Ao pormenor: Objectos do nosso quotidiano ampliados entre 6 a 9 vezes!




Fósforo



Folha de papel rasgada



Lápis de cor



Fita Métrica




Lasca de Madeira




Linha de costura




Agulha de costura



Fio eléctrico



Caneta


As fotografias acima não são mais que uma "pequena brincadeira" com alguns objectos que diariamente utilizámos. Objectos esses, bem conhecidos do nosso quotidiano...
No entanto, a "extrema" Macrofotografia, em que ampliámos a realidade entre cerca de 6 a 9 vezes, permite-nos descobrir pormenores curiosos invisíveis a "olho nu"!

Para captar as imagens (constituídas por fotografias únicas, sem composição) foi usada uma câmara Nikon D2x acoplada a anel de extensão PK-13, um Macro-Bellows Nikon PB-6 e Nikkor 50mm f/1.4 (conjunto ao lado).
Esta base/plataforma para Macro-Bellows pode ser vista em pormenor aqui. (abre em novo link).
Nenhuma das fotografias tem “crop” (cortes) correspondendo ao seu tamanho tal como foi fotografado. A relação de reprodução varia de imagem para imagem mas o aumento conseguido, como acima ficou dito, situa-se entre as 6 e as 9 vezes o tamanho real em formato FX. No caso do formato DX  – como foi o caso – essa relação de ampliação corresponde a cerca de 9 a 13 vezes).

O comprimento total dos objectos a fotografar (como se pode, de resto, facilmente confirmar pelo exemplo da Fita métrica), não pode ultrapassar os 6mm sob pena de não caberem no fotograma!
Por seu lado, a profundidade de campo, como também podem reparar, neste tipo de fotografia, na maior parte dos casos não chega a 1mm! Daí que, neste tipo de fotografia, seja frequente o recurso a programas que permitam a "composição" de várias fotografias de modo a conseguir (com essa composição) uma maior profundidade de campo. Basicamente, captam-se várias fotografias em diferentes pontos do objecto (planos) e em posterior edição "unem-se" os planos devidamente nítidos de cada uma das fotos. Chegam a fazer-se composições de 300 ou mais fotografias numa só!

Fotografar objectos com este factor de ampliação ou, melhor dizendo, com esta relação de reprodução implica, também, ter trabalhar com aberturas de diafragma muito pequenas. Na realidade, apesar de terem sido seleccionadas, na objectiva, aberturas de diafragma entre os f/8 e f/11 (a 50mm), devido ao comprimento total do tubo de extensão + fole, com a inerente diminuição de passagem de luz, elas correspondem a ínfimas aberturas efectivas….

Para minimizar aberrações cromáticas, todos os objectos foram fotografados sob uma ténue iluminação difundida através duma caixa de luz no tecto auxiliada pela projecção (contra cartão K-Line branco) dos dois pequenos led’s que fazem parte da base da plataforma ao lado ilustrada. Como Pano de fundo foi usado tecido de algodão de cor preto de modo a absorver e a reduzir ao máximo os reflexos de luz. Torna-se extremamente difícil de controlar e evitar de forma eficaz as reflexões de luz quando fotografamos objectos metálicos com este nível de relações de reprodução! Vejam o exemplo da agulha de coser...!

Ao lado:
Servindo de comparação com a fotografia do topo (em que a cabeça do fósforo, por si só, ocupa todo o fotograma), eis um exemplo da ampliação máxima conseguida utilizando somente uma objectiva Macro convencional com um factor de relação de reprodução de 1:1 (tamanho real dos objectos - em sensores FX).
Como se observa, as diferenças de "preenchimento" do fotograma para as conseguidas com os "Bellows" são bem grandes! 

1 comentários:

mfc disse...

Fotografar é uma aventura lindíssima!
Parabéns...