Ainda a Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon


Nikon D2x + adaptador Pentacon six > Nikon F + Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon
@ f/4, 1/160seg., ISO 100, Medição Matricial (2D), Exposição Manual *

Mais uma foto captada com a Carl Zeiss 65mm f/2.8 Flektogon (ligeiro "crop" na parte superior da imagem).
Um discreto batente (...puxador?) de porta algures na Praça da República, em Viana do Castelo... Tal como eu, provavelmente muitos por lá já passaram sem nunca ter reparado, em pormenor e com a devida atenção, no mesmo.
Coisa simples mas que resulta bem com a Zeiss 65mm!

* (Edição: acerto de níveis, principalmente o contraste...)

4 comentários:

Manuel Domingues disse...

Parabéns pelo excelente trabalho e texto elucidativo!
Não querendo fazer “forum” deste seu Blog, vou apenas opinar à parte mais difícil desta objectiva!
...Penso que a dificuldade na focagem manual neste tipo de objectivas, seria minimizada com uma adaptação (previamente estudada) de uma pequena alavanca no P six, de forma a ser accionada próximo do botão de pré-visualização DOF da câmara, que quando apertada, iria abrir o diafragma ao máximo da abertura, e em posição de repouso deixaria o diafragma na posição seleccionada no anel de de controle de aberturas da objectiva!

Cumprimentos
MDomingues

José Loureiro disse...

Caro Manuel Domingues,
Comentários construtivos são (e serão) sempre bem vindos!
Aliás a ideia é excelente.
Parte do processo para a conseguir até é fácil. Basta colocar, no interior do adaptador Pentacon-Nikon, um bloqueio no pino que abre e fecha as lâminas do diafragma existente na parte traseira da objectiva de modo a bloqueá-lo na posição de premido. Isso é simples de conseguir. Um qualquer elemento que fique “atracado” entre o rebordo interno do adaptador e o pino, desde que não seja volumoso, servirá.
Feito isso, ficamos com o diafragma da objectiva aberto sempre na sua máxima posição independentemente da abertura seleccionada no anel de aberturas. Depois, o único senão é que quando pretendermos fechar o diafragma até à abertura seleccionada temos que manter apertado (durante o acerto da medição de luz e da captura) o pequeno selector lateral da objectiva….
Ou seja, consegue-se o inverso do que seria desejável… que seria pressionar somente para visualizar e não para efectuar a medição de luz e durante a captura…
Penso que, no seguimento da sua ideia (e por uma questão prática e lógica), o ideal seria conseguir accionar o tal pino traseiro da objectiva (de modo a abrir todo o diafragma somente para conseguir visualizar e focar) e manter, em repouso, a abertura seleccionada no anel de aberturas. Penso que isso já será mais complicado e implicaria cortar o adaptador de modo a colocar uma espécie de alavanca para “empurrar/premir” o pino… Mas não duvido que seja possível!
Um abraço

Manuel Domingues disse...

Caro José Loureiro, é mesmo fazer um alojamento no P six, para o mecanismo actuar no pino de comando da objectiva, que será mantido recolhido por acção de uma pequena mola na “alavanca”, e ficará saliente enquanto a alavanca for pressionada!

O mecanismo foi idealizado para uma objectiva M42 Pentax, mas quando lhe adaptei a baioneta para Nikon, verifiquei não focar ao infinito e já não avancei! No caso desta objectiva com o P six, ando de olho no ebay! Caso apareça um negócio a preço rasoável, avançarei com a modificação e darei novidades!
Mas ainda não pus de parte, ser a alavanca da câmara a recolher o pino através de uma outra, na altura do disparo!
...Mas isso só irei avaliar quando tiver o conjunto em mãos !

Cps.
MDomingues

José Loureiro disse...

O caso das objectivas com encaixe M42, no caso da Nikon, é uma pena… efectivamente não focam ao infinito e, na maior parte dos casos, a focagem nem sequer vai além duns escassos 2 metros…
Só conheço 3 casos em que é possível acoplar objectivas com encaixe M42 em câmaras Nikon e conseguir a compatibilidade da focagem ao infinito:
• Mediante um adaptador c/lentes (o que, quanto a mim, deixa de fazer qualquer sentido…);
• Quando a objectiva está avariada, designadamente, quanto ao curso do anel de focagem;
• E, por último, no caso duma ou outra teleobjectiva, pois existe uma margem de”folga” para compensar as dilatações que pode ser o suficiente para conseguir a focagem ao infinito…
Os utilizadores de Sony e Canon (além, claro está, da Pentax) acabam por ser mais afortunados em relação à compatibilidade de utilização com estas objectivas “vintage”. No caso da Sony, tanto quanto sei, nem todos os adaptadores “M42-Sony” à venda no mercado conseguem também focar ao infinito…. Penso que os utilizadores Canon e Pentaz são mesmo os mais “sortudos”.
Em relação à modificação nas P-6, assim que o caro amigo tiver “novidades” terei todo o gosto em conhecê-las em pormenor!
Um abraço