Tópico aberto às opiniões… Photoshop! Sim ou não?
Por regra, com uma cadência (quase sempre…) semanal, lá vou
escrevendo os mais variados artigos acerca de fotografia e mantendo activo este
espaço.
Quer sejam pequenos artigos de opinião, quer sejam textos mais
ou menos extensos, quer sejam artigos de teste vou mantendo a tradição…
Pois bem, hoje lembrei-me de fazer algo diferente… Solicitar aos leitores que exprimam as suas ideias e opiniões!
Acerca de quê?
De algo que não podemos desassociar da “fotografia digital”:
A edição de imagens!
A imagem que ilustra este artigo é um exemplo disso!
Até onde vai o limite do razoável?
Até onde podemos considerar que estamos perante o espírito
da fotografia enquanto “arte de captar a luz” ou o ultrapassamos e passamos a
ter um “trabalho” gráfico?
- O que costumam fazer ao editar as vossas fotografias?
- A que tipo de imagens será “lícito” proceder a edição?
- Quais os “passos” mais comuns que aplicam para editar as
fotos?
- Quanto tempo “perdem” a editar as imagens?
- Etc. …
Portanto, vamos lá! Participem! Sintam-se livres para escrever o que quiserem acerca deste tópico!
Quer sejam dissertações, quer seja somente uma simples opinião, se
acham que deve haver limites ou não, escrevam!
Inclusivamente, podem comentar e trocar opiniões entre vocês…
fico passivo desta vez… ou talvez não! J
18 comentários:
Sobre este assunto penso que depende do tipo de fotografia que se pretende fazer ou do objectivo pretendido. Pessoalmente tiro muitas fotografias em ambientes Naturais, logo quero uma fotografia o mais real possível ao que "vi" na altura do click, assim a minha edição em photoshop (mais lightroom) baseia-se praticamente no balanço de brancos, exposição, contraste etc ou seja edição de cores. Apenas utilizo o photoshop em alteração de imagem apenas se for para corrigir uma anomalia do material (um reflexo de pó/água na lente, às vezes o sensor sujo e na altura da foto ainda não tinha reparado), ou seja, não altero a composição/elementos da fotografia.
Agora se pensarmos de fotografias para uso profissional de modelos onde este no momento da fotografia tinha (exemplo simples) uma borbulha na cara, sou obviamente da opinião que se devem utilizar as tecnologias necessárias para remover essa imperfeição temporária.
João Moreira
Penso que não se deve ser fundamentalista em nada.
Por outro lado, e neste assunto concreto, penso que devemos assinalar ou dar a conhecer a opção tomada.
Assim, se apresentamos uma fotografia como sendo o registo de algo que vimos, as edições usando o um software mais avançado ou algo mais simples (eu uso o Picasa) não devem ir além de pequenos acertos de cor, crop, endireitar a imagem e pouco mais.
Se a opção for a de trabalhar a foto de forma artística e alterar o que vimos, tornando-o em algo que não estava presente no momento do click, deve-se assinalar esse facto nas legendas/atributos da imagem de forma a informar o espectador sobre o que está a ver.
Quanto às respostas concretas;
- O que costumam fazer ao editar as vossas fotografias?
R: Pequenos acertos referidos acima na maioria dos casos, em Picasa. Esporadicamente, algo mais elaborado em Gimp.
- A que tipo de imagens será “lícito” proceder a edição?
R: Desde que não se "engane" o espectador, tudo é "lícito", na minha opinião.
- Quais os “passos” mais comuns que aplicam para editar as fotos?
R: Crop, ajuste de nitidez e endireitar imagem.
- Quanto tempo “perdem” a editar as imagens?
R: < 1 minuto por imagem. Prefiro investir tempo no "terreno de jogo" do que em frente ao computador.
Obrigado pela oportunidade. :)
Fotografia é fotografia e desta também se podem fazer trabalhos gráficos igualmente interessantes. Os dois são diferentes e enquanto duas formas distintas de arte, nem têm porque ser comparadas, nem nenhuma das duas é su+erior à outra. Apenas igualmente apreciadas em âmbitos e técnicas distintos. Nada mais.
Rui Gonçalves
Bom dia.
Pelo que já vi e pelo que li e não foi uma só vez a fotografia perdeu um pouco com a edição,já vi comentário de iniciante em fotografia perguntar sobre o melhor programa de edição grátis que se tem em mercado,bem,isso não foi apenas uma vez,varias,a preocupação é com a edição e não com a fotografia,como o seu trabalho aqui,, vc perde um bom tempo explicando como se faz uma boa foto,mais será que é para todos ,ou pouco como eu que se interessa em ler e praticar,difícil,eu li uma reportagem de uma revista famosa que o titulo era assim,"fotografo revelação",fui ler para saber o porque,ele mostrava uma bela foto mais a descrição que me chamou a atenção,primeiro,ele passava por uma programa para acertar o balanço de branco,depois ia para acertar e fazer uma tal mascara para tirar alguns erros,depois ia para outro programa para acertar as cores,depois em mais dois programas,os mais usados hoje em dia,ai pergunto,que revelação é essa,que fotografo é esse,para mim não passa de um grande editor fotográfico,então as vezes a propiá mídia atrapalha um pouco,sou da seguinte opinião,não uso editor fantástico nenhum,apenas um programinha que vem no msm,galeria de foto,apenas para da um pouco de luz,mais nada,não sou de ficar editando,se estou investido em equipamentos caros então eles tem que me dá o que quero,se é para editar,então,qualquer maquina serviria,nem eu nem vc ia investir tanto em equipamento que a cada dia vem com mais atributos,entenda,não sou contra quem faça,só que eu não gosto de fazer,prefiro aprender a dominar o equipamento.Abraços.
Kilsonrj
Olha pessoal,o que falei foi,,não sou contra quem o faz,mais prefiro perder mais tempo aprender e dominando o equipamento do que perder um grande tempo e ficar depois na frente do computador,,acho que todos tem liberdade para fazer o que bem entender,,,se é certo ou errado,não sou eu que vou apontar.
Caro amigo José Loureiro
Começo por felicitá-lo por ter trazido este interessante tema para discussão, que para muitos fotógrafos da nossa praça, poderá ser controverso.
Aqui há tempos fui convidado para escrever um artigo sobre as memórias fotográficas de António Amado dos Santos, que foi durante décadas, o fotógrafo oficial do aeroporto de Lisboa.
Recordo-me que em dada altura desse artigo eu escrevi “ hoje em dia, para se fazer fotografia basta ter uma câmara digital, vários tipos de objectivas e um computador carregado de programas que fazem tudo o que queremos que saia como produto final, numa qualquer impressora”.
Porque no tempo a que me reportava ao António Amado dos Santos, ele trabalhava apenas com uma rudimentar máquina fotográfica analógica, e revelava as fotos a preto e branco, num improvisado estúdio de revelação, onde produzia a sua arte.
Penso que hoje em dia, com as facilidades dos meios à disposição de quem faz fotografia, só não faz bons trabalhos quem não quer, caso disso o Photoshop CS6 que nos permite ir um pouco para além do imaginável (para os amadores como eu) acredito até que se ultrapasse o limite do razoável em muitos casos.
Mentiria se não disse-se, que hoje em dia tendo em conta o que referi anteriormente, é produzido um tipo de fotografia mais aperfeiçoada, a tecnologia permite-nos efectuar melhorias nas nossas fotos até na própria máquina para além de outros itens. Não tenhamos dúvidas que hoje em dia é muito mais fácil fazer “uns bonecos”, lamentável é o facto de certos fotógrafos não admitirem que muitos dos seus trabalhos, são manipulados, quando até os amadores os identificam.
Eu sou um amador e grade curioso da fotografia, confesso que em quatro dezenas de fotos que publico, uma poderá ser manipulada, por isso a coloco numa galeria pré definida para esse tipo de fotos.
Se a tecnologia nos permite, porque é que não extraímos dela todas as potencialidades que temos ao nosso alcance? Sabê-la usá-la também tem o seu inigualável valor, e disso não nos podemos desassociar.
Aproveito para lhe desejar Boas Festas, assim como para todos os amigos deste espaço.
Francisco Baudouin
O desafio da fotografia é efectivamente captar o momento como vêem os nossos olhos e a criatividade daquele momento. Tudo que vá para além disso já não será uma fotografia que transpõe o desafio do fotógrafo no terreno.
Por outro lado, também nunca me dediquei devidamente aos programas e técnicas de edição, fazendo apenas alguns acertos de luminosidade e contrastes de algumas fotos que não ficaram bem expostas...
A edição sempre existiu, mesmo no analógico, ao contrário do que muita "boa gente" pensa. No entanto quando se usa a "edição" como adulteração, não concordo nada. A maior parte da minha fotografia é fotografia de natureza, por isso não faço qualquer edição, salvo um ou outro crop para enquadramento, embora pessoalmente e como me ensinaram o enquadramento deve ser feito no acto do disparo. Não uso o photoshop embora tenha uma "versãozita" portable. No entanto quando faço um retrato utilizo outros programas similares para dar aquele "retoque", uma vez que "os modelos" que fotografei não foram maquilhados, porque não tenho maquilhadora. Tiro um ruguita aqui outro ponto negro ali, mas de certeza que não faço de uma pessoa gorda e flácida, uma "top model"
Gostei do assunto. Respeito quem gosta de "inventar" fotos. Minha edição em fotos se resume e crop e redução de ruido. Edição de fotos mais drásticas somente por brincadeira.
Inicialmente gostaria de parabenizar ao José Loureiro que sempre nos traz informações e assuntos interessantes para pensar.
Esse aspecto mais filosófico das imagens é um ponto sensível. Eu particularmente não uso o Photoshop para recriar e sim retocar (como a maioria que lê esse maravilhoso blog).
Mas a criação com o Photoshop é algo louvável também, pois requer criatividade e conhecimento técnico como nossas estimadas fotos. Mesmo porque o mau uso dos softwares de edição produz o imagens "bizarras" que agridem aos olhos.
Talvez nossa paixão pela fotografia nos pode cegar e muitas vezes podemos inibir um Van Gogh da era digital.
Olá
Sobre o assunto farei um pequeno paralelo, este tema faz-me lembrar aquele célebre retrato da Marilyn Monroe e as diversas e variadas formas que mais tarde andy warhol celebrizou. Abraço
O photoshop é fantástico! Utilizo mais o crop, o ajuste no brilho/contraste, a ferramenta carimbo e correção para excluir uma manchinha, um galhinho a mais, enfim, para usá-lo é preciso também entender de composição, regra dos terços, pois não adianta simplismente cortar de qualquer forma, tem que levar em conta a estética da foto. E pra brincar é o máximo, dá pra produzir imagens surreias.
J. Loureiro é mestre em publicar fotos excelentemente editadas ou manipuladas ( como queiram ) no photoshop. Realmente são excelentes produções, mas antes de tudo, ele tem total controle do que faz, porque, algumas vezes publica fotos perfeitas, sem qualquer edição posterior, ou seja, para quem domina a arte fotográfica, o photoshop é um ótimo software de edição.
Eu particularmente faço pequenas correções no lightroom - redução de ruído, crop, balanço de branco...e, lógico, também tenho o famigerado photoshop, para alguma eventualidade.
Penso que na era digital é impossível não utilizar-se, mesmo que seja bem no básico, desses editores de fotografias.
Um abraço a todos.
Ao J. Loureiro, bom final de ano e tudo de bom no novo ano que se aproxima,
Abraços,
Cesar.
A foto em causa terá excesso de ruído na minha modesta opinião. Filtro a mais? Tenho o photoshop cs5 em francês e consigo editar assim no menu Filtre/Renforcement/Accentuation.
Cumprimentos
Jaime Henriques
Já quase me bateram por emitir opiniões acerca da edição de fotos.
Por isso, centro-me numa generalidade: àqueles que defendem a "realidade" com unhas e dentes e que não querem nem ouvir falar de Photoshop nem sucedâneos, é bom lembrar que nem mesmo os nossos olhos (tal como a câmara) vêem a "realidade", mas apenas a luz reflectida pelos objectos, pessoas, paisagens, etc.
O Photoshop é apenas mais uma ferramenta, por sinal bastante útil. Como qualquer outra ferramenta, pode dar-se-lhe bom ou mau uso (e aí é que reside a questão).
Boas Festas!
Caro José Loureiro, boa noite!
Photoshop quanto baste, para não "maltratar" a fotografia... IMHO!
Neste caso, o resultado é um excelente trabalho a partir de uma (digo sem a ver) bela foto!
Cumprimentos
MDomingues
Antes de mais, obrigado a todos por partilharem as vossas ideias!
Certamente, escreveram mais e melhor do que, provavelmente, eu teria escrito ou dito sobre o assunto!
Todos acrescentaram algo ao que foi sendo dito e curiosamente comungo a 100% com quase tudo.
Dito isto, pessoalmente, resumo e destaco duas situações acerca da utilização do Photoshop:
Primeiro - É globalmente aceite o uso duma edição genérica das imagens, pelo menos no que toca ao comum acerto e de níveis.
Acerca desse assunto a minha opinião é conhecida – a posterior edição de imagens captadas com câmaras digitais é quase sempre necessária! Em nada me repugna reconhecer e admitir isso! Foi algo que sempre se fez (como alguém disse – e bem – desde os tempos da fotografia de película). Por outro, entidades reconhecidas pelas suas excelentes fotografias de natureza ou vida selvagem (por exemplo, a National Geographic) igualmente o admitem.
Este tipo de edição fica-se somente pela correcção e não pela alteração, adulteração ou manipulação excessiva da imagem nativa. Sim, prefiro, aplicar o termo “correcções” (digitais) a este tipo de edição não exagerada.
Segundo aspecto: Uma edição mais “agressiva ou intrusiva” pode ser também aceite dependendo do tipo de fotografia em causa e acima de tudo ao fim a que a mesma se destina.
Por exemplo, a imagem com que ilustrei este artigo, quanto a mim, vista enquanto “fotografia de paisagem” encontra-se exageradamente editada. Todavia, se pensarmos em termos de fotografia comercial, talvez o resultado seja adequado… Imaginem uma fotografia da Casa da Ínsua para servir de rótulo às garrafas de champanhe produzidas na sua quinta… Certamente que uma foto editada (da maneira ilustrada ou outra…) servirá melhor o propósito que uma fotografia mais “naturalista”.
Ao logo dos tempos a fotografia, ou mais concretamente os fotógrafos, sempre foram “aproveitando” as inovações tecnológicas que tinham disponíveis à altura. Recuando no tempo, relembro, por exemplo, a fantástica evolução dos obturadores das câmaras. Há 100 anos atrás era impossível captar fotos de tudo o que se movimentasse…até os simples retratos exigiam poses demoradas! Actualmente, com câmaras possuidoras de obturadores capazes de velocidades de 1/8000 seg. nem nos lembrámos disso…
Pois é! O Photoshop (ou outro qualquer programa de edição) é o reflexo dos tempos. Temos que ter presente que os “nossos olhos” se habituaram a ver imagens editadas digitalmente… em qualquer poster publicitário, em qualquer revista, enfim… em todo o lado! Por isso, estamos sensibilizados para um grau de exigência que o ficheiro nativo, tal qual sai da câmara fotográfica, nem sempre satisfaz! Nem mesmo capturas efectuadas com o melhor equipamento e em condições ideais de luz! Acreditem que raras (raríssimas) são as imagens que hoje vemos (em termos comerciais, publicitários, editoriais, …) que não sofreram posterior edição à captura.
Então, Photoshop, sim ou não…?!
Definitivamente, na minha opinião, sim! Mas atenção, dentro de certos parâmetros! Tendo sempre em consideração que a fotografia se consegue no momento da captura!
A edição digital deverá servir para a corrigir ou tornar esteticamente mais apelativa a foto. No entanto, considerando as exigências de certos tipos de fotografia (designadamente comercial) admito também casos de alguma manipulação… Quer num caso, quer noutro, na minha opinião, a sensibilidade e “bom gosto” devem estar sempre presentes!
Aproveito para desejar a TODOS um BOM NATAL!
Eu já havia lido este tópico e não respondi achando que era antigo, nem vi que era recente e li quase no mesmo dia que foi criado.
Tenho 22 anos e sou fotógrafo amador, há poucos anos venho fotografando e buscando me aperfeiçoar.
Sou totalmente contra o uso de Photoshop ou qualquer outro programa de edição.
Eu nunca quis saber como manipular fotografias em softwares, nunca tive interesse. Meu foco sempre foi a composição, o uso da abertura, velocidade e ISO, e a linguagem fotográfica.
Eu vejo "fotógrafos" investirem alto em objetivas, câmeras, flash, difusores e uma grande quantia de coisas para estúdio.
Do que adiante comprar uma lente nítida (Nikkor 24-70 f/2.8) e ajustar nitidez no photoshop?
Do que adianta comprar um mega corpo de câmera com um elevado desempenho em alto ISO (Canon 5D MK III, Nikon D4) quase sem ruído, e ter que "tratar" ruído na edição?
Do que adianta um monte de equipamento pra luz e ter que acertar a luz na edição?
EMHO, tem um problema aí e é na peça que está atrás da câmera: esse cara não sabe usar o equipamento fotográfico!!
Se é para fazer isso e ter que editar eu compro um corpo de entrada e duas lentes de kit (18-55 e 55-200).
Não podemos deixar morrer as coisas mais importantes que fizeram os grandes mestres: composição e criatividade.
Eu vi no Flickr uma grande foto de Henri Cartier ser duramente criticada por que não tinha nitidez, não entenderam o que era o assunto principal e era acinzentada! Os poucos lúcidos que comentaram defendendo a foto não acreditavam naquilo. Eu vi várias críticas de fotógrafos que estavam cheios de si e de suas fotos extremamente manipuladas. Esses não fariam o que Henri Cartier fez.
Eu disse para um fotógrafo mundialmente conhecido que eu não gosto de editar fotografias. Ele me disse:
"As pessoas que não usam photoshop não são fotógrafos."
Sabe o que tudo isso me lembra? A música atual. A maioria do que está na mídia fazendo sucesso(MTV e Rádio)não possui talento, não possui voz. Suas vozes são ajustadas, afinadas, aperfeiçoadas e "embriagadas" de "efeitos" após cantarem.
Por isso recuso-me a editar minhas fotos. Luto ao máximo para fazer tudo correto antes de "clicar".
Deixo claro que essa é minha opinião. Eu já editei fotos e me senti como que falsificando-as.
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