a utilização das câmaras fotográficas para fazer filmes. Claro que este é sempre um raciocínio a ser levado em conta em termos genéricos, como já havia referido. Não ponho de lado a hipótese de se conseguirem excelentes resultados com a câmara mas, uma vez mais a meu ver, são casos de utilizações pontuais… e já vi que possivelmente, e bem, é um desses casos. Ou seja, que a Canon 5D MKII possa, eventualmente, fazer bons filmes em vídeo não duvido. Até admito a hipótese de alguém a adquirir, essencialmente, com esse propósito. A questão é que a generalidade dos utilizadores não se vai “entender” ou usar as potencialidades da “maquineta”… e, se calhar, com uma das “baratas” câmaras de filmar vídeo HD vai “safar-se” e conseguir melhores resultados…
2. Depois, quanto à questão dos ficheiros:
Como referi, socorri-me da ajuda de quem percebe mais de vídeo que eu. Utilizou-se o Studio 8 (em Windows). Penso que a versão utilizada foi a mais recente daquele programa. Nessa versão, pelo seu utilizador, já foram efectuadas dezenas de montagens de vídeos HD captadas, por acaso, com uma câmara de vídeo da Canon. Contudo, de início, o programa nem sequer reconhecia os ficheiros “.mov”. Depois de uma actualização (de algumas centenas de MB), passou a reconhecer aquele tipo de ficheiros. Todavia, só se conseguiu importar (ou abrir) para edição a parte de som… Depois, passou-se ao Nero, programa que me haviam dito fazer a conversão e leitura daqueles ficheiros. Nah! Outra actualização, mais uns MB descarregados e nada feito…
Agora, a sua observação quanto à resolução de 1080p é pertinente. Pois com ficheiros até 720p, ao que me lembro, os referidos programas conseguiram trabalhar. Não conseguimos foi abrir os de 1080p! Vai daí, fiquei com ideia (que pode obviamente estar errada) que aqueles programas podem editar ficheiros HD mas não em 1080p… daí ter mencionado “à data deste artigo…” pois penso que, se calhar, dentro em breve o permitirão…
Agora, facto é que, tendo-me colocado na posição de quem compra uma destas Canon 5D II (por acaso esta não a comprei mas não me importava nada de a ter…:-)) ) e tenta fazer uns pequenos vídeos fiquei um pouco frustrado. Achei que não deveria ser necessário aprofundar tanto a questão e que simplesmente num qualquer programa de edição de vídeo conseguiríamos fazer a montagem do mesmo ou, então, que na caixa viesse junto um pequeno programa da Canon que permitisse fazer a sua edição ou, pelo menos, a simples conversão (quer fosse em Mac quer fosse em ambiente Windows). Foi, nesse contexto, que emiti a minha opinião….nunca esquecendo, também, que para a maior parte dos utilizadores a Canon 5D MK II só servirá como câmara fotográfica. Conheço algumas pessoas que a adquiriram e acho que, parte delas, nunca testou sequer fazer vídeos.
Em todo o caso, se eu quiser aprofundar a questão, já estou a ver quem é que hei-de “chatear”… Penso que ainda vão haver outras câmaras para testes que possibilitem gravação de vídeo. Por isso, na altura, se precisar e se o Pedro continuar a estar disponível, discutimos melhor o assunto.
Abraço

pbl disse...

Cá estarei ao inteiro dispor para o que entender.
Notas:
1. Nenhuma câmara de video de consumo tem um sensor de 35mm, logo podem ser fáceis de usar, mas a qualidade...
2. O problema é de codec's. O Studio 8 não abre o codec H.264. Só faz AVI, MPEG-1 e MPEG2. É que já vai na versão 14. A 8 parece que é de 2005. Cinco anos são uma eternidade.

Lucas Queiroz disse...

Para você, José Loureiro, qual a melhor câmera?
Digital SLR - D3X
ou a Canon 5d Mark II ??

José Loureiro disse...

Bom, as câmaras em causa não são propriamente concorrentes pelo que as comparações serão subjectivas…
A Canon 5D MK II testei e achei que é uma grande câmara. A Nikon D3x, embora estivesse previsto testar uma, até ao momento tal ainda não foi possível…
Em todo o caso, a câmara da Canon comparável com a Nikon D3x será a Canon 1D MK IV. Mas, é como disse: não testei nenhuma dessas últimas.

filipe m. disse...

Se me é permitido meter a colher aqui também, acho que a concorrente mais directa da D3x é a "velha" 1Ds Mk III, e há-de vir a ser a futura 1Ds Mk IV. A 1D Mk IV é concorrente directa da D3s (em relação às D3x / 1Ds MK III: menos resolução, mais velocidade, melhor desempenho com pouca luz).
Quanto à 5D Mk II, a equivalência na gama da Nikon será a D700, ou a eventual substituta desta (D700x ou D900, a designação oficial ainda está no segredo dos Japoneses).

José Loureiro disse...

Olá Filipe.
É verdade o que diz e penso exactamente da mesma maneira, mas se atentarmos ao que temos em comercialização, concorrente directa da Canon 5D MKII já não há e da Nikon D3x também já não… vai daí o facto de ter referido a nova 1D MK IV mas, na realidade esta última é, como disse e bem, mais vocacionada para a velocidade do que para a qualidade mas, para já é o que temos.
Quanto à substituta da D700 (um modelo que aguardo com alguma expectativa) está de facto a tardar a sua aparição. Pessoalmente achava que em meados de Fevereiro passado ela iria ser lançada… já vamos quase em Julho e nada!
Abraço

filipe m. disse...

Os rumores (e alguns bem fundamentados) apontam para mais duas SLR novas até ao final do corrente ano. Uma delas será quase obrigatoriamente a sucessora da D90, visto que esta já está com 2 anos (e continua aqui para todas as curvas!). A outra deverá ser a tal... ou eventualmente uma substituta a sério para a D60, visto que a D3000 pouco mais é do que uma D60 com software novo...
Pessoalmente também apostaria na D700x / D900, mas a Nikon já provou que gosta muito de fazer tudo ao contrário do que seria lógico!

Jamil disse...

Oi. boa tarde a muitos anos trabalho somente com Nikon , agora com menos de uma semana comprei uma 5d MarkII , com uma objetiva sigma 24/70 2.8 DG ex asperical ela é puco antiga mais deu bem na full frame, e tambem uma objetiva 70/200 f 2.8 canon , bom agora as duvidas usei ela com objetiva sigma 24/70 e flash 580 ex , mais fiz umas 400 fotos de um evento e umas 10 ficaram fora de foco, será que essa objetiva não casa bem para ela, outra duvida ela pode ser usada com cartão de 16 gigas, e porque quando colocamos a imagem para ver as propriedades ela 72 dpi? espero que posa me ajudar um abraço. jamil

José Loureiro disse...

Olá Jamil.
Que grande confusão aí vai…
Vamos lá ver… Sinceramente não lhe posso dizer muito acerca da Sigma 24-70mm 2.8, mas faço-lhe a seguinte pergunta:
- Porque razão não ficaram as outras 390 fotos desfocadas?
Tem de primeiro verificar se efectivamente o AF da câmara teve condições (de luz, de tempo, de contraste, de distância mínima de foco, etc.) para focar devidamente ou se o erro poderá, eventualmente, ser seu…
Quanto ao cartão de 16 GB nada tem a ver com o tamanho de dpi (ou ppp) com que ficam gravadas as imagens.
Os 72 dpi’s não são a resolução de captação de imagens mas sim uma resolução somente de VISUALIZAÇÃO, usados por defeito pela Canon EOS 5D (resolução de visualização essa, aliás, partilhada também por outros modelos de câmaras da Canon). Já os modelos da Nikon usam para visualização em Jpg o tamanho de 300 dpi’s.
Mas atenção que isto nada interfere com a qualidade ou tamanho da imagem. O factor que releva para isso são os pixéis! Os tais 21MP! Ou seja, ficheiros com 5616 x 3744 pixeis!
Em todo o caso, essa resolução de visualização (mais que suficiente) caso entenda pode ser alterada em posterior edição da imagem gravando no tamanho que pretende… 180, 300, etc. mas em nada vai interferir com a qualidade da imagem!
Um abraço

jamil disse...

Outra duvida vc acha que com uma objetiva canon 24/70mm original, fica bem melhor que a sigma ou não compensa pois a sgma cista 1656,00
e a canon 2800,00. um abraço Jamil.

Jamil disse...

Oi, josé olha sim as desfocadas sempre estavam em locais mais escuros, mais a duvida foi porque ele indicava estar no foco.e em 26 anos trabalhando com nikon , isso jamais ocorreu , tenho tambem uma d700 full frame tambem e sempre no foco, mais de um tempo para cá venho acompanhando a canon e gostando muito das imagens que vejo etão resolvi compara uma, mais estou tentando entede-la bem .
Obrigado pela atenção e parabéns pelo blog muito interessante. um abraço Jamil.

José Loureiro disse...

Jamil,
Tal como lhe disse, não conheço (nunca usei) a Sigma 24-70mm 2.8 pelo que não posso opinar acerca da mesma. Se compensa ou não - isso é outra questão e já depende, apesar da melhor ou pior qualidade da mesma, duma série de factores.

Anónimo disse...

Olá, tenho uma 5D MARKII, gostaria de usar o efeito full frame, mas não estou conseguindo. Alguém pode me ajudar?!
Desde já agradeço.

José Loureiro disse...

… que grande confusão que aí vai…!
Não sei concretamente a que tipo de efeito se refere mas “Full frame” nada tem a ver com efeitos!
“Full frame” serve apenas para designar o tipo e formato de sensor que a câmara usa. Ou seja, no caso das “Full frame” como é o caso da Canon 5D, o tamanho equivalente ao tradicional formato de película de 35mm.