A nova Tamron SP 90mm f/2.8 Macro (f017) "no terreno"



Nikon D300 + Tamron 90mm f/2.8 VC USD Macro + SB-900 (c/mini Softbox):
@ 1/60 seg. (+ 0,7 Ev), f/18, ISO 640


Conforme divulguei na passada semana, presentemente, tenho comigo a novíssima SP 90mm Macro. Claro está que, conhecendo a versão anterior deste modelo, estava curioso em "fazer" uma saída de campo para testar esta objectiva. Infelizmente, as condições do tempo fizeram-me sentir como o comprador dum carro descapotável que o vai "estrear" num dia de verão em que chove... Bom, chover, não foi o caso mas, como quem costuma fazer Macrofotografia bem sabe, um dos grandes "inimigos" no terreno é o vento. Embora existam alguns truques para contornar este problema com, por exemplo, a colocação de tapumes laterais à volta do que estamos a fotografar, nada como um dia sem vento... Em relações de reprodução de 1:1 ou superiores, até a  mais ligeira brisa impede os bons resultados e tornam o espaço entre a oportunidade das capturas frustrante. As fotografias deste artigo foram todas captadas a "punho" sem recurso a tripé ou outro qualquer meio de estabilização que não o sistema "VC" da própria objectiva. Claro está que, para conciliar aberturas pequenas (a fim de obtermos profundidade de campo) com a necessária velocidade de obturação, recorreu-se à "subida" do valor de sensibilidade ISO para os 640.
No entanto, para conseguir algumas fotos foi necessários esperar uns 10 ou 15 minutos até que a "brisa" acalmasse pois, por muito bom que seja o sistema de estabilização (ou mesmo que estejamos a utilizar tripé), isso de nada servirá se o próprio motivo da nossa foto se estiver a mover!

Nikon D300 + Tamron 90mm f/2.8 VC USD Macro + SB-900 (c/mini Softbox)
Foto da esquerda: @ 1/60 seg. (+ 1,3 Ev), f/32, ISO 640
Foto da direita: @ 1/2000 seg., f/10, ISO 640 - (Crop)

Resumindo: São apenas fotos de testes que não fazem "jus" ao que é possível de fazer com esta "menina"!
Pelo menos, as poucas capturas  que efectuei serviram para esclarecer uma dúvida: O novo modelo possibilita uma melhor aquisição de auto-focagem? Sim, definitivamente, é muito mais eficaz! Em contrapartida, parece-me que o sistema de estabilização, embora igualmente eficaz, é algo mais barulhento que o do anterior modelo...

Uma das objectivas da "nova Era" para testes!



Ontem, recebi para testes, por parte da ROBISA, a recentíssima SP 90mm f/2.8 Macro Di VC USD (modelo f/017) da Tamron!
Trata-se duma objectiva que estará brevemente disponível para venda no nosso país.
Esteticamente as diferenças para o modelo anterior (f/004) são muitas. O Design foi inteiramente revisto e a aparência é mais refinada. Mas, acima de tudo, interessa testar as suas qualidades ópticas e funcionais. Esperemos a melhoria de tempo para os testes "Macro" no terreno!  
Tendo já fotografado ocasionalmente com a nova SP 45mm f/1.8 e sendo esta SP 90mm, também, uma objectiva da nova série "Super Performance" presumo que os padrões de qualidade vão ser idênticos e que não vai desiludir... Contudo, uma vez que o preço desta nova 90mm vai ser superior ao da anterior versão, espero uma melhoria, pelo menos, em relação ao único "senão" que me desgostava no modelo f/004: a dificuldade de aquisição de foco em condições de pouca luz ou cenários com pouco contraste.
Se ultrapassar esse "senão", pelas características anunciadas em relação à construção e revestimentos ópticos, deve ser (como já o era a anterior versão) uma excelente opção para Macro e mesmo para fotografia de retrato.
Oportunamente, vou dando novidades!

Sekonic Litemaster Pro L-478D | Fotómetro digital para Flash e Luz Ambiente



Para variar, falemos hoje de medição de luz. Ou melhor, de fotómetros!
Atualmente todas as câmaras possuem internamente "fotómetro". Portanto, hoje em dia, podemos quase dispensar a utilização destes acessórios. Digo, "quase" porque, efetivamente, as câmaras (independentemente da marca, modelo e gama) não conseguem substituir por completo os Fotómetros externos.
Desde logo, a grande diferença reside no modo como ambos os sistemas efetuam a leitura de luz. Os fotómetros internos das câmaras fazem apenas uma leitura da luz reflectida enquanto que os fotómetros externos conseguem, além desse tipo de leitura, fazer leitura da luz incidente. E, logo aqui, reside uma diferença. Não querendo alongar muito acerca deste assunto (leitura de luz reflectida vs leitura de luz incidente), sabendo que nem todos os objectos refletem a luz da mesma maneira já dá para ter a ideia dos "erros" a que isso pode induzir nos fotómetros que as nossas câmaras possuem.

Porque usar fotómetros?
Em baixo podem ver uma ilustração demonstrativa das diferenças entre Luz Refletida e Luz Incidente. (costuma dizer-se que uma imagem vale por mil palavras. Neste caso, atendendo à qualidade dos desenhos... diria apenas 999! mas penso que dá para perceber...)



Bom, mas, tal como disse, não é sobre isso que vamos falar... (mas talvez fique a ideia para um outros artigo mas completo com exemplos demonstrativos...).

Retomando o artigo e tema de hoje... A Sekonic é uma das mais conhecidas e reputadas marcas de Fotómetros. O modelo que consta de imagem - L-478D - não sendo uma novidade, continua a ser atualmente o único modelo de fotómetro com funcionamento por "Touch" e com ecrã colorido. Pode não ser uma das características mais importantes num fotómetro mas ajudam ao seu manuseamento, controle e leitura de dados.

Até aqui, do que tenho testado, o modelo é prático e fiável. O ecrã, não se podendo comparar em termos de sensibilidade e resolução aos existentes nas mais modernas versões de telemóveis é, mesmo assim, suficientemente agradável. Quanto à precisão da medição de luz, não tendo feito nenhum comparativo, parece-me que as leitura são... corretas!

As potencialidades deste modelo são inúmeras mas houve uma, em particular, que me cativou e que faz a diferença para outros modelos: a possibilidade de efectuar medições tendo por base a selecção da abertura de diafragma. Genericamente os resultados dos fotómetros assentam na escolha prévia do valor ISO e da velocidade de obturação no que resulta a indicação da abertura a usar. Com este modelo podemos seleccionar o valor ISO e a abertura de diafragma que pretendemos, resultando disso a velocidade de Obturação respectiva a usar! Claro que isto acaba por ser redundante e podemos sempre fazer os respetivos cálculos para obter a solução pretendida. Mas que é muito mais simples e imediato, isso é inegável!

Em Estúdio, quando fotografo produtos (com iluminação contínua), a abertura de diafragma é, quase sempre, o elemento preferencial (basicamente porque utilizo objectivas Macro e o controle da profundidade de campo é primordial), portanto esta possibilidade é muito bem vinda.

O aparelho possui um entrada USB para actualização de firmware e é vendida com um programa (em CD) para transferência de software (pode ser calibrado especificamente para uma ou diversas câmaras).

Do conteúdo da embalagem fazem ainda parte o manual de instruções (apenas uma folha desdobrável com as instruções básicas); um cordel para segurar o fotómetro; um autocolante refectivo para opcionalmente quem quiser colocar no ecrã e uma bolsa semi-rígida para transporte/armazenamento do fotómetro.


Com a Lumisfera retraída para leitura de contraste (2D)

Porta USB para atualizações de Firmware/Software


Tomada para controle de Flash via cabo de sincronização 


De forma resumida, cá ficam as principais características do Sekonic L-478D:
    Medidor de exposição digital com interface "Touch sceen" para a luz ambiente e flash
    Cabeça receptora:
    - Rotação até 90° para a direita, 180° para a esquerda, retrátil para leitura de contraste
    Método receptor de luz:
    - Luz incidente e luz reflectida 
    Receptor de luz incidente:
    - Cúpula (retrátil para leituras de contraste)
    Elemento receptor de luz:
    - Fotodiodo de silicone
    Modos de medição de luz ambiente:
    - Modo Prioridade à abertura
    - Modo Prioridade ao obturador
    - TF medição com prioridade ao obturador + abertura
    - Medição EV
    - Modo Cinema HD: Apresentação de valor f/Stop quando introduzidos os valores de obturação, ISO e frame rate
    - Modo Cinema - FPS: Apresentação de valor f/Stop quando introduzidos os valor de "frame rate",  ISO e amplitude de obturador
    - Medição de brilho simples (pé-Lambert, cd/m2)
    - Medição de iluminação simples (lux, pé-vela)
    Modos de medição do flash:
    - Com e Sem cabo de sincronismo (cumulativo e não cumulativo)
    Intervalo de valores de medição (ISO 100) da luz ambiente:
    - Luz incidente EV-2 a EV 22,9
    Menus:
    - (perfil) de navegação configurável
    - Parâmetros de Exposição e Calibração personalizáveis
    Alimentação:
    - 2 pilhas AAA
    Dimensões:
    57(C)×140(A)×26(P)mm
    Peso:
    143g (c/pilhas) 

    ____________________________

    +
    Medição fiável 
    Facilidade de utilização
    Possibilidade de medição de luz com base na indicação da abertura de diafragma utilizada (e valor ISO)

    -

    Preço elevado
    Visor pouco contrastado para utilização em dias de sol
    Apenas disponível em versões com 3 idiomas - Japonês; Chinês e Inglês (predefinidas e não seleccionáveis via menu)

    Grutas de Mira de Aire | Viagem às profundezas da terra

    Sem querer escrever muito, hoje ficamos apenas com "legendas" a algumas imagens que captei recentemente, em condições limite, nas Grutas de Mira de Aire, com a Nikon D800 e a Ultra-grande-angular Tamron SP 15-30mm f/2.8.

    Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
    @ 30mm, 1/20 seg.(VC-On), f/3.2; ISO 6400

    Com um nível de humidade de cerca de 75% e uma temperatura constante que ronda os 17ºC, estas grutas sitas no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria (a cerca de 15 Km de Fátima), são consideradas uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal e as maiores existentes no nosso país.




    Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
    @ 30mm, 1/20 seg.(VC-On), f/3.2; ISO 6400


    As grutas estão, desde 1974, abertas ao público em geral e não apresentam qualquer grau de dificuldade na sua visita. 
    Com uma extensão total de 11Km, apenas cerca de 600m são, todavia, possíveis de visitar. Decorrem há décadas, no local, expedições espeleológicas que vão acrescentando novas galerias e uma maior dimensão ao conjunto. 



    Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
    @ 26mm, 1/60 seg.(VC-On), f/4; ISO 6400

    Esta visita que efetuei não teve pretensões "fotográficas" e foi feita apenas como visitante casual. No entanto, uma vez que estava com a D800 e a Tamron 15-30mm, um conjunto excelente para fotografar com grande amplitude em locais de exíguas dimensões, porque não aproveitar para captar, pelo menos, umas fotografias que servissem de registo das belíssimas formações naturais aí existentes? 



    Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
    @ 15mm, 1/30 seg.(VC-On), f/3.2; ISO 6400


    Como, desta vez, não levava comigo qualquer Flash externo, decidi testar a D800 (quase) no limite dos valores ISO. Com base na iluminação artificial existente no local e considerando que estava a utilizar uma Ultra-grande-angular com um eficaz sistema de estabilização, os 6400 de sensibilidade ISO foram suficientes para conseguir velocidades de obturação na ordem dos 1/20 ~ 1/60 segundos. Valor que, sem recurso a tripé, já dava garantia de fotos nítidas. 




    Nikon D800 + Tamron SP 15-30mm f/2.8 Di VC USD
    @ 27mm, 1/50 seg.(VC-On), f/3.2; ISO 6400


    Desse modo, conseguem-se captar as cores e a envolvência das grutas de forma idêntica à que as vemos. No caso de se utilizar Flash (como o fazem a maioria dos visitantes) obteremos imagens com uma temperatura de cor mais fria pois a câmara regulará o "WB" (equilíbrio de brancos) para essa função.
    Para ser franco, embora possa ser um "atrativo turístico", a iluminação existente no interior das grutas é demasiado "turística e popular"... Como apreciador da natureza no seu estado "mais puro" preferia ver, no interior das grutas, uma iluminação mais "natural" sem verdes, vermelhos, amarelos e sei lá que mais cores.... Como as fotos foram todas captadas em "Auto WB", em posterior edição, ainda corrigi algum excesso de tonalidade amarela mas, mesmo assim, infelizmente não conseguimos retratar a cor "natural" das fabulosas estalactites, estalagmites e colunas que compõem as grutas...     
    A propósito do que acabo de referir, deixo um "Link" a um artigo já antigo, onde podem ver exemplos de fotos captadas (neste caso no interior dumas antigas Minas Romanas) sem qualquer iluminação artificial e que pode se visto aqui >>

    Projeto "Gimbal MD" - A fase atual






    Orgulhosamente, por estar, também, a dar um pequeno contributo no desenvolvimento deste projeto, partilho algumas imagens da Gimbal MD 1 no seu estado atual. Ainda em fase de estudo e testes esta cabeça de tripé começa a ter já um aspeto mais "finalizado".





    O modelo que recebi há dias para novos testes encontra-se já anodizado com um acabamento preto mate e com uns botões maiores.
    Relembro que estas Gimbal assentam num projeto e construção inteiramente nacional e estarão disponíveis para venda logo que esteja "aprovado" o protótipo definitivo. Para já, lá continua o prestimoso artesão Manuel Domingues a exceder-se no trabalho de construção e por cá, resta-me ir fazendo uns testes e sugerir algumas alterações/melhoramentos...
    Penso que depois de "pronto" (senão até já na fase em que se encontra...) será uma excelente cabeça de tripé para todos aqueles que, principalmente (mas não só), costumam fotografar com grandes teleobjetivas!  
    Depois, vou dando novidades!