De regresso aos testes! | Nikon TC-16A



Já há algum tempo que não tenho tido disponibilidade para testar equipamentos. Esse é o motivo porque ultimamente não tem, também, havido artigos novos no Blog. De igual modo, pelo mesmo motivo, tenho inúmeras questões por responder a leitores... Não estão esquecidas as respostas às perguntas mas estou a começar pelas mais antigas....! Adiante... 
No passado fim de semana, apesar das condições meteorológicas, com tempo incerto, lá consegui experimentar (ainda que muito superficialmente) um peculiar Teleconversor da Nikon: O Nikon TC-16A.

A particularidade deste TC-16A reside na sua capacidade de transformar objectivas de focagem manual em objectivas de focagem automática.... ou quase. Na verdade, consegue focar automaticamente desde que exista uma prévia "pré-focagem" manual. No entanto, estes TC's 16A foram concebidos para serem utilizados com as primeiras câmaras de focagem automática da Nikon num período em que se fazia a transição das objectivas de focagem exclusivamente manual para as primeiras objectivas designadas "AF". Como tal, claro está, que apesar de possuírem contactos eléctricos não funcionam com as actuais câmaras digitais... a não ser que sejam modificados para tal! Pois este TC-16A que hoje testei é precisamente um desses casos!

No caso concreto, este teleconversor foi-me gentilmente oferecido por um fiel leitor do Blog - Manuel Domingues - a quem deixo, desde já, publicamente os meus agradecimentos, tendo sido o próprio que sabiamente o modificou! 
Numa objectiva 300mm f/2.8 com a adição dum destes Tc's de 1,6 vezes de multiplicação conseguimos uns 480mm de distância focal. Por aproximação, podemos dizer que se "fica" com uma 500mm a f/4.5. Nada mal! 

Como primeiras impressões e como sinceramente já contava, nem tudo são "rosas" na utilização deste conjunto. Primeiro, a falta de estabilização salta, desde logo, à vista. Não é fácil conseguir fotografias perfeitamente nítidas sem a utilização dum tripé bem robusto (a utilização de cabo disparador também é bem-vinda...!). 
Depois, outros dois "problemas" são as aberrações cromáticas e a falta de contraste. Para verificarem o que acabo de dizer podem fazer o download da imagem do "poste" abaixo:

Nikon D2x + TC-16A + 300mm 2.8 @ f/4.5 (0,3 Ev), 1/1250 seg., ISO 400
Ficheiro "RAW" convertido para "JPG" sem edição (4288 x 2848 px - 6,67MB)
Para efectuar o download clicar com o botão direito do rato e seleccionar "Guardar imagem como"


Esta imagem não tem qualquer edição - apenas a conversão do ficheiro original RAW para JPG. Foi utilizado um robusto tripé, cabo disparador e a distância ao objecto (poste) é de cerca de 10 metros. 

Apesar de, actualmente, não se justificar por razões de ordem prática e monetária a compra destes equipamentos mais antigos (o seu valor continua a ser elevado...) certo é que quem os tem raramente se "desfaz" deles. A sua utilização continua a fazer "delicias" sob alguns aspectos! Quais? Olhando para a imagem do topo (editada) podem constatar-se dois: A qualidade óptica (exceptuando a questão do contraste  - que é recuperável em posterior edição) é boa. Também podem constatar isso na imagem do "poste"... Reparem no pormenor das letras escritas nos parafusos e nos detalhes da textura da madeira. Portanto, quando acoplado a uma objectiva de boa qualidade óptica os detalhes continuam a ser visíveis com a adição do TC-16A!
Outra característica que continua a fazer valer a pena utilizar este conjunto é o bonito "bokeh"! 

No que diz respeito à "focagem automática" o TC responde de maneira rápida e precisa desde que o motivo esteja devidamente iluminado e o cenário tenha contraste. Em todo o caso, como a focagem é efectuada apenas nos elementos ópticos do pequeno TC, o curso da mesma é muito reduzido pelo que a "ida e volta" dos mesmo em caso de "perda de focagem" é rápida.
Para já relato apenas a experiência deste primeiro (e breve) contacto. Futuramente espero escrever um artigo de opinião mais exaustivo e fundamentado acerca do TC-16A da Nikon!

2 comentários:

Manuel Domingues disse...

Como sempre, mais um excelente artigo a juntar aos tantos outros e que enriquecem este magnífico blog !

Obrigado por tudo isso,
Abraço
MDomingues

José Loureiro disse...

Obrigado eu :)