Já há muito tempo que ando para “falar” dum determinado
modelo de câmara compacta… Bom, há tanto tempo que, embora o modelo em causa ainda seja comercializado, já foi considerado como descontinuado pelo fabricante: A Sony DSC-W610 (actualmente o modelo mais recente de entrada de gama da série DSC da Sony, a custar sensivelmente o mesmo, é o W710)
Mas, pronto… hoje dedico o artigo de opinião às meninas!
Pequena, leve e... cor de rosa!
Por norma não costumo falar de câmaras compactas... Para ser sincero não simpatizo muito com este tipo de câmaras. Contudo reconheço que, para muitos são a única opção possível e, por outro lado têm também alguns aspectos positivos.
Os dois maiores argumentos de venda deste tipo de câmaras são o preço e o seu pequeno tamanho/peso.
Esta Sony é um bom exemplo dos dois! Com menos de 100g de peso e custando cerca de €80,00 é produto acessível a quase todos. Se pensarmos bem, é praticamente o custo dum filtro para uma objectiva duma SLR-D, não?! E não estou a falar dos filtros caros pois esses chegam a custar duas ou três vezes mais...!

Depois, tem um "Delay" (tempo que decorre entre o carregar no obturador e a captura efectiva da fotografia) mais demorado que uma viagem de carro entre Porto-Lisboa!
Esta câmara insere-se numa “gama” de produtos de custos verdadeiramente acessíveis e para consumidores sem grandes preocupações com a qualidade dos ficheiros que produzem. Aliás, excluíndo a cor preta e prata, as várias cores guerridas em são que produzidas evidenciam isso mesmo! São câmaras com um design apelativo mas muitas destas pequenas câmaras compactas não passam disso mesmo… Um produto de "moda" para transportar na carteira... poderia aqui fazer alguma equivalência com as câmaras que os modelos de telemóveis mais recentes possuem... (mas não o vou fazer).

Por outro lado, o que fica caro (em termos de produção) são os elementos ópticos. É também sobre este aspecto que devemos ter alguma atenção.
A captura duma imagem começa
pelas lentes. As lentes (integradas em grupos ópticos) são a primeira “barreira”
que a luz atravessa até ser captada digitalmente. Constituem, por isso, um dos
factores mais importantes para se conseguirem ficheiros com qualidade. Ou seja,
por muita tecnologia que uma câmara digital tenha, essa tecnologia digital, não
vai conseguir melhorar uma imagem captada originariamente através de lentes de
má qualidade óptica! Isso é certo!
Acima de tudo é esta a "lição" que aproveito para transmitir. Se porventura pensam em comprar uma destas câmaras compactas tentem dar mais atenção a outros pormenores, designadamente aos elementos ópticos (lentes), do que à simples estética e número de pixeis com que são vendidas!
Actualmente, é comum o número de pixeis destas câmaras ultrapassarem os que têm câmaras D–SRL de “topo de gama” utilizadas por profissionais! E, acreditem, não vão precisar de câmaras compactas com 14; 16 ou ainda mais Megapixeis! ...A menos que pretendam imprimir fotos cujo tamanho seja suficiente para revestir a parte lateral um autocarro de 2 pisos!
Portanto, como disse, não vou “falar" muito desta câmara. Aliás, nem vou dizer mais nada! No entanto, cá fica uma imagem (com alguma posterior edição) para não ficarem com a ideia que é impossível captar fotografias, mesmo que sem preocupações com a qualidade, com algum detalhe. Todavia, convém não esquecer que os ficheiros originais (sem edição e para impressões em grande formato) apresentam imensos artefactos… Mas, para quem não estiver interessado em imprimir as fotos ou, se o fizer, se ficar somente pelos tamanhos de impressão pequenos… serve!