Tamron Lens - 150-600mm | Sample series # 4


Alvéola-amarela (Motacilla flava)
Nikon D300 + TAMRON SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
@ 600mm f/8, 1/400 seg., ISO 400, Modo de Exposição "A", Medição Pontual

Já lá vão uns meses desde que, como embaixador da Tamron em Portugal,  comecei a utilizar objectivas daquela marca para fotografar. 
Uma das objectivas que tenho para uso pessoal e que mais tenho utilizado é a Tamron SP 150-600mm. Ao longo do tempo tem-se revelado uma excelente companheira  para fotografia de Natureza e Vida Selvagem! De tal modo que, cada vez tenho gostado mais desta objectiva e não tenho tido saudades das anteriores teleobjectivas que costumava usar.... 
Neste tipo de fotografia de Aves a distância focal mais solicitada são os 600mm. A f/6.3, para o meu gosto, a imagem é um pouco "soft"... mas fechando um pouco o diafragma o recorte melhora! Entre os f/7.1 e f/8 atinge-se o pico do recorte. Basta subir um pouco o valor ISO para manter as velocidades de obturação aconselhadas e com a ajuda do sistema de estabilização conseguem-se bons resultados!      
Claro que pode parecer tendencioso ou suspeito da minha parte esta afirmação mas facto é que, actualmente, é imbatível a relação preço/qualidade que esta 150-600mm tem. 
Para verem uma das razões porque o digo, cliquem na foto e abram em tamanho real em novo link!
(Fotografia captada sem tripé com sistema VC activo. A imagem tem um ligeiro "crop"!)

As cores da primavera | Serra da Freita


Serra da Freita: Urze e a Carqueja cobrem as montanhas de cor!
Nikon D300 + TAMRON SP 10-24mm f/3.5-4.5 Di II LD Aspherical IF + BW-CPL
@ 10mm f/13, 1/125 seg., ISO 200, Modo de Exposição "A", Medição Matricial


A estação da primavera convida à fotografia de natureza e são inúmeros os locais do nosso país onde podemos aproveitar para respirar ar verdadeiramente puro e aliar isso à prática da fotografia!

Tive a sorte de, dias atrás, contar com a companhia dum amigo que, por ser natural da região, conhece bem a Serra da Freita (Arouca) e alguns dos locais que são excelentes Spots. 
Já há bastante tempo que se havia combinado esta "saída fotográfica". Foi preciso esperar alguns meses desde que surgiu a ideia e se falou no assunto pela primeira vez até efectivar a ida. Isto porque, tal como foi dito (e confirmado) a Serra apresenta, nesta altura do ano, uma  completa explosão de cores!!! Os amarelos da carqueja conjugados com os lilases da urze enfeitam os cimos das montanhas com cores fabulosas!

Embora a Serra esteja lá 365 dias para ser fotografada, apenas durante cerca dumas breves duas semanas é que podemos captar com todo o esplendor o manto de cor que cobre os cumes das montanhas!
O timing e a programação tem de ser, por isso, o correcto.







Com as duas últimas semanas de chuva e com perspectivas meteorológicas ainda algo incertas para o dia, lá arriscámos a saída... 

Partida bem cedo após um breve pequeno almoço e com cerca de 1 hora e pouco de viagem.
Chegados, tal como era previsível a serra apresentava-se coberta dum intenso nevoeiro que não permitia ver a mais de 20 ou 30 metros. De certa forma uma desilusão pois, nestas condições, as fotos ficam "deslavadas", sem cor e não conseguem transmitir aquilo que tínhamos ido procurar: Cor!
Além disso, de tão cerrado que era, o nevoeiro, não possibilitada também outro tipo de fotografia que poderíamos aproveitar para fazer... Acompanhado de vento e com um índice muito elevado de húmidade, em poucos segundos as lentes frontais das objectivas ficavam molhadas...pena! 
Deu apenas para uma ou outra fotografia com aspeto mais místico...




Ainda durante a manhã, a primeira paragem para fotografar fez-se numas quedas de água existentes na serra. Devido à sua distante localização do ponto onde nos encontrávamos, a melhor opção foi ir à mala do carro e trazer a TAMRON 150-600mm. Montada no tripé com cabo disparador e com sistema VR desligado foi possível obter estas capturas de pormenor das quedas de água. O local não é o mais "fotogénico" da serra mas, mesmo assim, permite interessantes fotografias (...penso eu).
Uma vez que não dispunha de algum filtro, ND ou Polarizador, que servisse na Tamron 150-600mm (que utiliza filtros de 95mm) tornou-se necessário aumentar o tempo de exposição somente à custa do fecho da abertura de diafragma. Sempre que possível evito a utilização deste método (de utilizar aberturas de diafragma limite) para não me deparar com problemas de difracção.

        
A mesma Cascata - Dois pormenores distintos: O início e o sopé
Nikon D2x + TAMRON SP 150-600mm f/5-6.3 Di VC USD
Foto lado Esqº: @ 300mm f/32, 1/8 seg. (-0.7 Ev), ISO 100, Modo de Exposição "A", Medição Matricial
Foto lado Dtº: @ 280mm f/22, 1/20 seg. (-1 Ev), ISO 100, Modo de Exposição "A", Medição Matricial



E assim ficámos da parte da manhã!
Com promessa de melhoria de tempo (que se veio a confirmar) a parte da tarde era toda para gastar a fotografar. Claro que antes disso, chegada a hora de almoço, era altura de comer e na região há que aproveitar o que o local tem de melhor: a "carninha" das vacas Arouquesas!
E comer bem (sempre que possível) também faz parte das saídas fotográficas! Ademais, da parte da tarde todo o almoço viria a ser desmoído durante as andanças...!
Parte da tarde: Dia encoberto com muito poucas abertas mas, pelo menos, já com alguma luz. Sem luz não há cor... Apesar disso, infelizmente, a persistência duma  nebulosidade baixa nos cimos da serra faziam "mossas" no contraste das fotografias... 



Mais uma perspectiva das montanhas
Nikon D300 + TAMRON SP 90mm f/2.8 Di VC USD MACRO 1:1
 f/13, 1/125 seg., ISO 200, Modo de Exposição "A", Medição Matricial




Um dos sitios emblemáticos da Serra que nos propúnhamos fotografar era a Cascata da Frecha da Mizarela.
Perto do local, numa encosta frontal à cascata, existe um miradouro que possibilita uma visão global sobre a mesma. Digo "sobre" porque o miradouro se encontra a uma altitude superior ao início das quedas de água.

Essa não era, por isso, a perspectiva que eu pretendia para fotografar... Portanto, como habitual, há que meter pés ao caminho em busca do local ideal para captar a grandeza desta Cascata que, com uma altitude superior aos 60 metros, é a maior da Península Ibérica e uma das maiores da Europa.


Cascata da Frecha da Mizarela
Nikon D300 + TAMRON SP 10-24mm f/3.5-4.5 Di II LD Aspherical IF + BW-CPL
@ 24mm f/10, 1/40 seg., ISO 100, Modo de Exposição "A", Medição Matricial


Carregado com 6 ou 7 Kg de equipamento fotográfico, o estreito e vertical carreiro que desce a escarpa frontal à cascata, não se torna fácil de percorrer...
À medida que vamos descendo vai-se efectuando umas fotografias com diferentes enquadramentos. O objectivo tende sempre a ser o mesmo: descer cada vez mais para conseguir um foto duma perspectiva desde o sopé da cascata! 
Todavia, durante o percurso, o cansaço e a sensação de "missão impossível" vão-se apoderando do nosso espírito...!
Bom, após uns bons minutos a descer, eis que as perspectivas do local começam a agradar-me! Das várias capturas, esta foi aquela que mais gostei. Captada com a Tamron 10-24mm @24mm, fruto da estação do ano, consegui uma foto das Cascatas com uma moldura de vegetação com coloração bem intensa.
E assim se passou o dia!

(Agradecimentos ao amigo Nuno Brandão pela informação, disponibilidade e companhia!)

Fotografia Equina | Algumas dicas...


Nikon D300 + Tamron SP 90mm f/2.8 Macro Di VC USD
f/5, 1/125 seg., ISO 400, Modo de Exposição "A", Medição Matricial


Um dia destes fui "matar" saudades e recordar um dos temas que mais gosto de fotografar: Cavalos!
Por norma, costumo fotografar este tipo de tema ("retratos" de Cavalos) com objectivas com distâncias focais em torno dos 50mm.
Bom, desta vez, decidi fotografar estes animais com a TAMRON SP 90mm USD VC, uma objectiva específica para macrofotografia mas que consegue, também, excelentes resultados com objectos que se encontrem a distancias mais afastadas do plano focal.


Aproveito a ocasião para transmitir algumas dicas sobre o tema (daquilo que sei e como costumo fotografar este tipo de cenário). 
Um dos cuidados especiais a ter em conta quando se fotografam estes belíssimos animais tem a ver com o problema das diferenças de luminosidade entre as zonas de sombra e as altas luzes. Um dos "truques" para resolver este problema e conseguir melhores resultados consiste em fotografar sempre em dias nublados ou em alturas do dia em que as Boxes estejam cobertas por sombra.

Este é, para este tipo de fotografia de retrato de cavalos, o melhor método para conseguir resultados de iluminação o mais homogéneos possíveis. Também evito o uso do Flash. Este acessório somente deve ser utilizado em condições de Boxes muito pouco iluminadas e deverá reduzir-se a potência do clarão de modo a não provocar o mesmo resultado da iluminação solar directa: Reflexos de luz espelhados no pelo do animal.
A pelagem dos equídeos é sedosa pelo que, em situações de exposição directa à luz solar (e iluminação de Flash mal controlada), reflecte essa luz provocando desagradáveis resultados na imagem final.

Outra particularidade, ainda consequência do que acabo de referir, prende-se com as partes da pelagem branca. Quando fotografámos cavalos com diferentes tonalidades de pelagem, por exemplo castanho avermelhado/branco (colorados), existe uma dificuldade acrescida em equilibrar a exposição. As zonas de pelagem branca tendem a ficar "estouradas" e, por isso, sem leitura. Ficam apenas representadas como "manchas brancas" não se distinguindo qualquer textura. Para evitar isso, deve-se, se necessário, efectuar uma leitura pontual nessas zonas e expôr em consonância. Outra opção (a que por norma utilizo), consiste na medição de todo o cenário (Matricial) e após uma captura de teste visualizar o Histograma e os "highlights" com atenção. Depois, caso seja necessário, compensar a exposição negativamente (-0,3 Ev, -0,7 Ev, ...) Neste tipo de situação, é sempre preferível sub-expôr as fotografias que o contrário!
Também em fase posterior, na edição de imagens, podemos aproveitar e corrigir (até certo ponto) este problema. Contudo, nada como uma captura inicial o mais correcta possível pois esta correcção tem limites e no caso de brancos "estourados" nada há a fazer. Brancos "estourados" significam falta de informação no ficheiro. Portanto, não existe programa de edição milagroso que consiga repor a informação em falta. Pelo contrário, é sempre mais fácil recuperar algumas sombras desde que não representem o preto puro.
No caso das fotografias em apreço, ademais, não existe qualquer inconveniente em que o interior das Boxes fiquem representadas parcialmente como "preto puro" pois é essa mesma a intenção com a finalidade de destacar o animal!

Nikon D300 + Tamron SP 90mm f/2.8 Macro Di VC USD
f/8, 1/60 seg., ISO 200, Modo de Exposição "A", Medição Matricial

Dependendo da distância física a que nos encontrámos em relação ao sujeito a da distância focal da objectiva que estejamos a utilizar, deverão ser escolhidas aberturas de diafragma suficientemente grandes de modo a conseguir desfocar o fundo mas não de forma exagerada. Se utilizarmos, por exemplo, aberturas de diafragma de f/2.8 e estivermos perto da animal, provavelmente o que irá acontecer é que  bem sequer toda a cabeça do cavalo ficará nítida. Hã! Já agora, outro ponto importante: a focagem deve ser sempre efectuada nos olhos! Caso estes não estejam alinhados no mesmo plano focal, no mais próximo. Digo isto porque vamos precisar de aproveitar a distância hiperfocal para que o que antecede esse primeiro olho fique também devidamente nítido, designadamente a parte da boca e das narinas. 

Resumidamente: Com objectivas de distância focal "normal" por volta dos 50mm até aos 90mm (utilizadas em câmaras DX), aberturas entre os f/4 e os f/8 serão as mais ajustadas. Claro que isto não são valores fixos e as aberturas de diafragma deverão, como acima disse, ser conciliadas com a distância física ao sujeito. 


Falada que está a questão da iluminação/exposição, resta apenas tentar efectuar um bom enquadramento (aproximando-nos/afastando-nos ou caso estejamos a fotografar com uma objectiva zoom, escolhendo a distância focal adequada), ser paciente e despertar alguma atenção ao animal de modo a este ficar representado de forma expressiva. Também existem alturas do dia melhores e piores para fotografar... por exemplo, após serem alimentados os equídeos tendem a ficar "meio adormecidos"...

Ainda outro aspeto a ter em atenção: Já que estamos com tempo para fotografar (afinal o animal está preso na Boxe e não sairá dali), tal como numa fotografia de retrato humano efectuada em Estúdio, deveremos ter alguns cuidados estéticos. Esses cuidados passam pela verificação do estado geral da limpeza e pelagem do animal. Remelas, restos de palha... ou outros elementos devem ser limpos antes de iniciarmos as capturas de fotos.   

Além destes cuidados básicos, caso seja necessário e o proprietário do cavalo dê a sua anuência, uma prévia tosquia (por vezes apenas aparar o bigode) vem a calhar!