Mais algumas fotografias de aves (as últimas do ano de 2010)


Clique na imagem para ver as últimas fotografias de aves captadas em 2010.


As duas primeiras fotografias (Garça-real e Gaivota-argêntea) reportam-se a capturas efectuadas no Estuário do Douro num dia em que a temperatura era de 2º... negativos!!! Na altura, apesar de estar a usar tripé e cabo disparador a partir de determinado momento o simples "carregar no botão" tornou-se difícil pois já nem sentia os dedos...! Vai daí, "meia volta" sempre com o aquecimento do carro no máximo... até local onde tomar um café "quentinho"!
Mesmo assim, não tendo acrescentado nenhuma nova espécie ao projecto, penso que as duas fotos valeram o dia...
As restantes são de passeriformes captadas pelas "redondezas", designadamente a duas espécies muito comuns nesta altura do ano: Os pequenos Piscos-de-peito-ruivo e os "estridentes" Chamarizes.

11 comentários:

Dylan disse...

Isso que é paixão pelo trabalho... Belo registo!

Cesar disse...

Olá J. Loureiro.

Sou principiante na fotografia digital e, após ver essas suas últimas fotos, notei que elas possuem exposições diferentes, sendo que você procurou manter grandes aberturas em razão do assunto em tela.
Quando eu utilizava câmera análoga, havia o fotômetro que prestava alguma informação ao usuário - era simples, ele ficava ao lado no visor e pronto -. Com a digital eu não estou conseguindo usar esse recurso no modo manual. Funciona sim, mas nos modos P, S e A, porém aí surge um problema, o ISO... que sobe e traz o famigerado ruído!
Por favor, me dá uma noção como faço a medição no modo manual?
( Nikon D5000 - 11~55mm )
Um abraço,
Cesar.

José Loureiro disse...

Olá César
Nas fotos de aves, regra geral utilizo o programa de prioridade à abertura (A). O motivo por que assim uso é simples: Seleccionámos a melhor abertura possível (mais rápida) da objectiva (no caso da Nikkor 80-400mm @ 400mm = f/5.6) e, a partir daí, adequámos o valor ISO de modo a obtermos a velocidade de obturação pretendida.
O seu problema com os valores ISO não reside no facto de usar os modos de exposição P, S, ou A. Em qualquer um destes modos é possível seleccionar o valor ISO que pretende.
Provavelmente o que está a acontecer é que a câmara está a escolher por si e de maneira automática o valor de sensibilidade ISO. Ou seja, deve ter a câmara no modo de “AUTO ISO”…. Pode confirmar se é esse o caso olhando pelo visor onde, caso esteja nesse modo, aparecerá a informação “ISO-AUTO” e no display traseiro onde aparecerá “ISO-A”.
Para alterar:
Vá a MENU > MENU DE DISPARO (símbolo de câmara) > CONFIGURAÇÕES DE SENCIBILIDADE ISO > CONTROLE AUTOMÁTICO DE SENCIBILIDADE ISO > e escolher DESLIGADO (ou OFF… já não me recordo de que modo está mencionado…) .
Depois, caso use os modos semi-automáticos (“S” e “A” – prioridade ao obturador ou abertura, respectivamente) poderá escolher a velocidade e abertura que pretende no disco selector.
Por último, caso precise de ajustar a exposição compensando-a (positiva ou negativamente - em qualquer um dos modos semi-automáticos) deverá seleccionar INFO (para lhe aparecerem as informações no LCD e depois, no campo próprio (quadrado com -/+) clicar em OK e ajustar para o valor pretendido. Após a fotografia volte a repor o valor “Zero”. Caso contrário, mesmo que desligue a câmara, todas as próximas fotos terão o mesmo valor de compensação!
Em resposta a sua última questão: “como medir a exposição no modo Manual” também é simples. Penso que deve antes querer dizer “como regular a exposição no modo Manual…” Bom, também se for esse o caso, depois de seleccionado o valor ISO em função da luminosidade existente, é só escolher os valores de obturação e abertura através do selector de roda, sendo só esse o passo necessário para o primeiro caso (velocidade de obturação) e, se bem me lembro, para a abertura terá de fazer o mesmo mas carregando simultaneamente no botão de compensação de exposição que acima mencionei (-/+).
Um abraço e espero ter conseguido esclarecer…

Adriana disse...

Oi, José!

É possível fazer bokeh com a Nikon Coolpix P100?

Obrigado.

José Loureiro disse...

Adriana,
Bokeh é um termo de origem Japonesa que, traduzido para Português significará qualquer coisa como desfocado ou de aspecto pouco nítido.
O que provoca este fenómeno, designadamente que ele seja mais ou menos notório e de aspecto mais agradável (suave), é determinado essencialmente por dois factores: A abertura seleccionada na objectiva e as próprias lentes da mesma, bem assim, o número de lâminas que compõe o seu diafragma. Ou seja, teoricamente, quanto maior número de lâminas tiver o diafragma duma objectiva tanto mais suave e agradável será o seu “bokeh” ou, falando português, como acho mais correcto, “desfoque”.
Além dos factores acima mencionados existe ainda outro que contribui para que o desfoque dos fundos seja mais ou menos acentuado: A proximidade ao objecto principal da fotografia.
Uma fotografia captada a uma pessoa que se encontre apenas a 1 metro de distância da nossa câmara terá todos os restantes elementos (fundo) muito mais desfocados que se essa pessoa estiver a uns 5 metros e se mantivermos a mesma objectiva e os mesmos parâmetros de abertura.
De todos esses factores, a abertura usada é o elemento primordial para controlar a intensidade de desfoque. O princípio é simples: Quanto maior a abertura usada (menor número f/stop) maior será o desfoque ou “bokeh” produzido e vice-versa. Usando aberturas grandes, conjuntamente com uma focagem selectiva, é possível controlar o desfoque, quer do que está antes do objecto focado, quer do que está para lá do mesmo.
Tudo isto para lhe dizer que, claro que com a sua Nikon P100 “é possível fazer bokeh”. Aliás, quase qualquer câmara o é! As SLR-D, bem assim, como outras câmaras (mesmo que compactas) que permitam seleccionar a abertura que querermos usar serão as ideais para controlar-mos o desfoque. Em termos práticos, a melhor maneira para o fazer, será seleccionando na câmara o programa de prioridade à abertura “A” e escolher a abertura (f/stop) que mais convém…
Mas, acerca deste fenómeno, sugiro que vá estando atenta ao blog pois, brevemente, surgirá um artigo que poderá ajudar a esclarecer este assunto…

Sara disse...

Boa noite, peço desculpa por estar a incomodar. Mas tenho uma nikon d300s e neste momento precisava de uma objectiva para retractos e paisagens. estou indecisa entre a nikon 18-200 f 3.5-5.6 e a nikon 16-85 f3.5-5.6. Acho que a 16-85 me iria limitar um pouco, pelo que pensei na 18-200. mas temo que a qualidade de imagem da 18-200 n seja tão boa. obrigada

José Loureiro disse...

Sara,
A Nikkor 18-200mm funciona bem nas Nikon D300/s. Quanto à 16-85mm nunca experimentei mas, …. Penso que as duas objectivas devem ter qualidade óptica muito próxima… No caso da 16-85mm terá um maior ângulo de imagem na distância focal mais curta (grande-ângular) e em contrapartida na 18-200mm terá uma distância focal máxima (tele) de mais do dobro da 16-85mm… Como a abertura máxima das duas objectivas é igual, assim como me parece que a construção também o seja, a 18-200mm acaba por ser uma objectiva mais polivalente por pouco mais $$$. Mesmo que, eventualmente, exista alguma diferença (em termos ópticos) penso que só serão realmente notórios em situações muito pontuais…

pbl disse...

Ena, um consultório virtual :-)
Como sabe, adoro a sua passarada, que sigo atentamente.
Uma forma diferente de caça.

filipe m. disse...

Caríssimo,

Permita-me um pequeno comentário em relação à pergunta colocada sobre a diferença entre a 16-85 e a 18-200: apesar de todas as semelhanças em termos de qualidade de construção e mesmo aparência, em termos ópticos são suficientemente diferentes para terem influenciado a minha escolha no sentido da 16-85.
A 18-200 parece, em teoria, mais polivalente (também dependendo do que o fotógrafo procura, claro) devido aos 200mm no extremo teleobjectiva, mas esses 200 ficam bastante mais curtos quando começamos a focar objectos mais próximos (o velho problema de focus breathing que também aflige a 70-200 VR II...). Pessoalmente posso dizer que os 2 mm no extremo grande angular são mais atractivos do que a diferença na tele, mas também devo dizer que quando preciso do alcance extra resolvo o problema com a 70-300 VR - que mesmo assim é muitas vezes curta demais! Já li comentários sobre a comparação destas objectivas em que é dito que se numa determinada situação forem necessários mais do que os 85 mm, os 200 raramente vão ser suficientes... apesar de parecer uma afirmação um pouco absurda, também já verifiquei que em situações reais acaba por fazer algum sentido.
Já em qualidade de imagem a 16-85 vem de outro planeta. Não está ao nível de uma boa prime, mas pode dizer-se que deixa a 18-200 a grande distância, quer em termos de acuidade, quer em distorção / controlo de aberração cromática. Já agora, se quiser fazer um teste à 16-85, é uma questão de me avisar quando passar aqui na zona da Maia!

E pronto, chegou a minha vez de pedir uma pequena ajuda na identificação de um pássaro que se divertiu a posar para mim aqui há uns meses atrás! Visto que sou um bocado fraco na identificação de espécies, decidi pedir uma pequena ajuda a um pro! ;)

http://www.flickr.com/photos/43762221@N08/5296082557/

Obrigado!,

Filipe

José Loureiro disse...

Olá Filipe.
A 18-200mm, em câmaras DX, é uma objectiva equilibrada e a qualidade de imagem é, globalmente, boa. Claro que não é perfeita e existem alguns aspectos menos bons, dos quais destaco as aberrações cromáticas e as distorções a certas distâncias focais (aliás como também referiu, e bem).
Quanto à 16-85mm, tal como disse, nunca usei nenhuma… Para descobrir até que ponto as diferenças são ou não dignas de relevo, resta fazer um comparativo para tirar dúvidas… quem sabe um dia destes…
Quanto à ave que fotografou, trata-se dum Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus). É uma das espécies de Falcões residentes no nosso país e que pode ser observada durante todo o ano. Muitas vezes vemos esta ave pousada nas imediações (vedações das bermas das auto-estradas ou vias rápidas… as agora “Sctuts”) ou a pairar bem alto sobre as mesmas. A antiga IC 24 é um dos pontos onde, com alguma atenção, pode ser observada.
Abraço

filipe m. disse...

Obrigado, realmente o bicho parecia ter um bico semelhante a um falcão, mas não me atrevi a atribuir-lhe o nome sem perguntar a quem sabe! :)
Encontrei este a brincar (literalmente!) com o vento na escarpa no Sítio (Nazaré), pairando alegremente uns valentes metros abaixo do miradouro.

1 abraço,

Filipe